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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Fernando Tumushi vence GP de Albi e esquenta briga pelo título


O Grande Prêmio de Albi, realizado pela GPL Brasil neste domingo (2), colocou ainda mais fogo na disputa pelo título da 7ª temporada da liga. Em atuação sólida e impecável, Fernando Tumushi, piloto da KAMF, faturou a etapa francesa, dominando as ações desde o baixar da bandeira verde. De quebra, o atual vice-líder do campeonato freou o crescimento de seu adversário direto pela taça, John White, e ganhou um fôlego providencial para chegar à reta final da competição nos calcanhares do piloto da Pipoca Racing.
Como previsto, um equilibrado embate entre os dois postulante à coroa de campeão foi registrado desde as ações da pré-qualificação, sempre acompanhados pelo piloto da ThunderBird's e vencedor da última etapa, Raoni Frizzo.
O PQ registrou algumas boas surpresas, como o retorno de Onyas Claudio e do jovem Rodrigo Pilenghi à corrida 1. Mais adiante, o português Antonio Verissimus repetiu a boa atuação de Zandvoort e colocou sua Lotus entre os melhores classificados.
Quando a disputa foi para valer, Tumushi logo fez questão de mostrar suas cartas e cravou com sua Lotus a veloz marca de 1:14,485, garantindo assim a posição de honra no grid, seguido de perto pelos rivais John White, a bordo de uma Brabham BT11, e Raoni Frizzo, sob o comando de uma Ferrari. Logo atrás, um sempre regular Thiago Lemos ocupava o quarto posto no grid, enquanto o surpreendente Antonio Verissimus fechava os cinco primeiros.

Fernando Tumushi aproveitou o vacilo da concorrência para vencer de ponta a ponta e encostar na briga pelo título
Com o agitar da bandeira verde, um agressivo John White não perdeu tempo e foi ao ataque sobre o pole-position, com ambos disputando a freada no final do retão. Melhor para Fernando, que resistiu aos avanços do líder do campeonato e ainda viu Frizzo aproveitar a confusão logo à sua frente para mergulhar em busca da segunda colocação.
Neste momento aconteceria um lance crucial para o desenrolar da corrida. Frizzo e White duelaram lado a lado por alguns metros, até a ocorrência de um toque entre ambos, após o atual do campeão do Mod 65 fechar a trajetória de seu oponente. Pior para White, que rodou e perdeu algumas posições, tendo que partir para uma prova de recuperação.
Com isso, a disputa se resumiu à persguição de Raoni à Fernando, que passaram boa parte das primeiras voltas alternando tempos e mantendo uma diferença por volta da casa dos dois segundos, seguidos mais atrás por Thiago, enquanto Verissimus tentava resistir às investidas de White para sustentar o quarto posto. Logo mais atrás, os veteranos Ricardo Ramos e Eduardo Gaensly faziam boas apresentações, liderando o bloco intermediário.

Raoni Frizzo engatou uma boa fase e somou seu terceiro pódio consecutivo, ao terminar em segundo
Perto da metade da prova, outro lance decisivo para a supremacia de Tumushi. Ao encontrar seu chefe de equipe para lhe colocar uma volta de vantagem, Raoni Frizzo foi albaroado por Joubert Amaral na entrada da Curva 1, indo parar na proteção de feno e dando adeus às chances de vitória.
A trapalhada entre os colegas de equipe colocou o líder da prova em situação ainda mais confortável, agora com mais de 10 segundos de vantagem. Frizzo mantinha-se em segundo, agora com Lemos mais próximo. Este, por sua vez, era pressionado por um combativo White, já em quarto. Posição que não frequentaria por muito tempo, ao superar o campeão de 2008 do Mod 65 depois de um erro do piloto da KAMF.
Alguns erros de Frizzo permitiram a aproximação de John na briga pelo segundo lugar, mas a reação do líder da temporada parou por aí. No final, vitória incontestável de Fernando Tumushi, que faturou sua segunda corrida no campeonato - a primeira sendo Rio Cuarto - e encostou na briga pelo título.
Mesmo diante dos erros, Raoni Frizzo manteve sua boa fase de resultados e conseguiu seu terceiro pódio consecutivo, ao finalizar em segundo. John White, por sua vez, reagiu aos contratempos inciais e foi buscar mais um pódio, afirmando sua impressionante regularidade em toda a temporada.

Após uma rodada no início, John White fez excepcional corrida de recuperação e fechou no terceiro lugar do pódio
Consistência que também vem sendo característica de Thiago Lemos, que mais uma vez figurou no top-5, ao fechar o dia em quarto, seguido por um ótimo Ricardo Ramos, de volta às atividades após um período de ausências. Quem também brilhou em Albi foi Eduardo Gaensly. Após figurar na corrida 2 em Zandvoort, o experiente competidor voltou à boa forma e terminou em sexto, logo à frente da Ferrari de Alan Lopez.
Mais uma vez entre os dez primeiros, Anderson Lopes manteve a boa fase e ficou em oitavo, trazendo consigo, respectivamente, a Lotus de Antonio Verissimus e a Ferrari de Joubert Amaral.
Já na corrida 2, destaque para a atuação de Ricardo Miron, que partiu da pole e não teve dficuldades para levar seu carro até bandeirada final no primeiro posto, conseguindo assim o 13º lugar no resultado agregado. Marcelo van Kampen e o argentino Eduardo Marrapodi, completaram o pódio. Confira abaixo os resultados completos do GP: (clique para ampliar)

Com a briga pelo título cada vez mais apertada e a quatro corridas da definição do campeonato, máquinas e pilotos partem agora para os arredores de Clermont-Ferrand, onde irão disputar a 11ª etapa no próximo dia 16. Promessa de novas emoções em um dos campeonatos mais equilibrados da liga.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

John White é o mais novo campeão da GPLBrasil

Em temporada disputada, John White vence em Monza e fatura o título.


A 5º temporada da GPLBrasil será lembrada como a temporada do "mais". Mais movimentada, disputada, controversa e sensacional da história do certame. E como complemento temos mais um novo campeão. John White, piloto da Pipoca Racing, consagrou-se campeão da temporada na Itália, no circuito de Monza, dia 20/09.

Com um desempenho de muita regularidade, bons momentos e vitórias importantes, White levantou o troféu da 5º temporada em uma corrida movimentada, como as demais que foram disputadas. Monza teve como seu pole position Ricardo Ramos, outro integrante da Pipoca Racing. Raoni Frizzo, o único com chances matemáticas de impedir o triunfo de John White, largava na segunda posição, seguido do próprio White, que tinha como propósito completar a prova no minimo na 11º posição, pois mesmo que Frizzo ganhasse a prova, nesta posição somaria os 10 pontos necessários para garantir o título .


Começo da decisão, Rica Ramos na pole parte na frente


Após a largada, Frizzo pulou a frente de Ramos e assim, tentaria fazer aquilo que havia proposto a si nos treinos para o GP da Itália, chegar a frente e esperar por um tropeço de White. Durante as primeiras voltas Ramos e Frizzo, disputaram palmo a palmo a primeira posição, enquanto White mantinha-se a distância em 3º. Atrás, Otávio Silveira que largou em 4º, complicou-se na primeira volta, perdendo o 4º posto para Fernando Tumushi, que munido de uma Honda poucas chances tinha de acompanhar os pilotos que dispunham de Lotus e Eagles nesta etapa. Após o erro de Silveira e Tumushi, os demais participantes quem vinham na sequência, também se envolveram no incidente.


Raoni Frizzo e Rica Ramos brigando no início da prova.


A frente a perseguição de Ramos à Frizzo continuaria até o início da volta de número 7, quando o bicampeão enfrentou problemas com o equipamento e assim abandonaria a prova e a disputa pelo título. O destino selou a conturbada temporada de Frizzo, que durante as 14 etapas, enfrentou 4 abandonos, coisa pouco habitual ao piloto de Amparo cujo qual foi o homem a ser batido nas últimas 2 temporadas da Liga.


A perseguição duraria até a volta 7 quando Frizzo abandonou. Ramos abandonaria algumas voltas depois.


