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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Um pouco de história: Rouen-Les-Essarts

A França, sem sombra de dúvidas, é um dos principais palcos do automobilismo mundial. Revelou verdadeiros gênios ao volante, como o multicampeão Alain Prost, entre outros grandes nomes das corridas, como Didier Pironi, Jacques Laffite, François Cevert e Jean Alesi. Também possui equipes de história e prestígio, como Renault e Ligier. E, por tabela, circuitos emblemáticos e que carregam consigo histórias inesquecíveis, como Le Mans Sarthe, Pau, Paul Ricard, Reims, Dijon-Prenois e mais uma proção deles que seguramente não caberiam nos dedos de duas mãos.
Entre tantos palcos ilustres da terra de Zidane, um deles não poderia faltar. Rouen-Les-Essarts é a verdadeira descrição do que é chamado de circuito que "separa os homens dos meninos". Imprevisível, perigoso, desafiador. Todos esses predicados fazem do traçado francês figurinha carimbada quando o assunto é desafio ao volante.

Rouen em seu primeiro traçado, datado de 1950
No entanto, engana-se quem pensa que o traçado está localizado na cidade que seu nome carrega. Ao contrário do que a lógica sugere, Rouen-Les-Essarts está situado em Grand-Couronne, uma pequena e pacata comuna nos arredores de Rouen. E você deve estar se perguntando: "Não fica em Rouen, fica numa comuna que não tem nada a ver com o nome do circuito...e esse Les-Essarts? O que significa isso?"
Há uma explicação. Les Essarts se trata de uma minúscula vila, também nas adjacências da região, incorporada à comuna de Grand-Couronne em 1874. Derivando daí a extensão hifenizada do nome do circuito, uma junção de Rouen e Les Essarts.
E a história da pista nos remete a um passado de 60 anos de existência. Em 1949, poucos anos depois do término do terror da Segunda Guerra Mundial, o mundo começava a voltar a reestabelecer sua rotina, incluindo nisso as atividades esportivas, como o automobilismo. Naquele ano, havia sido decidido a construção de uma nova estrada que ligaria Essarts até Orival. Partindo da oportunidade, o Automóvel Clube da Normandia (ACN) pediu a permissão para o uso da nova estrada para a realização de competições de esporte a motor. Assim que o aval foi dado, foram imediatamente iniciadas as obras de construção das áreas dos boxes, arquibancadas e paddocks.

 Uma série de obras em tempo recorde deixou Rouen pronta para receber suas primeiras competições no início dos anos 50
Após muito trabalho e com as obras prontas em um período bastante curto, o circuito de Rouen-Les-Essarts foi inaugurado (e nomeado) oficialmente pelo então presidente da ACN, Jean Savale, em 30 de julho de 1950. A data reservou também as primeiras corridas do local, entre elas o primeiro Grand Prix de Rouen, vencido pelo francês Louis Rosier, guiando um Talbot.
Nos seus primórdios, o traçado de Rouen-Les-Essarts era um pouco diferente de sua versão mais conhecida e que até hoje é eternizada no Grand Prix Legends (GPL). Por cinco anos, até 1955, a extensão da pista era de 5100 metros, mas que já chamava a atenção pela fantástica sequência inicial de curvas de média e alta velocidades em uma forte descida, sucedida por uma freada extremamente técnica, feita em curva, que levava a um apertado grampo, batizado de Nouveau Monde. Quem é adepto do GPL provavelmente considera o trecho um dos pontos mais críticos em termos de pilotagem.
Em 1955, Rouen sofreu uma mudança significativa em seu traçado. Seguindo o verdadeiro lema de "em time que está ganhando não se mexe", toda a primeira metade do circuito parmaneceu inalterada. No entanto, a pista ganhou um complemento logo após a curva Beauval. Mais obras proporcionaram uma nova seção, sendo esta de altíssima velocidade, trazendo para uma longa curva à direita (Gresil), uma grande reta que se tornou o principal ponto de ultrapassagens, seguida por uma forte freada para a inédita Scierie. Com isso, a pista passava a ter 6542 metros.

 A morte de Jo Schlesser, em 1968, afastou definitivamente a F1 do perigoso circuito
Esta configuração é considerada a mais marcante do circuito, principalmente pelo fato da versão ter recebido as máquinas da F1 entre as décadas de 50 e 60, em um total de cinco oportunidades. A primeira delas, vencida por Alberto Ascari, foi em 1952, ainda no traçado antigo. Rouen ainda abrigou a categoria nos anos de 1957, 1962, 1964 e 1968, sendo que o único piloto a triunfar nela mais de uma vez foi o norte-americano Dan Gurney, vitorioso em 1962 e 1964.
A edição de 1968, além de registrar o belga Jacky Ickx como o último vencedor da F1 em Rouen, também foi marcada pela trágica morte do francês Jo Schlesser. O heroi local, em apenas 2 voltas de corrida, escapou na Six Fréres e bateu forte em um barranco, o que levou seu Honda RA302 a ser imediatamente tomado pelas chamas, vitimando o piloto. A fatalidade culminou com o abandono da Honda da categoria, voltando somente quase 40 anos depois.

