quinta-feira, 7 de maio de 2009

Os Carros de 67: Cooper T81b

Já conhecemos os pilotos e as equipes do Campeonato de 2009 da GPL Brasil. Agora chegou a hora de conhecer as máquinas que esses ases pilotam nas pistas. Nada mais justo do que começar com o carro escolhido pela maioria para disputar a etapa de Mônaco. A Cooper T81b.

Jochen Rindt com sua Cooper em Mônaco, 1967.

Considerado por muitos o carro mais fácil de pilotar (e o mais feio) de todos os sete disponíveis, o T81b tem ótima estabilidade em curvas, porém peca por ter um motor pouco potente. O propulsor Maseratti V-12 com apenas 350 HP é muito fraco quando comparado com os motores dos carros concorrentes.

O campeão Raoni Frizzo deixa claro seu sentimento com o carro. "Fácil de pilotar! É leve e estável. Mas o motor é o lixo ao quadrado, em pistas de alta parece até um carro de outra categoria". Um dos estreantes da GPL Brasil em 2009, Onyas Claudio, também esboça críticas ao motor. "É tão equilibrado quanto a Brabham, só que bem menos competitivo. Muito por causa de seu motor". Mas Onyas vê alguma qualidade no carro, justamente pela estabilidade e falta de potência. "Ideal para quem quer começar no mundo de GPL.".

Felipe Gamper e seu belo Cooper vermelho no GP do México disputado em 2008. Felipe acabaria vencendo essa corrida.

O vice-campeão da temporada passada, Otávio Silveira concorda com Onyas e dá um depoimento mais técnico sobre o carro, comparando-o com alguns concorrentes. "Tem como seu ponto mais forte o desempenho em pistas travadas. Seu motor em pouco ajuda em pistas rápidas, porém em média rotação pode até oferecer mais potência que Eagle, Honda ou BRM. Além disso é um carro estável, podendo o piloto se concentrar mais em fazer a sua volta mais rápida. O melhor carro para iniciantes."

Na temporada de 1967, o Cooper T81b ganhou a primeira corrida da temporada em Kyalami, com o mexicano Pedro Rodrigez ao comando. Na história da GPL Brasil, Felipe Gamper levou o Cooper à vitória diversas vezes e o argentino Nico Fontana saiu com a vitória do principado de Mônaco pilotando um dos carros de John Cooper, provando que em mão habilidosas e em pistas favoráveis, mesmo um carro pouco potente pode ser competitivo.

Nico Fontana leva sua Cooper ao lugar mais alto do pódio no GP de Mônaco.

3 comentários:

Raoni Frizzo disse...

Belo texto Edu!!! Muito boa a explicação do carro.

Realmente a Cooper é um dos carros mais divertidos de guiar. É o mais fácil de se levar ao limite sem errar.

Pena que o motor e a aerodinâmica são tão ruins. Se andasse melhor nas retas podia dar muito trabalho pros carros mais fortes.

Eduardo Gaensly disse...

Esqueci de falar da aerodinâmica. Essa grade tirada do Modelo T não ajuda muito mesmo.
Estranho que em 66 o carro tinha um bico mais bonito, mas talvez pelo peso acharam melhor tirar.

Anônimo disse...

Eduardo ,vc tem razão ,em 66 a frente do Cooper era bem legal ,mas o motivo da mudança foi a refrigeração do radiador ,em Mônaco pode se achar varias fotos inclusive dos demais carros como a entradad de ar frontal é bem maior.

Uma curiosidade do Cooper Maserati é seu motor V12 ,na verdade é um projeto de 1957 ,seria o motor que iria substituir o seis em linha do 250F ,mas a maserati estava abrindo o bico e o projeto foi engavetado ,este motor foi usado novamente em um prototipo para correr em Le Mans em 1962 no Maserati TIPO 63 mas os resultados foram muito ruins pois a fabrica não participava oficialmente .

Desenhado por Alfieri até que o motor fez bonito vencendo por duas vezes apesar dos dez anos.

Jonny'O