Com o abandono de Frizzo, a disputa pelos troféus de pilotos e equipes findou-se, pois além do mesmo não pontuar, a Sergeant Pepper´s, equipe do trio Raoni Frizzo, Eduardo Gaensly e Helerson Maciel, não teria condições de conseguir os 55 pontos que eram necessários para garantir o troféu de equipes no momento. Resultado que parecia pouco provável, pois além de uma dobradinha de Frizzo e Gaensly a Pipoca Racing não poderia completar a prova com seus dois pilotos, White e Ramos que no momento eram os líderes da prova, além do proprietário e piloto da equipe, Ico Oliveira que era o sétimo.

Desta forma, Ramos seguiu líder até a volta 14 quando também enfrentou problemas com o equipamento e também abandonou a prova. White assumiu a liderança e seguiu até a bandeirada, coroando assim a sua conquista no campeonato.

Beneficiado com os abandonos dos concorrentes, John White venceu a 3º prova no ano e sagrou-se campeão da temporada.

No pelotão de trás, Otávio Silveira se recuperou do incidente na primeira volta, ultrapassou Fernando Tumushi na 5º e seguiu sem demais problemas, herdando a posição dos pilotos que abandonaram e complentando a etapa em segundo lugar. posição esta que conseguiu também no cômputo geral, superando, Raoni por apenas 5 pontos na última prova.

Fernando Tumushi, seguiu com a Honda atrás de Otávio, mas via-o abrir distância facilmente, e devido ao incidente com o restante do pelotão na primeira volta, conseguiu margem suficiente para chegar até o final da prova, na terceira posição, finalizando os pilotos que subiram ao pódium.

O público presente em Monza não saiu insatisfeito por não ter visto uma briga na pista dos postulantes ao título. Os demais pilotos deram um show de arrojo e coragem nas disputas do 4º ao 10º lugar. Brigas acirradas e em alguns casos além de acirradas, levantaram o público que viram Fábio Ferelli cruzar a linha em 4º lugar, que viria a ser desconsiderado devido a desclassificação do piloto em virtude do excesso de Reset´s usados na prova. Destaque também para Anderson Lopes, que apesar de um toque ocasionado por Caio Lucci, cruzou a linha em 5º e acabaria herdando a posição de Ferelli. E fechando os 5 primeiros, o campeão da 1º temporada, Ico Oliveira , também beneficiado com a desclassificação de Ferelli completou em 5º lugar.

Confira abaixo o resultado da última etapa da 5º temporada da GPLBrasil:


Com esse resultado, a classificação geral da 5º temporada da liga ficou assim:






Campeonato decidido, Raoni passa para John o título de atual campeão, assim como a KAMF entrega o título de equipes para a Pipoca Racing, em um campeonato cheio de disputas e ultrapassagens, sejam na pista ou na tabela de classificação.


Como atrativo para finalizarmos a 5º temporada, trazemos a vocês uma entrevista exclusiva com o campeão John White. Muitas curiosidades sobre o piloto, o início da carreira e infomações bombásticas você confere na integra e sem cortes abaixo:

1) Como você descobriu a liga? (Blog GPLBR)

(John White)

Antes de falar sobre essa estória, é importante voltar em 1998 e até alguns anos antes. Sempre fui um aficionado por Fórmula 1, muito se deve ao privilégio de acompanhar a carreira de grandes nomes do esporte. Na época da escola, um amigo me mostrou o World Circuit: “Nossa, que espanto!” para quem estava acostumado a jogar Super Mônaco GP, aquilo era de outro planeta. Com a evolução do game para o GPII, comprei-o e adorava baixar os mods e jogar o campeonato de 1985...mas sempre andava em busca de novidades sobre simuladores de F1. Até que um belo dia na Saraiva, visualizei uma caixa que dizia: GP Legend´s...peguei a caixinha e fiquei realmente impressionado com o realismo que o jogo se propunha (mesmo com os gráficos antigos) e ainda mais por ser um game da papyru´s (já conhecia o Indy) não tive dúvida e comprei...

Meu, passava horas lendo o manual e principalmente tentando levar a sério o jogo, mas na época eu não tinha noção nenhuma em como ajustar o carro e principalmente como mantê-lo na pista, pois claro que eu não tinha volante. E como eu tinha de jogar com o mínimo de resolução e detalhes para privilegiar os FPS (que mesmo assim não eram bons...)acabei por desanimar e guardei o simulador.

Ano passado, após a compra de um PC mais decente, decidi tentar instalar o CD...correu tudo bem, mas não rodava o game...então fui a procura de uma solução na internet. Encontrei, e consegui entrar no jogo e na 1° acelerada, a paixão foi retomada, principalmente quando notei melhoras gráficas...A partir daí, procurando sets e pistas encontrei a liga e me registrei com o intuito de participar efetivamente de competições on-line, que sempre foi verdadeiramente um grande sonho meu...até então só tinha experiências em competições que não tinham foco no realismo.


2) Como foi seu inicio no GPL e na liga?

Engraçado, logo que me inscrevi, já postei no fórum pedindo pra correr em SPA, no meio da temporada do 67 de 2008(se não me engano era numa sexta), e nunca hahahahha tinha andado em Spa. Ai o presidente da Liga, o Thiago Lemos, foi extremamente receptivo e passou a me ajudar com a verdadeira instalação para que eu conseguisse participar das corridas on-line. Vroc, blábláblá...e nada, Win Vista deu muito trabalho, muito mesmo, até fazendo com que o Lemos desistisse de me ajudar, pois verdadeiramente todas as suas investidas não foram bem sucedidas...então fiquei muito chateado, mas não passava pela minha cabeça perder a chance de correr de GPL on-line, e ai comecei a fuçar de montão...até que descobri qual era o problema e assim pudemos ajudar a todos que usam o Vista.

3) Quais foram suas maiores dificuldades no inicio?

Bom, a partir do momento em que pude entrar no Server, e de BRM (pois na época a liga tinha outras normas, tal como iniciantes só podiam usar BRM, Honda ou Cooper) e com as vagas na Cooper preenchidas, restavam-me somente a BRM e a Honda, e de pretona, comecei a treinar somente dentro do Server, e tive muita sorte, pois a semana em que antecedeu meu GP de estréia foi muito movimentada em termos de treinos...era a primeira corrida que faríamos em Hockenheinring e: ao entrar no Server, logo vi que meu nível era muito abaixo dos mais velozes...minhas primeiras voltas eram vergonhosas, sempre me considerei um bom “piloto”, mas fazer a ostkurve era coisa de loco...eu simplesmente não conseguia contorná-la, me sentia muito envergonhado por isso...mas isso me motivou para a prova e consegui fazer uma bela corrida, pontuar na estréia chegando em sétimo e ainda terminar o ano com duas vitórias e com o título de roockie do ano.

4) Como você define seu estilo de pilotagem?

Difícil essa hein! Me considero um piloto muito prudente. Claro que já me envolvi em acidentes...principalmente com retardatários...pois é complicado você prever o movimento de um piloto que vem mais lento que você...e quando isso envolve briga pela ponta então...piorou...mas a experiência me mostrou como ela é importante, como Rouen por exemplo.

Creio que ao longo de minha jornada na liga, por culpa minha...acho que só um acidente...(claro que há controvérsias...mas nunca fui punido...) então, quanto mais experiência fui adquirindo, de mais prudência fui me munindo, a medida que no champ mod 65, não consegui segurar muito meu ímpeto, mas no último que se encerrou,o mod 67 minha estratégia deu resultado. É isso mesmo, a prudência tem que ser uma estratégia, principalmente em momentos em que há muita corrida pela frente...assim posso definir meu estilo como rápido (mas não o mais veloz) Constante (um dos mais) e Prudente (o mais).Mas isso não impede que eu dispute posições hein...

5) Seu desempenho na temporada lhe rendeu o titulo, como você define esse desempenho durante o campeonato?