 Jacky Ickx fez prevalecer seu enorme talento sob chuva e foi o último vencedor da F1 em Rouen, no ano de 1968
Sem receber novamente a Fórmula 1, Rouen passou a sediar nos anos seguintes categorias menores, como a F2 e a F3. mesmo assim, isto não lhe espantou o rótulo de pista altamente perigosa. Em 1970, duas promessas francesas, Denis Dayan e Jean-Luc Salomon, também foram vítimas fatais das armadilhas de Rouen em um evento de Fórmula 3.
A preocupação com a segurança do circuito levou à uma série de modificações.Em 1971, como medida provisória, foram instaladas duas chicanes artificiais nas curvas Gresil e Paradis, com o intuito de reduzir a velocidade dos bólidos, que se tornavam cada vez mais potentes e violentos para as fortes exigências do traçado.
O ano seguinte trouxe uma mudança radical. A construção de uma nova autoestrada aposentou a seção de altíssima velocidade inaugurada em 1955. Com isso, a Gresil foi antecipada, sendo seguida agora por uma nova série de curvas que terminavam na Paradis, esta sendo transferida alguns metros adiante de onde se situava. A grande reta e a Scierie estavam aposentadas e, após todas essas alterações, Rouen havia sido enxugada para 5543 metros, além da adição de uma chicane logo após a primeira curva do circuito.

Cenário de uma destruição: em 1999, tudo que ainda lembrava o circuito foi colocado ao chão
O ano de 1974 trouxe a última alteração no traçado. Após a morte do piloto Gerry Birrell em uma prova de F2 no anos anterior, foi instalada uma chicane permanente na Six Fréres, local da morte de Schlesser. O circuito continuou recebendo a categoria até 1978, quando seu maior evento passou a ser a Fórmula 3 Francesa. Com o passar do tempo, Rouen foi se tornando cada vez mais perigosa e ultrapassada para as competições de esporte a motor, mesmo para os carros menos potentes.
A F3 local seguiu utilizando a pista para competições até 1993, quando finalmente resolveu interromper as atividades por lá. Foi o estopim para a morte de Rouen, que foi oficialmente fechada em 1994, por motivos econômicos e de segurança. Cinco anos mais tarde, parte da história das corridas no local sofreu uma grande perda, com a demolição das arquibancadas, boxes, sinalizações de pista e paddock. A lendária Nouveau Monde, marcante pelo seu piso semelhante à de uma calçada, foi asfaltada.

Rouen e suas variantes ao longo dos anos. Em azul, o traçado lendário, que recebeu quatro corridas de F1 e é figura carimbada até hoje no GPL (clique para ampliar)
Ainda em 1987, foi apresentado um projeto que poderia ter salvado o circuito. A nova empreitada consistia em fazer uma mudança radical na pista, a partir da utilização de um novo conjunto de seções, sob a opção de duas variantes, sendo a menor delas com 2700 metros e a maior com 4500 metros. Mas as conversas não foram adiantes e a remodelação ficou só no papel.

 A única lembrança de Rouen-Les-Essarts pode ser reconhecida pelas estradas e placas
Até hoje é possível andar normalmente com um carro convencional pelas antigas seções do traçado. Traçado que cultou gênios como Dan Gurney, Juan Manuel Fangio, Jacky Ickx, que proporcionou tragédias e tantas outras corridas memoráveis.
Um traçado que separa os homens dos meninos.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um pouco de história: Road America

Nesta fase final da sua 7ª temporada, o GPL Brasil deixa as terras europeias e parte agora para a terra do Tio Sam, onde as máquinas de 1965 irão roncar seus motores neste próximo domingo, 23 de maio. O palco do próximo espetáculo só não chega a ser uma unanimidade na aprovação dos fãs do automobilismo devido ao fato do circuito de Road America se localizar nos Estados Unidos, terra não muito tradicional no palco da F1 e vista com olhares tortos por muitas pessoas.
Mas, se por um lado os ciruitos norte-americanos desagradam pelo excesso de pistas ovais, traçados de rua ou alguns mistos sem tantas emoções. Road America é uma enorme exceção à regra. Um circuito à moda antiga, diria, já que o traçado relativamente longo contrasta com uma paisagem repleta de verde, curvas de todos os tipos, subidas e descidas, pontos de ultrapassagem. Enfim, um traçado completo.

