O complexo e pesado motor H-16, formado por dois V-8.
O carro, em si, não é ruim. Em pistas velozes ou nas mãos de pilotos rápidos pode ser levado à boas posições. Hamilton Amorim fala sobre a máquina: "Acho gostoso de guiar, mas é muito lento... o motor tem um som muito legal, é a melhor característica carro, que tem uns detalhes bonitos". Já o veterano Caio Lucci deixa claro seu ponto de vista. "É um caminhão com um motor meia boca. Não sei se tem pontos positivos nesse carro" enquanto o também veterano, Sérgio Henrique, indaga: "Isso é um carro?".
John White escolheu a BRM para a primeira etapa do campeonato de 2009.
Há ainda outros pilotos que gostam do carro. Onyas Claudio prefere ver o lado positivo, mesmo admitindo os problemas, ele diz que guiar a BRM pode ser "Um grande aprendizado antes de partir para os carros melhores", e o experiente Otávio Silveira fala que "Em pistas planas, quando bem acertado, é um exelente carro para pilotar".
Em 1967, Stewart terminou a corrida de Spa-Francochamps na segunda posição depois de liderar e ter problemas com o câmbio e o GP da França em terceiro, abandonando todas as outras provas da temporada. Na GPL Brasil, Felipe Gamper ganhou os GPs da Bélgica e de Snetterton à bordo da BRM, mas o maior feito do carro foi a dobradinha de Felipe e Leo Menegucci no Grande Prêmio da Inglaterra, disputado em Silverstone.
Felipe Gamper fez melhor que Stewart e levou a BRM à vitória em Spa.
É difícil chegar a um acordo quando o assunto é BRM. O carro é pesado e potente. Alguns a acham feia, outros gostam de suas linhas, uns odeiam o som do H-16, outros acham o mais bonito de todos.
8 comentários:
Espetacular o texto Edu! Muito bom mesmo cara!
O foda da BRM mesmo é o excesso de peso, fora que o H16 bebe demais. Até parece que eles fizeram nas coxas esse motor de 3 litros, juntando dois V8.
Mas nem tudo é ruim no carro. Em longas retas ele desenvolve uma velocidade boa, e depois que você consegue domá-lo fica bem divertido de guiar.
Eles usaram raciocínio lógico.
Se tinha um motor de 1,5l, pq não juntar dois deles e fazer um de 3?
Mas era esse tipo de maluquice que fez a F1 ser o que é hoje. Quantos não liveram idéias loucas também?
Só que umas davam erradas, outras davam certo, e outras muito certo.
Valeu a tentativa dos caras...
Belo post! É o que se espera de um blog como este.
Gosto muito do jogo ,acho o BRM um carro gostoso de pilotar ,é preciso ser suave com ele ,o peso muito na traseira não aceita pilotagem muito agressiva.O grande problema é a falta de torque ,tipica de um multicilindros ,nas saidas de curvas apertadas e na largada esse problema se torna grave.
Mas em pistas velozes o carro se comporta bem principalmente em curvas velozes, o ponto positivo é o cambio de seis marchas .
Quanto ao mundo real o H16 não foi uma ideia tão ruim ,o problema maior foi a sincronização dos dois girabrequins ,isso tomou muito tempo e dinheiro da equipe e só a Rolls Royce conseguiu colocar o motor no ponto, mas muito tempo se passou e seu desenvolvimento ficou muito prejudicado.
De qualquer forma a vitoria da Lotus 43 com o motor H16 da sinais de que não era um desastre como se pensava ,o problema é que o novo V12 da marca era muito mais leve ,simples e barato .
Jonny'O
Legal Johnny'O. Essa da Rolls Royce eu não sabia não.
E realmente, o motor teve uma vitória com a Lotus em Watkins, em 66.
E se formos pensar, hoje em dia o Bugatti Veyron tem o motor W16, que são basicamente dois V8 também, só que lado a lado.
Também não sabia dessa informações que o Jonny'O comentou aqui. Muito legal ver o que havia por trás desse desenvolvimento e quais eram os problemas do motor.
MAs como vocês disseram, a intenção de unir dois 1,5 litro era muito boa, porque o motor da BRM de 1,5 litro era excelente, tanto que em 1965 a equipe conquistou vitórias e no Mod 65 é um dos melhores carros pra se guiar.
Uma pena que o H16 não tenha dado tão certo, porque o ronco é muito legal, e o fato do carro ter 6 marchas também deixa a pilotagem mais bacana também
Com relação ao som do motor ,ainda acredito que se trata do V16 da BRM de 1951 e não o H16 .
Esse é um dos fatores que o diferencia tanto dos demais ,no inicio da decada de 50 todos os motores tinham esse som bem mais grave .
Na propria internet há varios sounds para o H16 ,todos que achei até agora são do V16 da decada de 50 .
Por fim ,a unica vez que escutei realmente o H16 foi no filme Grand Prix ,e o som é mais agudo.
Jonny'O
muitos detalhes eu também não sabia ou não lembrava, mesmo tendo vivido esse momento também no Fórmula GP2, hehe
Quanto ao som, totalmente natural que seja o mais exclusivo de todos, mas se realmente muitos usaram o V16, é uma pena, não pelo som, mas pelo fator realidade, gostaria de um dia ver o BRM de 1951 correndo no GPL.
Por sinal, o câmbio de 6 marchas não é por acaso. Como os engenheiros sabiam das limitações desse motor, decidiram tentar compensar com a implementação de uma marcha a mais.
Com esses comentários, a postagem do Eduardo ficou ainda mais interessante mesmo.
Otávio
Olá Edu, também sou um fã do GPL, apesar de como piloto de GPL, ainda tenho muito o que aprender, mas comentando sobre o texto, acredito que o motor "H" não venha de dois motores "V", mas sim de dois "Boxster", quanto a BRM, acho um carro legal de guiar, tem seus lados positivos, apesar de ser um pouco mais lenta, costumo me divertir guiando ela, do cambio de 6 marchas, além de gostar da pintura e do som dela (acho um dos mais agradáveis entre os carros do GPL).
Costumo até me divertir com ela, correndo contra o AI de forma mais descommpromissada.
Quem sabe daqui um tempo, me junto a vocês em corridas, e talvez até começando pela BRM.
E boas corridas a todos.
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