Creio que meu desempenho foi baseado em alguns fatores como constância, disciplina, ousadia e prudência. Mas acima de tudo em um bom planejamento. Óra, eu me planejei para a longa temporada. Tive de fazer escolhas baseadas em desempenhos de carros aliadas ao meu conhecimento sobre as pistas. (quem não fez isso? Bidu!) Mas como planejamento não é perfeito, e nem pode...ia me adequando consoante a aproximação de eventos na qual não tinha o mínimo conhecimento do traçado. Por exemplo, conheço muito de Kyalami, se tivesse escolhido a Lotus ou a Eagle teria vencido, mas optei pela BRM de cara e cheguei em 5°. Depois de Mônaco, onde a prova era minha, e eu deixei escapar por minha própria imprudência e até certa inexperiência fiquei muito abatido, cheguei a pensar que minhas chances estavam dizimadas, mas decidi manter o meu plano, de deixar os melhores carros para o fim e/ou para as pistas que não conhecia...Mas um ponto muito importante pra mim foi que consegui me manter sempre entre os top Five (quando completava) e que venci em mosport (que não conhecia) de Cooper e em Jovite (também novidade) de Brabham (acho que decidi ai o título. Rouen foi uma prova decisiva pra mim também, pois mesmo sem conhecer a pista, consegui reagir rapidamente e andar de maneira competitiva (até demais...) principalmente depois do pior momento na temporada que foi em Zandvort, onde tive problemas com a Ferrari (e quem não o teve durante o ano?).

6) A Pipoca Racing, sua equipe para no campeonato 67, foi vencedora do titulo de pilotos e equipes, qual era o relacionamento dentro da equipe ? E quais os atributos fizeram a equipe sagrar-se vencedora ao termino da temporada?

Bom, primeiro é preciso dizer que pra mim, de verdade, foi uma honra ser convidado pelo Ico Oliveira para completar o trio da comenda Dora. Me senti muito prestigiado; diante de tantos nomes consagrados eu fui escolhido. A partir daí, sem dúvida tivemos um bom relacionamento que funcionou da seguinte forma: Estávamos todos soltos, ou seja, sem cobrança. Mas mesmo sem cobrança todos nós éramos extremamente comprometidos com os resultados e creio que antes de tudo com a equipe. Só o convite do Ico já proporcionou esse comprometimento. Não havia e nunca existiu nenhum tipo de estratégia, combinação de resultados, troca de acertos ou outros. Cada um definia a sua própria estratégia de corrida e a única comunicação que havia entre nós e quando havia, se dava momentos antes das corridas com: Boa sorte! Vai pra cima! Pressiona o Raoni! Hehehe, agora combinação do tipo: não me passa, ou some na frente que eu seguro a onda...nunca! mas o respeito entre as nossas disputas isso sim, sempre foi fator determinante. Sempre que disputamos posições foi de maneira aberta (sem jogo de equipe) mas com o respeito e o bom senso em primeiro lugar. Acho que esse foi o grande segredo do time. A segunda pergunta diz respeito sobre quais atributos contribuíram para que a equipe sagrar-se a campeã e respondo da seguinte forma: Contamos com três pilotos rápidos e extremamente competitivos (esse foi o primeiro ponto), o segundo ponto já citei (não houve jogo de equipe) e o terceiro foi a assiduidade dos pilotos...(se o Ico pudesse participar mais e até mesmo o Rica, tenho certeza de que teríamos chegado mais longe e quem sabe o título estaria em outras mãos?

7) Vc esteve envolvido em algumas polêmicas neste ano, que tem a dizer sobre
elas ?

(Risos) Bom, eu sou uma pessoa muito competitiva, principalmente no que tange velocidade.

E ninguém gosta de perder, e eu sou um deles. Quem dera sempre vencer, mas perderia a graça...o que eu posso dizer sem ficar enrolando muito ou dedicando muito tempo a um quebra gelo é: Eu tenho um perfil psicológico muito agressivo, devo reconhecer isso, mas já fui pior, e me esforço em melhorar esse meu ponto fraco muitas vezes, mas nem sempre alcanço esse objetivo. Acho que sou mais agressivo fora do que dentro das pistas, e isso nem sempre é bom, o interessante seria o alcance do equilíbrio dessas variáveis.

Houve ocasiões em que me senti prejudicado e não medi muito bem minhas palavras, e ocorreram outras em que estava certo de que tinha a razão, mas pensando friamente tempo depois chego à conclusão de que muitas vezes é melhor ficar quieto, pois mais sensato é permanecer calado mesmo estando certo e parecendo sábio, do que falar, falar, contar vantagem e parecer estúpido. Mas é difícil, preciso melhorar, acho que muitos de nós precisamos (olha lá eu de novo...).

8) Todo esporte é baseado em competições, com base nisso quem você define hoje, como seu maior rival na pista?

Acho que o homem a ser batido ao longo do campeonato foi o Raoni, e assumi que ele seria o meu grande rival na temporada, mas fui muitas vezes mais veloz e constante do que ele, principalmente em circuitos de médias ou baixas velocidades, perdendo em circuitos longos demais ou rápidos. Mas não posso desprezar o Rica! Considero que ele foi a grande sensação de toda a temporada, sendo o mais rápido muitas vezes! Logo, como a pergunta quer levantar quem é o meu maior rival, devo dizer que é o Frizzo, travamos batalhas durante todo o ano, e sei que ele também me considera como seu maior rival, afinal de contas tirei o título dele, mas se me pedirem para que eu levante quem será o meu próximo rival, assim como o do Raoni, Fernando, Thiago, Otávio entre outros, é o Rica. Ele foi o melhor do ano.

9) Quanto ao próximo campeonato até o momento o proprietario da equipe Pipoca, Ico oliveira, não confirmou a inscrição da equipe para a primeira etapa do camp 69, como você se sente no meio desta situação ?

Não estou confortável, claro, ficar desempregado depois de ter sido o campeão do mundo não é fácil, minha prioridade é e sempre será a pipoca, mas posso correr sim por outras escuderias sem problemas, desde que seja liberado pela comenda Dora. Agora, se olharmos pelo foco familiar, considero importante um momento para a família, estou pensando em férias, ainda nem entrei na pista com os carros novos,e se a mulher dificultar só um pouco acho que vou optar em não correr todo esse campeonato, mas estou aberto a propostas, é só pagar as luvas...Provavelmente corro em Interlagos (pista em que sou o atual campeão) e na final da tríplice coroa, onde posso somar mais um título no meu CV...

10) Sem um lugar garantido no grid, quais são suas expectativas para o próximo campeonato?

Definitivamente não são muito boas não. Considero que em termos de equipe, eu não teria problemas em alinhar e participar, mas meu tempo está cada vez mais escasso, e a possibilidade de não correr todas as etapas são grandes, com certeza não conseguirei ter a mesma disciplina e por conseqüência a mesma competitividade do último campeonato ,apesar de gostar muito disso, gosto mais da minha mulher...(e acho que vem bomba por ai...se pans outro trampo e...........se pans a mulher tá achando que tá grávida de novo.........fu*%$!).

11) Com a experiência adquirida, o que você pode passar para os novatos?

Não se conformem quando forem mais lentos que os ponteiros. Se eles podem, todos podem. Claro que treino, um volante mais ou menos até, e com muita observação dos traçados escolhidos por alguns a melhora aparece com tranqüilidade até. (Acho que para quem usa joy pad, não tem muito o que fazer e são prejudicados por isso...pois o volante vira bruscamente...) as vezes a mudança é dolorosa mas é proveitosa. E Lembrem-se de que o nível esse ano foi melhor do que o do ano passado, então a tendência é de sempre nos superarmos...E acho que o melhor conselho que posso passar é: Prudência, prudência e prudência. Muitas vezes não vale nem a pena brigar ou disputar posições no começo, meio e as vezes até no fim das corridas se sentir que pode bater ou prejudicar alguém arriscando.