O traçado atual de Road America se mantém praticamente inalterado desde sua criação, em 1955
Chamado por muitos de Elkhart Lake - cidade onde o autódromo se localiza -, o circuito permanente teve suas origens na década de 50, completando quase 60 anos de história. Mas a história das corridas em Elkhart Lake remete a um passado de alguns anos anteriores.
Nos fins da década anterior, a realização de corridas em estradas estava se tornando popular nos EUA. Como não poderia deixar de ser, o Sports Car Club of America da região de Chicago, em parceria com a Vila de Elkhart Lake, organizou a primeira corrida no local em 1950. Usando seções de estradas dos arredores da vila, o percurso consistia em 5,3 km, e seria utilizado somente naquela ocasião.
Nos dois anos subsequentes, ainda foram utilizadas fragmentos de estradas e rodovias, mas desta vez com traçado maior, com mais de 10 km de comprimento. No entanto, uma tragédia ocorrida em Watkins Glen no ano de 1952 - no qual um espectador morreu e outros ficaram feridos em decorrência de um acidente - fez com que o país banisse as competições usando estradas públicas.
Seção onde se situava a linha de largada/chegada do traçado original utilizado no início dos anos 50
A saída então para os estadunidenses foi recorrer aos autódromos privados. E com Elkhart Lake não foi diferente, tampouco demorado. Logo em 1955, Cliff Tufte deu forma ao circuito que conhecmeos atualmente. Em mais de 50 anos de história, o traçado se revelou tão competitivo e atraente que praticamente não foi alterado, salvo pequenos ajustes ou reformas para modernizá-lo e deixá-lo mais seguro.
Ainda no mesmo ano, Road America recebeu seu primeiro evento, organizado pelo Sports Car Club of America. Em 1956, um grande passo na notoriedade do circuito foi a recepção à NASCAR, principal categoria do país. Mas foi a partir de 1982 que o autódromo se tornou conhecido mundialmente. Os carros da Indycar Series desembarcaram no circuito e permaneceram por lá até 2007, já sob os domínios da então enfraquecida Champ Car.
A saída dos monopostos não tirou o brilho de Elkhart Lake, já que desde 2002 a American Le Mans Series realiza etapas no local com sucesso. Além disso, outras importantes categorias de turismo já passaram por lá, como a Grand-Am, a Can-Am e a IMSA, além de eventos históricos, como a Historic F-1.
O circuito recebeu a Indycar e, posteriormente, a Champ Car por mais de duas décadas
Mas como tudo não se resume apenas ao automobilismo, Road America também teve seu espaço para outros eventos, como o Tour de Road America - Bike Ride to Fight Cancer, evento de ciclismo e pedestrianismo para arrecadar fundos para instituições de tratamento de câncer, como a Fundação Lance Armstrong. Até mesmo eventos de patinação inline são realizados no local, como a Road America Inline Challenge.
Mesmo com o avanço da tecnologia e da segurança nos autódromos mundo afora, Road America é tido até hoje com um circuito muito perigoso, devido ao fato de possuir seções muito rápidas e longas retas. O atual traçado, com 6515 metros e 14 curvas, proporciona facilmente velocidades acima dos 300 km/h. Recentemente, alguns graves acidentes ocorreram no local, como o do brasileiro Cristiano da Matta, que atropelou um cervo em um teste em 2006, ficando seriamente ferido e voltando às pistas após considerável tempo de recuperação.
Eventos como a Historic F1 também fazem parte das atrações do autódromo
Outra imagem chocante no circuito foi o acidente da inglesa Katherine Legge, no mesmo ano pela Champ Car. Após perder o aerofólio traseiro, seu carro foi projetado com violência brutal para o muro e praticamente se desintegrou no alambrado. Felizmente, a gravidade do ocorrido se resimiu apenas à plasticidade do choque. A mesma sorte não teve o kartista Adam Schatz, morto em 2008 após um sério acidente com outro competidor na reta principal, onde foi ejetado de seu veículo após atingir fortemente o muro.
Além do traçado em si, outra grande atração em Road America é a acessibilidade ao público e o clima encontrado no autódromo. O circuito traz à tona o verdadeiro espírito do automobilismo, com espectadores se alojando pelos montes de grama em volta do traçado, acampando nos arredores da pista, cenário típico de muitos autódromos estadunidenses.
Entrada de boas-vindas do circuito
Road America é fiel às suas origens, respira automobilismo, e é isso que o faz um dos circuitos mais reverenciados da América, muitas vezes aclamado e apontado pelos fãs como o local mais apropriado dos EUA para receber a Fórmula 1. Eles tem razão!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Um pouco de história: Circuit de Charade

