Após bancarem o melhor estilo "Rick Mears", os pilotos da GPL Brasil encerraram suas atividades no oval de Indianápolis e agora partem para um diferente, mas nem por isso menos complicado, desafio. No próximo domingo, dia 26, será disputada a 19ª etapa da temporada 1967. Ainda na América, os competidores desembarcam no México, onde correrão no autódromo da capital do país, Cidade do México.
Muito seletivo, o traçado mexicano privilegia um carro muito estável e os bólidos mais leves. Boa notícia para os pilotos de Brabham, Ferrari e Cooper, que seguirão mais de perto as poderosas Eagle e Lotus. Já os pilotos da Honda e da BRM vão ter que se virar para manterem seus peso-pesados na pista pelos 5000 metros do autódromo. Sinuosa, com curvas de baixa velocidade e uma longa reta, ultrapassar aqui não é tarefa tão fácil assim. É o que vamos mostrar melhor numa análise mais detalhada da pista:
A volta inicia na longa Reta dos Boxes, caracterizando o melhor ponto de ultrapassagem da pista. Porém, a manobra só é segura caso o competidor complete a ultrapassagem antes freada para a Primeira Chicane, muito diferente das habituais. Ela é iniciada com um raio longo para a direita em freada até ir fechando cada vez mais, levando a uma rápida perna para a esquerda. Sem dúvidas o ponto mais desafiador do circuito, onde qualquer erro de frenagem pode custar um acidente ou uma rodada.
Após a chicane inicial, uma pequena reta leva os carros a uma Segunda Chicane, também bastante diferente do convencional, com uma perna mais longa para a esquerda, seguida por uma seção bem mais fechada para a direita. Contorná-la bem pode ser fundamental para tentar passar seu adversário na freada para o Hairpin, ponto mais lento da pista, feito em 1ª marcha. após o grampo, uma Terceira Chicane, esta mais simples que as demais, leva os pilotos para um dos pontos-chave para uma boa volta.
Os Esses são uma seqüência de curvas para a direita e para a esquerda, feitas em 2ª e 3ª marchas. Aqui um bom acerto do carro é decisivo para o piloto buscar uma volta rápida. Conhecer o traçado também é fundamental, pois ao errar uma das curvas, toda a seqüência restante pode ser comprometida.
Finalizados os Esses, é hora de chegarmos a uma das curvas mais famosas, a Peralta (ou Peraltada). Feita em 3ª marcha, é uma longa tangência para a direita, com uma notável inclinação, proporcionando vários traçados. Alguns pilotos a preferem contornar mais próxima da linha interna possível, outros preferem "alargar" a entrada numa tentativa de sair mais lançado para a Reta dos Boxes. de qualquer maneira, saber contorná-la bem é item obrigatório para buscar uma ultrapassagem no retão.
Curioso para conhecer a pista? Então curta uma volta pelo divertido traçado de carona com o piloto Raoni Frizzo, a bordo de uma Cooper T81b. A trilha sonora que acompanha o vídeo é da banda local, "Los Straitjackets", com a música "Chica Alborotada".
2 comentários:
Muito bom, como sempre!
Muita gente odeia essa pista, justamente por ser uma das mais técnicas. Eu gosto, só queria conseguir ser mais rápido.
Notaram que a música repete meu nome várias vezes?
é a torcida mexicana aclamando o ídolo!
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