Posso dar o exemplo das 250 milhas de Indy que venci. Tinha eu uma BRM contra uma Ferrari do Nico Fontana. Fiquei acompanhando ele quase que até a metade da corrida SEM TENTAR NADA, e sendo mais rápido, decidi comboiá-lo até tomar a decisão de que poderia passar e me distanciar...com o carro mais leve em relação a largada. Então senhores, pensem na corrida antes mesmo do treino. Desenhem uma estratégia conforme andaram toda a semana ou o fim de semana. Não partam para cima logo no início da corrida, pois ela é longa, tentando dividir a prova em duas ou três fases...ai acho que teremos mais competição para os próximos eventos.


12) Por fim, qual a mensagem que você deixa para quem estiver lendo neste momento ?

A família sempre deve vir em primeiro lugar. Depois vem o trabalho, o estudo e até mesmo o lazer. A vida é composta por inúmeras variáveis e conseguir um equilíbrio positivo delas é o grande segredo. Não podemos nos perder nesse simulador que realmente é apaixonante (sei que é difícil) mas temos de nos dedicar as nossas vidas, namorando, casando...trabalhando...(sei que é difícil) nosso lazer, não pode estar acima de nossos valores e muito menos ser uma prioridade na nossa vida. Por isso, que acho que as brigas na liga são válidas e até construtivas, mas não podemos nos deixar influenciar por qualquer evento de modo a prejudicar um relacionamento na liga ou fora dela. (sei o quanto é difícil). Temos de levar a sério (com plena certeza), pois não estamos sozinhos ou correndo contra a máquina, existem outros caras iguais a gente pelo menos naquele momento fazendo a mesma coisa que nós e no mesmo local...(mesmo longe) por isso o respeito por um outro carro da pista, seja quem for, deve ser fundamental para a saúde da competição. O grande barato é que todo mundo quer ser melhor que todo mundo, então acho que devemos perder tempo com blabas e decidir na pista com respeito, porque depois da maior rixa do mundo se fizermos uma corrida elegante o prazer que ela nos proporciona supera qualquer confusão. Faremos de nós a grande família GPLBrasil, mas tenham em mente. A sua família é a coisa mais importante que você tem ou pode ter...tá no seu nome bixo, toma conta da casa. Se a mulher proibir, melhor escutar...Senhores: a todos um grande abraço, espero ter colaborado de alguma forma com todos os competidores, eu não sou melhor que nenhum piloto (nem pior), e o respeito deve prevalecer na pista sendo prioridade SUA não colidir no seu adversário...ai a volta no VROC é tranqüila e só festa...Valeu!



A temporada encerrou-se, mas o ano ainda não. Domingo 04/10 começa a 6º temporada, que deverá não ter pela primeira vez o campeão anterior na pista e sem a inscrição da Pipoca Racing, atual campeã de equipes. Novidades e possíveis surpresas esperam os pilotos e equipes na Austria para a primeira temporada oficial usando o Mod 69. Boa sorte aos inscritos e nos vemos em Zeltweg.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Joubert Amaral assume a equipe Thunder e transforma em Thunderbirds

A equipe de competição Thunder Racing, de GPL, comunica que seu fundador ,Thiago Lemos, repassou as ações da equipe ao piloto Joubert Amaral e não mais faz parte deste time.

Thiago Lemos: “Pensei muito até tomar esta decisão, mas a quantia que Joubert me ofereceu foi alta (1 centavo) e não tive como negar. Fica apenas o carinho por todos que passaram por ela, já que em meus tempos à frente da Thunder, pude ajudar muitos jovens pilotos a iniciarem suas carreiras no GPL Brasil.”

Joubert Amaral: “Hoje estou feliz em ser o novo proprietário da Thunder. O Thiago foi um grande professor e desejo tudo de bom em sua nova casa.”

Com uma nova administração, a equipe também anuncia que a partir do MOD69 do GPLBRASIL, sua nova alcunha será THUNDERBIRD’S.

Além de Joubert Amaral, que coordenará as decisões administrativas e pilotará um dos carros da equipe, os outros dois pilotos já estão escolhidos.

Joubert Amaral: “Para nos ajudar na competição MOD 69, teremos novamente Fábio Ferelli, piloto novato que demosntrou ser bastante rápido. O outro bólido será pilotado por uma espécie de Capitão de Pista. Este piloto coordenará todos os treinos e estratégias da equipe referentes às corridas. Ainda não posso revelar o nome deste piloto, mas adianto que é um dos melhores pilotos de GPL do mundo!”

O anúncio oficial do terceiro piloto da equipe acontecerá próximo à corrida de Monza do MOD 67, quando a equipe também anunciará mais novidades para a categoria.

Para ver o comunicado na integra, clique aqui

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Os carros de 67: Lotus 49

De longe, o carro mais veloz da temporada e também do Grand Prix Legends.
Prova disso são os recordes mundiais do GPLRank, em sua maioria, feitos com uma Lotus 49.

Tudo começou com o fim dos motores de 1,5l para a temporada de 1966, Colin Chapman percebeu que precisava urgentemente de um motor potente e, principalmente, leve para seus carros. Apesar de Clark ter ganho o GP dos EUA de 66 com uma Lotus 43 equipada com o motor H16 da BRM, não era o bastante para a equipe.


Clark com o Lotus 43 equipado com motor BRM H16. O pesado propulsor não combinava com o leve chassi Lotus.


Em uma reunião com a Ford, Chapman convenceu os executivos que um investimento relativamente baixo traria anos de domínio na principal categoria do automobilismo mundial.
A Ford então delegou à Cosworth, companhia de dois ex-funcionários da Lotus, Mike Costin e Keith Duckworth, a tarefa de projetar e construir o motor planejado por Colin Chapman.
A grande novidade seria que o próprio motor seria parte integrante do chassi, a suspensão traseira seria montada no bloco do motor, um V8 em 90°e 32 válvulas (daí o DFV, Double Four Valvle), produzindo pouco mais de 400HP, e este seria montado no monobloco da Lotus 49, basicamente um 43 modificado.


Nessa foto, percebe-se como o pequeno motor encaixava-se perfeitamente no chassi.


O carro ficou leve, 500kg, o mínimo exigido na época, tinha a qualidade dos carros da equipe de Chapman e com o novo motor potente, o carro tinha a melhor relação peso/potência entre todos os competidores.



Um raio-x do Lotus 49.

Na GPL Brasil, a Lotus 49 é unanimidade quanto a velocidade. "Único carro a de fato fazer frente à Eagle. Tem um bom motor e uma boa velocidade máxima. Apesar disso, tem em curvas seu ponto mais forte, sendo o melhor carro em quase todos os tipos de pistas. Não é tão estável quanto a Eagle também e muitas vezes exige uma pilotagem agressiva para se chegar ao seu limite." diz Otávio Silvera. Raoni Frizzo, campeão à bordo da Lotus diz que "Em termos técnicos, o melhor carro do jogo. É ágil, muito veloz e não é arisco pra guiar." .


Ricardo Ramos vence o GP do México, da mesma maneira que Jim Clark venceu em 1967.

Nem tudo, porém, é perfeito. Um dos maiores problemas com os carros Lotus era, justamente, o fato de serem projetados por Colin Chapman. Para ele, a idéia de um carro de Grand Prix era que o carro deveria completar a corrida e se desmanchar logo depois de cruzar a linha de chegada. Caso isso não acontecesse, o carro estava forte demais, portanto, pesado demais.


Hill e a Lotus no famoso "Carrossel" em Nurburgring, apenas uma das curvas que forçava demasiadamente a suspensão dos carros.

Com o Lotus 49 não foi diferente. na estréia do carro, em Zandvoort, todos ficaram espantados quando Graham Hill fez a pole e Jim Clark ganhou a corrida. Porém, em uma época onde as pistas tinham saltos, ondulações, pneus enterrados ao lado da pista e zebras que mais pareciam meio-fios, as corridas seguintes proporcionaram um festival de quebras, tanto do motor como dos carros, principalmente a suspensão.
Assim como a velocidade, a falta de confiabilidade também é a opinião dominante entre os pilotos da liga.

Clark voa em Nurburgring. O frágil Lotus 49 não aguentava esforços como esse.