Olá amigos e seguidores da GPL Brasil!
Como sabemos, nossa última etapa foi realizada no aeródromo de Albi, como fora tantas vezes citado nos textos anteriores. Pois bem, o próximo desafio das máquinas e pilotos da liga difere muito das curvas suaves e sem alterações de relevo de Albi. Se fossem seres humanos, diria que entre o último circuito e Charade - palco da próxima etapa - a única semelhança seria o branco dos olhos.
Como não são de longe dotados de vida, resumimos as coincidências, que são raras, aos aspectos geográficos. Nossa estadia se prolonga por terras francesas, dessa vez aos arredores montanhosos próximos a cidade de Clermont-Ferrand e o departamento de Puy-de-Dome. Montanhas que fazem o charme do circuito trinomial, conhecido por uns como Circuit de Charade, por outros como Circuit Louis Rosier, e por terceiros como Circuit Clermont-Ferrand.
Traçado original de charade, utilizado pela última vez em 1988
Independente da nomenclatura utilizada, a história de Charade se resume aos fins da década de 50. Elaborado nas proximidades de um extinto vulcão e sob os domínios das montanhas de Auvergne, o traçado original da pista consiste na junção de fragmentos de estradas da região, totalizando 8055 metros, dotados principalmente de curvas de baixa velocidade, alterações súbitas de relevo e pouquíssimas áreas de escape.
Tais características atribuíram à ela o honroso apelido de mini-Nürburgring, dadas as semelhanças com o famoso reduto automobilístico alemão. Porém, Charade acabou se estabelecendo como uma versão ainda mais sinuosa e rápida que sua co-irmã.
O circuito passou a receber suas primeiras atividades em 1959, quando anfitriou eventos de motociclismo nacionais, que perduraram ininterruptamente até 1967, para depois voltar a ter aparições esporádicas na década de 70. Se os desafios de Charade já eram notórios mesmo com os veículos de duas rodas, a adrenalina subiu ainda mais quando os famosos monopostos passaram a desafiar os perigos das montanhas de Clermont-Ferrand.
 Mike Hailwood foi um dos grandes motociclistas a correr no traçado antigo
Primeiro foi a vez dos Fórmula 2. Já no fim dos anos 50, estes carros passaram a competir no circuito. Em 1964, foi realizado mais uma edição da categoria no traçado, o VI Trophée d'Auvergne, que reuniu pilotos do calibre de Denny Hulme, Jackie Stewart e Jochen Rindt. Estes, detentores do pódio na ocasião, deram sinais do que ainda estaria por vir nos próximos anos.
Dito e feito! Logo no seguinte, as feras voltaram à região, desta vez trazendo consigo as máquinas da Fórmula 1, prontas para correrem pela primeira vez no circuito. A corrida foi um tremendo sucesso, ainda mais para o lendário Jim Clark, que só não fez chover naquela oportunidade, já que dominou as ações do início ao fim, fazendo pole, volta mais rápida e vitória com sua Lotus-Climax, relegando a BRM de Jackie Stewart ao trono de "primeiro dos mortais".
 Jim Clark dominou a primeira aventura da F1 por lá, em 1965
Em 1966, nada de F1. Mas um fato curioso marcou as dependências do circuito. O diretor John Frankenheimer realizou filmagens do conhecido filme "Grand Prix" em frente a aproximadamente 3 mil fãs locais que posaram como espectadores para realização das imagens.
A verdade é que, por mais interessante e desafiador que fosse o Circuit de Charade, ele nunca foi figurinha carimbada na maior categoria do automobilismo. Caracterísitico da época, o Circuito Louis Rosier fazia um revezamento com outros traçados franceses, como Rouen e Le Mans, por exemplo. Por isso mesmo, apenas em quatro oportunidades Charade sediou uma etapa de Fórmula 1, sendo a derradeira delas em 1972, quando Jackie Stewart triunfou. Nas edições intermediárias, em 1969 e 1970, coube também a Stewart e Rindt, respectivamente, ditarem o tom das ações.
 Seção do antigo traçado, hoje não mais utilizado
Com o avanço dos carros da F1, o traçado foi se tornando inapropriado e estreito demais para os padrões da categoria. Aliás, a sinuosidade do trajeto era tanta que alguns pilotos, como Jochen Rindt, sofriam com a cinetose, causadora de náuseas, perda de equilíbrio e enjoos. Para isso, alguns pilots, como o próprio Rindt, deixaram de usar os capacetes fechados para utilizar os antigos abertos, de forma a facilitar a respiração e ventilação.
Desde então, Charade passou a sediar competições de menor porte, como turismo, Fórmula 3 e eventos de rally. Na década de 80, o traçado original passou a ser criticado pela impossibilidade da instalação de áreas de escape, tanto que em 1980 três fiscais de pista morreram em decorrência de um acidente. Os protestos dos pilotos fizeram a organização do circuito tomar novas medidas e desativar o traçado original, que recebeu sua última corrida no dia 18 de setembro de 1988.
 A F1 se despediu de Charade em 1972, quando Jackie Stewart ganhou sua segunda prova no circuito em um total de quatro edições disputadas
Depois disso, um novo traçado, que abrange parte do original, no seu setor inicial, foi construído para continuar recebendo eventos de velocidade. Reduzida, sua extensão passou para modestos 3975 metros, que continua até o dias de hoje anfitriando corridas de F3 e turismo, bem como demais competições locais. Junto ao autódromo remoldelado, existe uma pista de terra de 1300 metros de comprimento, usada para eventos de rallycross.
Uma curiosidade envolvendo Charade remete à fabricante de carros Daihatsu, que lançou em 1977 um modelo homônimo ao circuito, em homenagem ao traçado. O Daihatsu Charade foi um dos sucessos de vendagem da marca por muitos anos e teve sua produção descontinuada em 2000.
Atualmente reduzido em sua extensão, Charade tem como característica a paisagem tomada pela neve nas épocas frias, construindo um belo cenário
Mesmo mutilado como muitas pistas mundo afora, a memória e a beleza única das montanhas de Auvergne estarão sempre presentes nas páginas do automobilismo. Beleza, que um dia fora exaltada nobremente por Stirling, ao opinar que "não conheço nenhum circuito mais belo que Charade". Se sir Moss falou isso, então tá falado!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Um pouco de história: Circuit d'Albi

Saudações aos amigos e fãs da GPL Brasil!