Raoni continua "O grande problema é que ele quebra uma barbaridade. Qualquer marcha errada ou giro mais alto do motor já é um perigo! Talvez por isso Clark não tenha vencido o campeonato de 67.". Caio Lucci é sucinto "Carro rapido e ágil, mas tem um motor de cristal que quebra muito fácil", e Onyas Claudio indica quem deve guiar o 49 "É o carro mais rápido, o que possui o melhor conjunto. Isso não quer dizer que seja o melhor. A fragilidade do motor exige uma direção mais sensível e conservadora. É um carro para Prosts ou Fittipaldis e não para Mansells ou Sennas. Em classificação é praticamente imbatível.".



O português Ricardo Gomes largou na pole, dominou e venceu a corrida em Silverstone de 2009 com o carro de Chapman.

Jim Clark ganhou quatro corridas em 1967. A corrida de estréia do Lotus 49, em Zanvoort, Holanda, o GP Britânico e as duas últimas corridas, quando o carro vinha ganhando confiabilidade, os GPs dos EUA e do México. O feito mais incrível foi que o carro largou na pole position em todas as corridas! Hill em Zandvoort e Clark em todas as restantes. "Jimmy" também abandonou as corridas tendo problemas sempre enquanto estava na liderança. Era, sem dúvida, o carro do futuro da Fórmula 1.

Nos três campeonatos disputados na GPL Brasil com o mod original do GPL, que retrata a temporada de 67, a Lotus domina o quadro de vitórias. Foi com ela que Caio Lucci obteve sua única vitória na primeira corrida da história da liga. Raoni Frizzo teve uma temporada espetacular em 2008 com o carro verde e amarelo, encaixando 5 vitórias seguidas e tornando-se campeão, com Otávio Silveira, também de Lotus na segunda metade da temporada, como vice, e em 2009 Ricardo Ramos, Thiago Lemos, Ricardo Gomes e Fernando Tumushi já venceram com o carro de Colin Chapman.

Após uma ferrenha batalha com Fernando Tumushi, Thiago Lemos venceu a corrida disputada em Roosevelt. Tumushi viria a vencer o GP Francês, também com a Lotus 49.

Para se ter idéia da revolução que o carro e seu motor causaram no automobilismo mundial, é só olhar na estrutura de qualquer carro de alta performance atual. Fórmula 1, Indy, protótipos, Ferraris, Lamborghinis, Koenigseggs, Bugatti Veyron e tantos outros. Todos usam o design bolada pelo homem do chapéu.



Criador e criatura. Chapman, aqui sem o "chapéu" se diverte guiando mais uma de suas fantásticas máquinas.

Na Fórmula 1, a Lotus foi campeã em 68, com Hill, em um Lotus 49 pouco modificado e mais resistente. A partir de 1969, quando a Lotus perdeu a exclusividade dos motores, a barragem foi aberta.
Pequenas equipes como Matra, Tyrrell, Surtees, March, Williams, Ligier, Fittipaldi e muitas outras podiam agora comprar ou fabricar seus carros e correr com motores potentes, confiáveis e relativamente baratos para assim, competir de igual para igual com Ferrari, Lotus, Brabham e McLaren.
Entre 68 em 74, os campeões pilotavam carros equipados com o Ford-Cosworth DFV, e entre 1967 e 1985 o motor obteve 155 vitórias em 262 Gps, deixando de ser competitivo apenas com o início da era turbo.

O motor Cosworth DFV acoplado ao chassi 49. Tal configuração ainda é utilizada hoje nos carros de alta performance de todo o mundo.

Para sentir a emoção de fazer parte do início de uma revolução, apenas o Grand Prix Legends e a Lotus 49 podem proporcionar isso hoje em dia.
Sem dúvidas, um ótimo carro.





Martin Brundle pilota o Lotus 49 em Silverstone alguns 40 anos depois da vitória de Jim Clark.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Chegada histórica marca GP de Zandvoort e vitória de Otávio Silveira


O domingo do dia 17 de agosto de 2009 entrou para a história da GPL Brasil. Digna de fazer qualquer corrida da F1 atual morrer de inveja, a etapa de Zandvoort do Campeonato 2009 do Mod 1967 da liga viveu seu fim de semana mais agitado na sua curta história de pouco mais de dois anos de existência. Além de uma ferrenha disputa entre quatro pilotos pela vitória, o GP foi marcado pela chegada mais apertada da história da liga, protagonizada pelos veteranos Otávio Silveira e Raoni Frizzo.

Melhor para Otávio, vice-campeão de 2008, que acabou com um jejum de quase um ano sem vitórias e retornou ao lugar mais alto do pódio em grande estilo. De quebra, o piloto da GrandPrix FUN se manteve na briga pelo título da temporada, aproveitando-se do abandono do líder da competição, John White.

A corrida dava indícios de que não seria nada monótona já no treino classificatório. Uma forte batalha foi travada entre Raoni Frizzo e a dupla da Pipoca Racing, John White e Ricardo Ramos. No primeiro embate, Frizzo conseguiu a posição de honra do grid, seguido por White e Ramos. Logo atrás, Otávio partia do quarto posto, seguido por um surpreendente Caio Lucci, às voltas com um excelente desempenho durante todo o final de semana.

Otávio Silveira segurou a pressão de Frizzo e venceu de forma espetacular sua primeira no ano

De forma incrivelmente azarada, a Pipoca Racing viu seus dois postulante à vitória saírem de combate com menos de 50 metros de prova. Ao final do treino de qualificação, Ricardo Ramos apresentou problemas e sequer alinhou no grid. Ao baixar da bandeira verde, foi a vez de John White conseguir mover sua Ferrari por irrsórios metros, até também sofrer problemas e sair da disputa, deixando o caminho livre para a liderança de Raoni Frizzo.

Mas engana-se quem pensou que a vida do piloto da Sergeant Pepper's seria mais tranquila com a saída dos dois fortes concorrentes. A folgada liderança do atual campeão não durou muito. Para o bem das fortes emoções da prova, os deuses do automobilismo (virtual?) estavam de plantão, e um acidente entre o líder e o retardatário - e estreante - Fábio Ferelli colocou a Ferrari do ponteiro em maus lençóis na Tarzanbocht, primeira curva do circuito. Resultado: queda para a quarta colocação, e início de uma disputa épica pela vitória.

As voltas seguintes foram uma verdadeira batalha pelo triunfo no circuito holandês. Otávio Silveira ponteava com sua Ferrari. O já antes surpreendente Caio Lucci continuava a surpreender, ao andar perto em segundo com sua Lotus. Sempre muito regular, Eduardo Gaensly vinha com sua Eagle logo atrás, seguido do seu colega de time, Raoni Frizzo. Oito segundos separavam primeiro e quarto colocados, ao passo em que os líderes seguiam num ritmo alucinante. Mais atrás, André Luiz e Thiago Lemos travavam um ótimo embate pelo quinto lugar.

Eduardo Gaensly foi muito regular e conquistou seu segundo pódio no ano

Após algumas voltas, Frizzo conseguiu suplantar seu parceiro de equipe e assumiu o terceiro posto. Logo foi a vez de Caio Lucci ser desalojado da vice-liderança. E tão rápida foi a aproximação de Frizzo à Ferrari de Silveira. E o saldo de toda a disputa nas voltas finais foi de tirar o fôlego. Era a disputa entre um piloto determinado a vencer e liderar o campeonato, contra um competidor decidido a segurar a qualquer custo a vitória e entrar de vez na luta pelo caneco.

As investidas de raoni se tornaram cada vez mais agressivas, mas nada que abalassem a frieza e concetração de Otávio, que seguia bravamente no camndo da corrida, até mesmo quando já parecia que seria finalmente superado pelo rival. Logo atrás, Eduardo se aproveitava de um erro de Caio para recuperar o terceiro posto.

Veio a última volta, e o ápice da emoção! Frizzo tentou por fora logo no início do último giro da prova. Chegou a ultrapassar, mas não conseguiu domar a tempo sua máquina vermleha e perdeu terreno para Otávio. A sinuosa e estreita seção mista do circuito foi como uma perseguição policial, com os carros se separando por centímetros, até que veio a reta final...

Raoni Frizzo sofreu uma punição, mas mesmo assim foi ao pódio no GP holandês

Raoni saiu particamente embutido no seu oponente e se aproveitou do vácuo para logo emparelhar com o carro de Otávio. À medida em que os carros iam se emparelhando cada vez mais, a distância para a linha de chegada ia caindo vertiginosamente. Mesmo com todo o suspense e pressão, Otávio suportou a pressão do rival e recebeu a bandeira quadriculada míseros 43 milésimos à frente de Raoni. Uma vitória suada, dramática, mas com o cenário perfeito para marcar a redenção do experiente piloto.


Análise pós-corrida pune Frizzo, e Gaensly herda segundo lugar

Após o término das atividades no circuito de Zandvoort, a comissão julgadora de incidentes da prova considerou Raoni Frizzo culpado pelo acidente entre o mesmo e o piloto David Sochenna, na 28ª volta da prova. Com a decisão, o piloto foi punido com o acréscimo de 20 segundos ao seu tempo final de corrida, e finalizou a etapa em terceiro. Seu companheiro de Sergeant Pepper's, Eduardo Gaensly, herdou o segundo lugar. Caio Lucci terminou em quarto, enquanto Thiago Lemos ganhou seu duelo com André Luiz e fechou a lista dos cinco primeiros colocados.

Os pilotos Fábio Ferelli e David Sochenna também foram considerados culpados por seus respectivos acidentes durante a prova, e não tiveram seus resultados válidos como pontuação, por não terem completado o limite mínimo de 90% das voltas exigidas no regulamento. Confira abaixo os números oficiais do GP.


Oficialmente, e analisando friamente, a corrida de Zandvoort deixa de ser a chegada mais apertada da GPL Brasil. Mas toda a emoção e adrenalina de cada uma das voltas jamais será apagada, graças ao espetáculo proporcionado por todos em pista. Agora, cada vez mais perto de conhecer o seu campeão, o campeonato parte para a França, onde no próximo dia 30 de agosto será realizado o GP de Rouen-les-Essarts.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Laffite Racing em franca evolução

O cenário no início da temporada era de uma organização nanica, ainda engatinhando na GPL Brasil. Liderada pela persistência e seriedade do também novato Onyas Claudio, certamente o panorama encontrado atualmente na Laffite Racing é muito melhor do que se via nas primeiras etapas.

Onyas Claudio, mesmo em seu ano de estreia, tem mostrado excelente regularidade

Analisando os resultados, é fácil notar que a evolução do time caminhou junto com os progressos em pista de seu fundador. Mas, por trás de tudo isso, outros fatores contribuem cada vez mais para a equipe despontar como grata revelação da temporada. Conforme os resultados de Onyas evoluíam com o tempo, a escuderia caminhou a passos largos e contratou o também novato André Luiz. Engana-se quem pensa que a falta de experiência de ambos seria um entrave para os bons resultados.

Logo na penúltima etapa, em Nürburgring, o primeiro pódio. Um impressionante André Luiz superou os desafios da pista mais perigosa do calendário e conseguiu um brilhante terceiro lugar. enquanto isso, a regularidade de Onyas tem levado seu carro a frequentar constantemente as dez primeiras posições, estando na briga direta pelo título de "Novato da Temporada".

Time que cresce na pista também cresce fora dela! Partindo desta máxima, a Lafitte Racing deu um salto estrutural e a partir do GP de Nürburgring já vem contando com um terceiro chassi nas corridas. E mantendo a tradição da equipe, outro novato ocupou a vaga. Will Robson chegou à liga disposto a tornar a Lafitte de vez numa realidade entre os times.

André Luiz chegou há pouco tempo e já surpreendeu, conquistando seu primeiro pódio

Os números não mentem. Nas duas últimas etapas, o time só fez menos pontos do que as líderes Pipoca Racing e Sergeant Pepper's. Foram 66 pontos neste intervalo de corridas, dez a mais que a terceira colocada, Thunder Racing. Com tanto sucesso, a equipe já figura em sexto lugar no campeonato. Tamanho sucesso empolga o proprietário do time, Onyas Claudio, que ainda elogiou seu colega de time, André Luiz.

"Se o André tivesse começado do começo (pleonasmo), provavelmente já estaria com o título do Rookie da temporada assegurado. Quem sabe até brigando na parte de cima da tabela. De qualquer forma, a Laffite e seus novatos estão bem no páreo", afirmou.

Frizzo comemora vitória e recuperação

Depois de três vitórias seguidas na liga, incluindo a etapa de Le Mans da Tríplice Coroa, o astral do atual vice líder da temporada, Raoni Frizzo, não podia ser melhor. O atual campeão comemorou o fato de ter reagido na competição e, principalmente, a atuação e estratégia para o GP de Spa-Francorchamps.

As duas vitórias seguidas deixaram Frizzo na briga pelo título

"Nesses dias que antecederam a corrida treinei bastante, e com vários carros, para evoluir tecnicamente. A tática deu (muito) certo!", vibra. O piloto da Sergeant Pepper's comentou também a disputa entre os pilotos da Pipoca Racing, Ricardo Ramos e John White, na corrida. "Ia abrindo aos poucos, e pelo pribluda via a disputa entre o John e o Rica. No momento pensei que o Rica estava apenas escoltando o John, mas depois soube que ele estava a fim mesmo era de passar o John e ganhar o 2º lugar", comentou.

Entretanto, o postulante ao título sabe que não depende mais de si mesmo para vencer o campeonato e frisa a importância dos recentes resultados. "Sabia que só uma sequência dessas de resultados me deixaria em condições de me manter na briga pelo título. Não dependo só de mim, mas essas 2 vitórias dão ânimo pra continuar na luta", finalizou.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Confirmando reação, Raoni Frizzo mantém embalo e vence GP da Bélgica


Se aproximando cada vez mais de sua fase decisiva, a temporada 2009 do Mod 1967 da GPL Brasil vai vendo a disputa pelo título ficar cada vez mais emocionante. Depois de fazer as pazes com a vitória, o atual campeão, Raoni Frizzo, manteve a ótima fase e mais uma vez dominou de ponta a ponta o GP da Bélgica, realizado em Spa-Francorchamps, válido pela 10ª etapa de um total de 14 a serem disputadas.

O resultado da prova deixou a tendência de que a briga pelo caneco da temporada está cada vez mais se restringindo a dois pilotos. Atual vice-líder, Raoni tenta aos poucos a aproximação ao seu oponente, John White, que por sua vez, se não pôde conter o avanço do rival, também tem bons motivos para comemorar. O segundo lugar na etapa belga foi um importante passo para tentar conter a reação de Frizzo e ficar mais próximo de seu primeiro título na liga.

Raoni Frizzo venceu de novo e ainda mantém vivo o sonho do título

O evento no famoso circuito europeu já deu seus primeiros sinais da disputa Frizzo x White logo no treino de classificação. Alternando posições a cada momento, os pilotos tiravam tudo de seus equipamentos para buscar ap osição de honra no grid. O suspense foi teminado nos instantes finais da sessão, quando o piloto da Sergeant Pepper's cravou uma marca voadora, conquistando a pole.

Partindo da segunda posição, John White era seguido por um também veloz Fernando Tumushi, liderando a segunda fila do grid, tendo a companhia de Ricardo Ramos, em quarto. Os experientes Otávio Silveira e Thiago Lemos, em ótima posição com sua Brabham, preencheram a terceira fila.

A largada proporcionou a primeira confusão da prova. Ao movimentar dos carros, o português David Sochenna atropelou Ico Oliveira, e o resultado foi um acidente grande. Enquanto, no início do pelotão, Raoni Frizzo mantinha a ponta, já ganhando algum terreno sobre John White, que por sua vez era seguido de perto por Tumushi e Ricardo Ramos. Logo na primeira volta, Otávio Silveira perdeu o controle de seu bólido na Stavelot e sofreu um forte acidente, caindo para o fundo do pelotão.