Como podemos acompanhar pela movimentação em nosso fórum, a 7ª temporada da liga vai chegando aos seus derradeiros e decisivos momentos. Os carros de 1965 estão há poucas semanas de saberem quem será o campeão do certame. E, nesse embate pela taça, envolvendo principalmente os concorrentes John White, Fernando Tumushi e Alex Ortiz, o próximo circuito do calendário pode ser um divisor de águas na ferrenha disputa.

Neste próximo domingo, 2 de maio, máquinas e carros desembarcarão na França para a disputa da 10ª etapa de um total de 14 previstas. E o palco do ronco dos motores já é velho conhecido da maioria dos participantes. O circuito de Albi aos poucos tornou-se presença cativa no calendário da GPL Brasil e também caiu no gosto dos pilotos.

Foto aérea do Circuito de Albi, antes de sua última reforma, em 2009

Mas o que faz de Albi um lugar tão aclamado e bem cotado? Os ingredientes podem ser muitos, mas podemos destacar alguns que são cruciais neste sucesso de aprovação, que sempre proporciona bons eventos. É o que você saberá nas próximas linhas, conhecendo um pouco de sua história, suas características e até mesmo algumas curiosidades.

Mas como diria o velho pleonasmo, vamos começar do começo! E o começo nos remete a um longo passado, mais precisamente numa viagem ao tempo para 80 anos atrás. Pois bem, neste ano de 2010 uma série de eventos e reformas no circuito comemoram e preservam uma memória longeva do tradicional local, situado próximo à cidade de Le Séquestre, no sudoeste francês. Mas engana-se quem pensa que sua história se resume apenas aos entornos do aeródromo de Le Séquestre

Os fins de 1927 reservaram conversas entre grupos de motociclistas pelas redondezas de Albi. Entre algumas das pautas, surgiu a ideia de expressarem todo seu fanatismo e paixão pelas corridas. Foi o embrião de uma associação criada em 1928 e que começou a tomar forma dois anos depois, sob o nome de Moto Camping Club Albigeois, ou simplesmente MCCA. Vale lembrar que o termo "albigeois" nos remete ao português "albigenses", como são chamados os naturais daquela cidade.

Com uma estrutura mais organizada e focada, a associação trouxe aos albigenses o primeiro evento automobilístico por aquelas bandas: a escalada (ou hill climb, como chamam os fas do segmento) de Mascrabière, em 1930. Assim como o primeiro evento, o primeiro Grande Prêmio oficial não tardou a ser realizado.

 Traçado da primeira corrida, realizada nas estradas da região em 1933

Em 1933, foi debutado o primeiro evento em caráter de Grande Prêmio. O traçado, embora presente pelas redondezas daquela região, nada tem a ver com o aeródromo atual. Uma série de estradas montavam o percurso de mais de 9 km, passando pelas proximidades de Albi, Saint-Juery e Montplaisir. Oficialmente, o traçado carregava a nomenclatura de Circuit des Planques. Coube ao piloto local Pierre Veyron vencer o primeiro GP da história de Albi (e também dominar as ações em 1934 e 1935).

Logo após o primeiro ano, uma modificação no traçado. O hairpin próximo à Albi fora antecipado, para dar lugar às tribunas recém-instaladas onde previamente havia pista. Com isso, a extensão do traçado diminui alguns metros, sendo quase de 9 km.

O ano de 1946 foi um marco na história da caompetição naquele local. Pela primeira vez, vários grandes pilotos de nível mundial passaram a competir no GP francês, entre eles o lendário italiano Tazio Nuvolari que, a bordo de sua Maserati, venceu com autoridade o evento, que contou com a participação do também aclamado Luigi Villoresi, dono do melhor giro da prova naquela edição.

Largada da edição de 1947 do GP, que já contava à essa altura com grandes nomes do automobilismo mundial

O circuito continuou sediando eventos - embora sempre em caráter não-oficial para campeonatos - e recebendo grandes nomes das pistas daquela época, como Juan Manuel Fangio, Maurice Trintignant, Giuseppe Farina e inclusive o brasileiro Chico Landi, que conduziu uma Ferrari na edição de 1952 a um brilhante segundo lugar, atrás apenas de seu colega de equipe italiana, Louis Rosier.

O ano de 1954 reservou uma profunda mudança no trajeto do circuito. Renomeado então para Circuit Raymond Sommer, o percurso foi reduzido para econômicos 2991 metros, ainda mantendo algumas seções do velho traçado, como pode ser visto na ilustração à esquerda.

Mas as mudanças não duraram por muito tempo. O desastroso e trágico acidente em Le Mans em 1955 foi estopim para que as atividades em Albi fossem interrompidas, visto o trauma vivenciado no mesmo país, que culminou com dezenas de mortos.

O hiato de competições na região albigense durou até 1959, quando os motores voltaram a roncar no aeródromo próximo ao antigo local de disputas. A configuração do traçado entornava a principal pista de pouso e decolagem de aviões e é configuração - intitulada Circuit du Séquestre - bastante conhecida pelos fãs de corridas, com extensão de 3636 metros e duas longas retas, mesclando com curvas travadas e outras de raio longo.