John White com o segundo lugar, ficou mais próximo do título

Logo na segunda volta, uma importante modifcação entre os líderes. Fernando Tumushi rodou sua Eagle e com isso Ricardo Ramos herdou a terceira colocação. Enquanto isso, a corrida de recuperação de Otávio Silveira acabou logo depois de ter começado. O piloto da GrandPrix FUN bateu forte na Masta e abandonou precocemente a disputa.

Na frente, Raoni Frizzo continuava a aumentar sua vantagem. John White era perseguido de perto por seu companheiro de Pipoca Racing, Ricardo Ramos. E engana-se quem pensou que o 'Mister México' seria um mero escudeiro do líder do campeonato. Na volta 7, após investidas de insucesso, Ramos finalmente ultrapassou seu colega de time e assumiu a segunda posição. Logo o veloz piloto começou a construir uma boa vantagem...

Ricardo Ramos andou forte e voltou a frequentar o pódio

Vantagem que iria se dizimar em segundos. Três voltas depois, Ricardo envolveu-se em um acidente com o retardatário Joubert Amaral e rodou, perdendo a posição para White. Sem fôlego para reação, restou ao piloto seguir firme para garantir um lugar no pódio. Um pouco mais atrás, uma bela disputa entre o veterano Thiago Lemos e o novato André Luiz esquentava a batalha pela quinta colocação. Na base da experiência, Thiago soube se aproveitar dos erros do rival e garantiu seu top-5.

Na frente, Frizzo caminhou tranquilo para seu segundo triunfo consecutivo no campeonato, e o terceiro seguido na liga, agora reduzindo em mais cinco pontos sua desavantagem para John na classificação do campeonato. O pódio completado pelos pilotos da Pipoca Racing deixou a equipe cada vez mais próxima do título. Fernando Tumushi conseguiu um grande resultado para a KAMF Racing, ao fechar em quarto, seguido de Thiago Lemos e sua valente Brabham, em meio à tantas Eagle na pista. Mais uma vez surpreendendo, o novato André Luiz fechou o dia em sexto. Também aparecendo bem, Sérgio Henrique fez uma corrida sólida e terminou em sétimo, seguido de perto pelo regular Onyas Claudio. Ico Oliveira e Eduardo Gaensly fecharam os dez melhores colocados.

Confira abaixo os números completos da prova: (clique para ampliar)


A liga agora faz um descanso e volta às suas atividades daqui a duas semanas, onde máquinas e pilotos partem para disputar o Grande Prêmio da Holanda, no circuito de Zandvoort. com a temporada cada vez nos seus momentos deicisivos, a promessa é de uma forte e equilibrada disputa entre os concorrentes ao título.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Os carros de 67: Ferrari 312

Na opinião deste que vos escreve, o carro mais excitante, apaixonante e "gepeeleano" que o jogo permite usar, a Ferrari 312 fez sua estréia na temporada de 67 no GP de Monte Carlo, pois o time italiano não participou da etapa inicial em Kyalami. A equipe de Maranello, infelizmente, viria a ser a equipe mais trágica do ano. No começo da temporada, contava com 4 pilotos: Lorenzo Bandini, Chris Amon, Ludovico Scarfiotti e Mike Parkes.

Bandini conduz a 312 pelas ruas de Monte Carlo, corrida que seria a última do italiano.

Lorenzo Bandini morreu devido aos ferimentos após um acidente em Mônaco, e Scarfiotti, depois de ver Parkes sofrer um acidente grave em Spa, decidiu parar de correr, deixando o neo-zelandês Chris Amon como praticamente o único piloto da Ferrari durante o ano.

Como já disse, para mim, não é o melhor carro, mas é o mais gostoso de pilotar. O motor V12 atinge 11.000 RPM e produz o som mais bonito de todos os carros. As rodas douradas dão um toque especial dos anos 60, e além disso, o carro é confiável e bom de se pilotar. Dener Silveira concorda que a 312 é um bom carro. "É um ótimo carro. Seu motor vem redondo desde baixas RPM causando vários "burnouts" em saídas de curvas de muito baixa. Seu chassis é um show a parte! Você bota ela onde quer, parece que é grudada no chão".

Otávio Silveira voando com a Ferrari no GP de Solitude, 2008.

O mestre dos teclados, Raoni Frizzo, também é simpático quanto às qualidades da 'Macchina Rossa'. "É veloz, ágil e tem um motor muito bom. O único defeito (que eu acho, pelo menos) é que é muito nervoso. Pra quem joga de teclado, como eu, a mão-de-obra pra guiá-lo é muito grande e cansativa!". E Raul Costa, piloto conhecido por durante muito tempo pedir uma Ferrari pra correr, demonstra seu amor ao carro. "Perfeita. Sai de traseira só pra temperar!"

Em 1967, a Ferrari utilizou um motor V12 com 36 válvulas durante a maior parte da temporada, apresentando um motor com 48 válvulas e 410HP apenas em Monza, permitindo a Chris Amon bons resultados nas últimas etapas e a quarta posição na classificação final.

O motor era confiável e o chassis era estável, porém a falta de torque e o peso um pouco acima dos oponentes fez com que a equipe de Enzo Ferrari não conquistasse nenhuma vitória durante o ano.

Chris Amon sai dos boxes em Monza estreando o motor de 48 válvulas.
Trinta anos depois, Raul Costa levaria a Ferrari à vitória na GPL Brasil.

Na GPL Brasil, eu, Eduardo Gaensly, consegui com a 312 minhas duas únicas vitórias nos GPs disputados em Interlagos e Silverstone em 2007, quando fui vice-campeão. No mesmo ano, Raul Costa ganhou a corrida disputada em Monza à bordo de uma Ferrari. Em 2008, o também vice, Otávio Silveira, ganhou os GPs em Laguna Seca e Solitude, e no atual campeonato de 2009, Raoni Frizzo conquistou a vitória no GP disputado em Nürburgring à bordo da Ferrari 312.

Raoni Frizzo faz a tomada da famosa Karroussel em Nürburgring rumo à vitória.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Raoni Frizzo quebra jejum e domina GP de Nürburgring


Parece que a sina de azar do atual campeão da liga, Raoni Frizzo, teve uma providencial interrupção, ao menos para o tão aguardado GP da Alemanha, realizado no famoso circuito de Nürburgring Nordschleife. Depois dos insucessos nas corridas anteriores, o piloto da Sergeant Pepper's fez as pazes com a vitória e encerrou um jejum de 12 provas sem subir ao lugar mais alto do pódio no Mod 1967. A última conquista do piloto na categoria havia sido no GP de Indianápolis, no dia 19 de outubro do ano passado.

Precisos nove meses depois, o destino selaria que o experiente piloto triunfasse pela segunda vez seguida no longo e perigoso traçado alemão. Assim como em 2008, Frizzo dominou as ações do evento desde o treino classificatório, conseguindo também sua primeira pole no ano, vencendo de ponta a ponta e, de quebra, levando pra casa a estatística de ter realizado o giro mais rápido da corrida.

Raoni Frizzo colocou um ponto final na seca de vitórias e voltou à briga pelo campeonato

Extremamente complexa, a pista de Nürburgring, que sediou a 9ª etapa do Campeonato 2009 do Mod 1967, não espantou nem mesmo os pilotos menos experientes. O saldo disso foi um grid recheado de pilotos, com 17 participantes alinhando no grid de largada, fato que levou os fãs ao delírio. Mas, como de praxe, o "Inferno Verde", como é conhecida a emblemática pista, não perdoou todos os competidores, com apenas 11 sobrevivendo às seis voltas da cansativa disputa.

Após cravar a pole-position sem muitas dificuldades, Raoni Frizzo teve a companhia de Otávio Silveira e sua Cooper na primeira fila do grid. Logo atrás, John White surpreendeu ao colocar a sofrível BRM na terceira colocação, seguido por Eduardo Gaensly. Mais surpreendente ainda, o novato André Luiz aparecia entre os ponteiros, levando sua Brabham ao quinto posto no grid.

Largada cautelosa por parte de todos os competidores, mas logo acontece o primeiro contratempo. Eduardo Gaensly escapou logo na segunda curva e perdeu várias posições. O vice-campeão da última corrida em Silverstone teria de partir então para uma prova de recuperação. Enquanto isso, mais à frente, a ordem seguia a mesma, com os pilotos já se dispersando pelo traçado.

Assim como em 2008, Otávio Silveira foi muito bem e terminou na segunda colocação

Frizzo seguia seguro na liderança, enquanto Otávio também vinha num confortável segundo lugar, embora seguido um pouco de perto pela surpresa André Luiz, que havia acabado de desalojar John White do terceiro posto. Enquanto isso, Thiago Lemos vinha se aproximando do atual líder do campeonato, ao estar em quinto. Ico Oliveira também se matinha no encalço dos ponteiros, em sexto.

No bloco intermediário, muitas ultrapssagens e acidentes. Eduardo Gaensly continuava sua escalada, numa disputa interessante com Onyas Claudio e Fernando Tumushi, este último também sofrendo com o terrível chassi de sua BRM. Mais atrás, os novatos Helerson Maciel, Ricardo Miron e Anderson Lopes também faziam bonito, trocando de posição a cada momento.

Conforme o desenrolar da prova, Frizzo crescia cada vez sua vantagem na liderança, enquanto Silveira já não era mais incomodado por André Luiz. Este, então, agora era seguido por Lemos, que também suplantara White na luta pelo quarto posto. Após muita luta, Gaensly já figurava na sexta colocação, que manteria até o final da prova.

O ainda novato André Luiz foi a surpresa da corrida, ao garantir seu primeiro pódio na carreira

Com o rumo da prova já definido, mais nenhuma alteração no bloco da frente. Raoni Frizzo seguiu com cautela até a bandeirada final e espantou seu inferno astral logo no Inferno Verde. Após a vitória, o piloto se recolocou na disputa pelo título, assumindo a vice-liderança da competição. Repetindo o resultado do ano passado, Otávio Silveira somou excelente pontos e também já figura como candidato potencial no campeonato. Eleito unanimamente a surpresa da prova, André Luiz conseguiu o primeiro pódio da Lafitte Racing, com uma atuação brilhante.

Sempre entre os primeiros, Thiago Lemos também se mantém firme na briga pelo título. Já John White soube tirar proveito do equipamento defasado e conquisot pontos valiosos para o campeonato, ao terminar em quinto, seguido por Eduardo Gaensly. Logo atrás, Fernando Tumushi foi mais um que levou bem sua BRM até o final. Caio Lucci também sobreviveu aos perigos do circuito e fechou o dia em oitavo. Também regular Onyas Claudio conquistou o nono lugar, enquanto Ricardo Miron encerrou os dez melhores colocados.

Confira os números completos da corrida: (clique na imagem para ampliar)


Agora os competidores da GPL Brasil dão uma pausa nas atividades do Mod 1967 e partem para o tradicionalíssimo circuito de Le Mans Sarthe, local onde será disputado, no próximo domingo (26) a segunda etapa da Tríplice Coroa, evento de resistência da liga. Os participantes passaraão por uma prova de uma hora e meia de duração, onde velocidade nem sempre é o mais importante para o sucesso no final da prova.

Já no Mod 1967, os pilotos voltam a concentrar suas ações no campeonato daqui a duas semanas, onde os pilotos irão duelar no circuito de Spa-Francorchamps, palco do GP da Bélgica.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ricardo Gomes domina GP de Silverstone e ganha a primeira na liga


Dessa vez a vitória não escapou! Depois de bater na trave em duas oportunidades nesta temporada, o português voador Ricardo Gomes ditou o ritmo de todas as ações do GP de Silverstone e faturou sua primeira vitória na GPL Brasil, no último dia 5 de julho. Partindo da pole position, Gomes soube também tirar proveito do equilibradíssimo conjunto Lotus-Ford nas velozes curvas do lendário traçado britânico e fez barba, cabelo e bigode. Além da pole, da vitória e da volta mais rápida, ele liderou todas as 31 voltas da prova.

A dominância do piloto da Carta Racing sobre seus adversários foi tamanha que o cenário visto durante a corrida era de duas corridas paralelas. À frente, soberano e em um ritmo alucinante, o lusitano construía volta a volta uma espantosa vantagem para os demais carros. Mais atrás, os demais competidores travaram uma batalha ferrenha pelas primeiras posições, com várias ultrapassagens.

Ricardo Gomes deu uma aula no GP britânico e venceu de ponta a ponta

A emoção da prova teve início logo nas votlas iniciais. Raoni Frizzo, segundo no grid de largada, travou uma bela batalha com Ico Oliveira pela vice-liderança. Trocas de posições e arrojo por parte dos dois veteranos levaram ao delírio os público inglês. Um momento digno de reunir uma geração de campeões: os de 2008 e 2007, respectivamente.

No encalço dos dois pilotos, uma legião de oponentes seguiam bem de perto a briga pelo bloco frontal. Otávio Silveira, Eduardo Gaensly, John White, Fernando Tumushi e Thiago Lemos eram alguns nomes dentre os vários que andavam numa impressionante tocada, com desempenhos muito semelhantes.

Aos poucos, como na maioria das corridas de automóveis, os carros foram se dispersando pelo circuito. Ico, então na vice-liderança, teve sua corrida prejudicada por uma série de rodadas que o relegou às posições mais intermediárias. Enquanto isso, Otávio Silveira sofria com a explosão do propulsor de seu Honda, também perdendo preciosos segundo perante à concorrência.

Único a pontuar em todas as provas até o momento, Eduardo Gaensly surpreendeu e terminou em segundo

Na metade da prova o cenário parecia estar caminhando para uma definição. RicardoGomes era seguido por um longínquo Raoni Frizzo que, por sua vez, vivia situação confortável ao arir quinze segundos para seu colega de time, Eduardo Gaensly. Logo atrás, o atual líder do campeonato, John White, embora em uma corrida desta vez mais discreta, subia consideravelmente de produção.

A batalha pelo campeonato sofreu um episódio importante faltando onze voltas para o fim. Com problemas técnicos, o atual campeão Raoni Frizzo abandonou a disputa e agora viu suas chences de conquistar o bi do Mod 67 reduzirem bastante. O que era uma prova para se aproximar da liderança se tranformou em pesadelo para o experiente piloto.

Com a saída de Frizzo, um impressionante Eduardo Gaensly herdou o segunto posto, que não perdeu até a bandeirada final. Regular, o vice de 2007 conquistou seu melhor resultado no ano e entrou também na briga pelo título deste ano. Outra vez muito constante, John White mostrou porque é o atual líder e conseguiu um precioso terceiro lugar, ampliando sua vantagem no campeonato.

John White visitou mais uma vez o pódio e agora é mais líder do que nunca

Outro destaque da prova, Thiago Lemos mais uma vez correu com inteligência, escapou das confusões e faturou uma boa quarta colocação. Logo atrás veio Otávio Silveira, que mesmo com problemas de motor arranjou um lugar no top-5. Fernando Tumushi voltou a pontuar bem, ao completar em sexto. Quem também tem frequentado boas colocações é Tio Italo. O experiente piloto terminou mais uma vez entre os dez melhores, desta vez em sétimo. Ico Oliveira fecou o dia em oitavo, logo à frente de seu parceiro de Pipoca Racing e vice-líder da temporada, Ricardo Ramos. Seu xará, Ricardo Miron, completou os dez primeiros colocados.

Já na Corrida 2, um fato inusitado. Todos os pilotos participantes abandonaram! Nem mesmo o último remanescente da prova, o português Antonio Veríssimus, chegou a atingir a atingir o limite mínimo de 90% das voltas para conquistar pontuação.

Confira abaixo os números finais e unificados do GP: (clique para ampliar)


A próxima parada da temporada 2009 do Mod 1967 é considerada pela maioria dos corredores o maior desafio do ano. Máquinas e pilotos partem para disputar no próximo dia 19 o temido GP de Nürburgring. Altamente traiçoeira, longa e perigosa, a pista alemã pode provocar grandes surpresas e muito suspense na disputa do certame. De concreto, a certeza de que o "Inferno Verde" vai colocar à prova os limites de todos os participantes.