A nova configuração chamou a atenção dos pilotos e em 1964 começaram a serem disputadas corridas de Fórmula 2 pelo ágil e desafiador traçado, cabendo ao mítico Jack Brabham ser o primeiro triunfante à bordo dos carros semelhantes aos F1. Embora rumores apontassem para a realização de uma corrida de Fórmula 1 no circuito para o ano de 1970, o Circuit Du Séquestre jamais recebeu tais máquinas, se resumindo apenas à eventos de F2, que perduraram até 1973, com o italiano Vittorio Brambilla colocando seu nome na história como o último vencedor do evento, guiando um March 732 - BMW. Evento, aliás, que contou com feras como Emerson Fittipaldi, Ronnie Peterson, José Carlos Pace, Jochen Mass e John Watson.

Jochen Rindt e sua excêntrica Brabham participaram do evento de F2 realizado no circuito, no ano de 1968

Desde então, o Circuito de Albi passou a receber categorias de menor expressão, como F3, caompetições de turismo, fórmulas juniores, motociclismo e eventos de encontros de automóveis. Em 1985, a mesma associação que proporcionou as primeiras emoções à população local se tornou no Comitê de Gestão do Circuito de Albi (CGCA) e passou a cuidar da manutenção do local.

Visando aumentar a segurança do traçado, em 1988 o circuito recebeu uma chicane dupla na sua reta principal, fato lamentado por alguns fãs. A partir desta modificação, outras reformas vieram, como a criação de duas novas chicanes, sendo a última delas em 2009, ano em que o circuito passou pela sua última modificação.

Para as comemorações dos 80 anos da criação da associação, estão programados uma série de eventos no aeródromo, como um encontro de Peugeots antigos - marcado para junho -, o 68º Grande Prêmio de Albi (com competição de carros de turismo) e a final do Campeonato Francês de Superbike, ambos os dois últimos marcados para o mês de setembro.

Atualmente, Albi sedia uma série de eventos de categorias menores, como turismo, monopostos e motociclismo

Diante de tanta história de várias décadas, é gratificante observar que o Cuicuito de Albi está mais vivo do que nunca, sendo reformado e, principalmente, preservando a memória de tantos bons e saudosos eventos que um dia embalaram e continuam o fanatismo dos albigenses pelos carros e motos. Os francófonos de plantão podem visitar o site oficial do circuito e conhecer demais histórias e informações sobre o local.

Essa é a primeira de uma série de postagens sobre Albi que iremos publicar no decorrer desta semana, que antecede a realização da corrida. Espero que sirvam para aquecer as expectativas de todos e, claro, sempre acrescentar conhecimento. Até a próxima!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Um pouco de história: East London

Olá amigos que curtem o GPL e também a nossa liga. Assim como neste ano que está terminando, 2010 trará logo em janeiro o reinício das atividades do GPL Brasil através do campeonato do Mod 65, 7ª temporada da liga. Assim como no certame evento deste Mod, o circuito que terá a honra de iniciar nossas atividades nesta nova década que vai começar é o circuito sul-africano de East London, famoso por receber a F1 nos anos 60. Aproveitando o embalo, vamos conhecer um pouco da história deste autódromo e também da cidade que o abriga.


Traçado do circuito Prince George

A cidade de East London na verdade situa-se dentro da municipalidade local de Buffalo City, criada em 2000 com o intuito de promover uma reorganização territorial no país. Além da própria East London, a municipalidade inclui também as cidades de King William's Town e Bhisho.

Além do próprio passado automobilístico na F1, East London hoje é conhecida por sua indústria automotiva. A antiga DaimlerChrysler (hoje Daimler AG) possui uma forte linha de produção perto do porto de East London, onde exporta carros para diversos lugares do mundo. Mas também se destacam a indústria têxtil, farmacêutica e alimentícia.


Vista aérea da cidade, próxima ao mar

Atualmente, East London, que se tornou um município no ano de 1914, possui uma população de mais de 400 mil habitantes, em sua maioria negros. Outra curiosidade demográfica da cidade é que muitos moradores são aposentados, e se situam na cidade graças à boa atmosfera do local e o clima ameno.

Muitos não sabem, mas East London é a terra natal do campeão de Fórmula 1 de 1979, Jody Scheckter, bem como de seu irmão - que também competiu de F1 na mesma época - Ian Scheckter. Outro esportista famoso nascido no município é a nadadora Joan Harrison, campeã olímpica nos 100 m costas nos Jogos de 1952, disputados em Helsinki, capital da Finlândia.


Estádui Buffalo Park, famoso por receber partidas de críquete, esporte muito popular na cidade e, por tabela, no país

O principal jornal da cidade é o Dispatch, que trata tanto de assuntos locais como até mesmo temas de nível internacional. Quem estiver interessado pode conferir uma versão online do jornal.

O circuito Prince George foi aberto na década de 30, recebendo nos anos de 1934, 1936, 1937, 1938 e 1939 o Grande Prêmio da África do Sul. Estas edições receberam grandes pilotos da época, como por exemplo o alemão Bernd Rosemeyer e o italiano Luigi Villoresi, vencedor da edição de 1939. Com a II Guerra Mundial, as corridas tiveram um considerável hiato, só voltando às atividades em 1960. Naquele ano duas corridas foram realizadas, uma vencida pelo belga Paul Frère, e outra pelo famoso britânico Stirling Moss.


Circuito de East London recebendo uma corrida de motovelocidade

Em 1962, o traçado foi incorporado ao calendário da Fórmula, tendo como seu primeiro vencedor Graham Hill. East London recebeu a categoria mais duas vezes, nos anos de 1963 e 1965, com ambos possuindo como vencedor o escocês Jim Clark. A F1 ainda visitou o autódromo no ano seguinte, mas a corrida não contou pontos para o campeonato. Coube ao britânico Mike Spence a honra de ser o último vencedor da história do circuito com um carro de F1.

Uma curiosidade da pista é que ela, durante a II Guerra Mundial, foi usada como pista de testes das fábricas alemãs de pneus. Por ser considerado muito pequeno para os F1, a categoria mudou-se para Kyalami. Assim, East London perdeu parte de sua notoriedade, recebendo apenas corridas de menor porte.


Jim Clark foi o vencedor da última edição oficial da corrida na F1, em 1965

O futuro do autódromo corre sérios riscos. Há um projeto para demolição do todo o autódromo para transformar a área em um moderno centro universitário. Para ajudar a manter a história do automobilismo africano, foi criada uma petição online para tentar reverter a situação. Se vocês quiserem ajudar a causa, podem assiná-la clicando neste link: http://www.petitiononline.com/ELGP2008/petition.html

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Circuitos do GPL - Solitude

Olás!

Traçado da pista

Depois de Road America, falaremos de Solitude-ring, circuito instalado próximo a Stuttgart, que recebeu esse nome por se situar perto do Castelo de Solitude. Circuito com aproximadamente 11.400 metros, é basicamente formado por estradas da região. No começo ela tinha 22.300 metros de extensão, depois passou para 15.000 metros em 1931, e em 1935, ficou com a extensão atual.


Torre de controle do circuito

A sua história é formada na sua maioria por corrida de motocicletas, basta ver a quantidade de anos que esse circuito abrigou eventos dessa categoria. Entre 1905 e 1965, as motos correram, sendo que, nos anos pares do período entre 1952 e 1964, o circuito foi palco do Grande Prêmio da Alemanha de Motovelocidade. Também correram lá os sidecar's.

Corrida da F-Junior

Os carros, tantos os monopostos quanto os turismos correram lá também. A Formula 1 correu lá em eventos extra-campeonatos, durante o período de 1961 a 1964, com a Formula 2 e Formula Junior servindo como categorias suporte das corridas de F1. Os vencedores das corridas lá foram Jim Clark, Dan Gurney, Jack Brabham e Innes Ireland.

Desde de 1965, essa pista está desativada para eventos, sendo aberta somente para eventos de carros antigos, conforme o site feito em memória da pista, e também, para cursos educativos da ADAC (Automóvel Clube da Alemanha).



Apresentação de Solitude-ring




Corrida da liga em 2008




1 volta em Solitude-ring


[]'s

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Circuitos do GPL - Road America

Boas!

Logo do circuito

Hoje estamos aqui para falar do circuito de Road America, que está localizado próximo a Elkhart Lake, Wisconsin, nos Estados Unidos. Aberto em 1955 e composta por 2.600 m², o complexo é composto hoje por duas pistas permanentes, uma de asfalto e outra de terra.

Foto aérea de Road America

O circuito, com extensão de 6.515 metros e 14 curvas, é uns dos mais seletivos do país, junto com Mid-Ohio e Laguna Seca, famosos por suas variações de altitude e tipos de curvas.

Traçado do circuito de Road America

Para entender um pouco da história, voltamos a década de 40, quando as corridas de carros ganhavam popularidade. Nessa época, o circuito era formada por estradas da região, formato muito utilizado também pelos europeus. Porém, após um incidente ocorrido em Watkins Glen em 1952, algum desses trajetos se tornaram pistas permanentes, como foi o caso de Road America.

ALMS correndo em Road America

Largada da Historic F-1

Várias categorias já utilizaram ou ainda utilizam o circuito para as suas corridas. A primeira categoria a correr lá foi a Sports Car Club of America em setembro de 1955. Outras grandes categorias a correrem em Road America foi a NASCAR em 1956; CART, de 1982 até 2007; ALMS, desde 2002. Podemos citar também a Grand-Am, USAC, CanAm, Trans-Am, IMSA e AMA. Um grande evento que acontece anualmente lá, para quem gosta de carros antigos de corrida, é a Kohler International Challenge, vale a pena ver!

Antiga CART correndo no circuito

Para quem não sabe, foi nesse circuito que o piloto brasileiro Cristiano da Matta, se acidentou gravemente, chocando-se com um alce, ficando impossibilitado de correr durante um bom tempo. Felizmente, o mesmo já se recuperou e está correndo pelos circuitos do mundo.

Para GPL, a pista se encontra aqui, é só baixar e se divertir!



[]'s

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Circuitos do GPL - Snetterton

Boas!

Foto aérea atual - Snertteton

Estamos de volta, agora para falar de Snetterton ou Snetterton Motor Racing Circuit, localizado na cidade de Norfolk, Inglaterra. Recebeu o nome de Snertteton porque quando da sua construção, ficada situado no vilarejo de Snertteton, que após um tempo acabou sendo integrado ao condado cívil de Quidenham, que pertence a cidade de Norfolk.

Snetterton originalmente era um campo de aviação, cujo nome era "RAF Snetterton Heath" - RAF nada mais é que a Real Força Aérea Britânica - e foi designada para uso da Força Aérea Americana, durante a 2ª Grande Guerra. Sua inauguração é datada de maio de 1943 e fechamento em novembro de 1948.

Essa pista abrigou ao longo da sua história corridas de F2 e as primeiras provas de 24 horas da Grã-Bretanha. Hoje abriga provas da BTCC (Turismo), F3 Inglesa e Superbike. Também era usada para teste da equipe Lotus F1 e Norfolk Racing Co, de corridas de longa distância.


O desenho original tinha 4361 metros de distância, que continha 8 curvas, circuito rápido, que abrigava basicamente provas de F2 Britânica, categoria de acesso a F1 à época. Como exemplo, em 1964, correu na prova da Autocar Trophy correram Jim Clark, Chris Irwin e Mike Spence. E para a prova de 1967, para a prova chamada Guards One Hundred, correram Jochen Rindt, Graham Hill, Denis Hulme, Bruce McLaren, Jack Brabham, Jackie Stewart, John Surtees, Pedro Rodriguez e Jo Siffert.


No começo da década de 70, após a curva Coram, foi inserida a chicane Russell, e o nome dado foi em homenagem ao Prof.º Jim Russell, que colocou para funcionar um escola de pilotos de corrida. O motivo da inclusão foi para que os carros pudessem ter uma aproximação segura aos pits. Mas a época teve efeito contrário, com vários acidentes sérios, quando um tempo depois, teve sua modificação alterada, com a 2ª perna da chicane sendo mais fechada.


Para a construção de uma estrada, foi retirad o trecho que levava a Norwich Straight e trazia ao Esses, ficando a confuguração acima, com 3123 metros. Essa configuração não temos para o GPL, somente as configurações acima, para a configuração sem a Russell Chicane, e com a chicane citada.

Abaixo, fotos e vídeos de Snetterton.

F3 Inglesa

Superbike Inglesa














[]'s galera e até a próxima!

sábado, 31 de outubro de 2009

Circuitos do GPL - Oulton Park

Olá!

Depois da tristeza de ter que abortar Donnybrooke, voltamos para falar de Oulton Park, circuito tradicional da Inglaterra, que já abrigou suas corridas de Formula 1, mas em corridas não oficiais. Com a inauguração datada de 1953, o circuito está localizada na no condado de Cheshire, Inglaterra. Foi desenvolvido pelo Mid-Cheshire Car Club, e comportava na época 40.000 espectadores.



O traçado inicial da pista tem 4.443 metros, sendo um circuito de média velocidade, bem técnico. Esse traçado recebeu a International Gold Cup, desde 1954, basicamente um torneio não-oficial que complementava a temporada regular de F1. O primeiro vencedor foi Sir Stirling Moss. Mas tivemos anos em que o torneio foi disputado por outras categorias, como mostrar a lista abaixo:

* 1956 - Formula 2 / Sportscars
* 1957, 1964-65 - Formula 2
* 1958 - Sportscars
* 1973-75 - Formula 5000
* 1976-77 - Shellsport G8 Series (F5000)
* 1978-80, 1982 - British Formula One Series
* 1981, 2002-04 - Historic
* 1983-87 - Thundersports
* 1988 - Formula 3
* 1989-91, 1996 - British Formula 3000
* 1992 - British Formula Two
* 1993-94 - British Touring Car Championship
* 1999-2001 - British GT Championship


Existe um configuração menor do circuito, que corta logo após da curva Cascades e é criada a curva Foster's, que dá nome a essa configuração, e vai em direção a Knickersbrook. Essa configuração é usada exclusivamente para o BTCC, o campeonato de turismo britânico.


Há também a versão Island do circuito, que vai até a curva Island Bend e volta pela a reta oposta, levando a Hizzys Chicane, criada antes da Knickersbrook, para reduzir a velocidade, já que é um ponto onde ocorreu múltiplos acidentes, ocorrendo até um óbito, de Paul Warwick, em 1991.


Hoje, na configuração International contém duas chicanes, uma após a Sheel Oil's Corner (Antiga Esso Bend), e a já citada anteriormente, antes da Hishop's (antiga Hizzys Chicane), antes da Knickersbrook. Hoje, depois de anos de decadência, correm nesse circuito a BTCC, Formula 3 britânica, GT Britânico e Superbike Britânico. E também, junto com Brands Hatch, Snetterton e Cadwell Park, o MotorSport Vision, criado por Jonathan Palmer, para revitalizar e dar importância a esses tradicionais circuitos.

Para o GPL, temos a configuração International e a Foster's, baixem e divirtam-se!!!

Para encerrar, algumas fotos e vídeos de Oulton Park.

Jaguar E-Types

SuperBike Britânico

BTCC - Turismo Britânico




Mestre Jim Clark




F3 Britânica 2007


[]'s