quarta-feira, 13 de maio de 2009

O Grande Prêmio do México de 1967

Semana de preparação para o Grande Prêmio do México.Os pilotos da GPL Brasil vêm escolhendo as suas máquinas e testando os melhores acertos para o sinuoso circuito Hermanos Rodriguez, onde, no próximo Domingo, será disputada a terceira etapa do campeonato de 2009. Mas e em 1967? Como foi a corrida mexicana no ano que inspirou o jogo?

A etapa do México, disputada em 22 de Outubro, foi a última da temporada e iria decidir o campeão mundial daquele ano. Jack Brabham e Denny Hulme, ambos da equipe Brabham, tinham chances de entrar para a história. Brabham, poderia conquistar seu quarto título se ganhasse a corrida e seu companheiro de equipe chegasse no máximo na quinta posição, e o Neo-Zelandês Hulme precisava apenas de um quarto lugar para ser coroado campeão pela primeira vez.

Dan Gurney e sua Eagle. A largada traria mais um abandono para o americano.

Nos treinos, a pole ficou com Jim Clark e sua cada vez mais confiável Lotus 49 com o tempo de 1:47.56, seguido por Cris Amon, da Ferrari e Dan Gurney em sua Eagle. Brabham largou em quinto, e Hulme, em sexto. Na corrida, Jim Clark largou mal e Gurney o acertou em cheio, perfurando o radiador da Eagle e abandonando a corrida logo em seguida. Graham Hill assumiu a ponta, com Amon em segundo e Clark em terceiro. Brabham os seguia e Hulme vinha um pouco atrás.

Após a largada, Hill lidera, seguido de Amon, Clark e Brabham.

Não demorou muito para Clark passar a Ferrari e em seguida seu companheiro e disparar à frente de todos. Hill abandonou a corrida na volta 18 devido um problema no eixo traseiro. Brabham continuava na frente de Denny Hulme, mas isso não seria o bastante para se tornar campeão. A três voltas do fim, Amon abandonou por falta de combustível, fazendo com que Jack Brabham herdasse a segunda posição.

Jim Clark ganhou a corrida com uma larga vantagem de 1 minuto e 25 segundos sobre Brabham. Hulme chegou em terceiro, uma volta atrás do líder, e conquistou seu primeiro e único campeonato mundial.

Jim Clark conduz sua Lotus para a 4ª vitória da temporada, a 24ª de sua carreira.

A Brabham foi, sem dúvidas, o carro mais confiável da temporada, e foi isso que levou os dois pilotos a disputarem o título até a última prova. Era visível porém, que a veloz Lotus 49 vinha tornando-se cada vez mais confiável e que seria o carro a ser batido em 1968. Foi a quarta vitória de Clark na temporada, a 24ª de sua carreira, igualando o número de conquistas de ninguém menos que Juan Manuel Fangio.

Denis Clive Hulme conquistou seu único título com duas vitórias, vários bons resultados e apenas dois abandonos (que foram descartados).

Clark (à esquerda) comemora sua vitória, mas o ano foi de Denny Hulme

3 comentários:

Caio Lucci disse...

belo resumo Edu, da pra ter uma ideia de como era as corridas essa epoca, muitos abandonos quebras comuns e tudo mais... saudades

Raoni Frizzo disse...

Show de bola Edu!!!

Realmente era tudo muito diferente naquela época. O Hulme foi campeão graças à confiabilidade da Brabham e a sua regularidade.

Caso contrário, o Clark poderia tr dominado a temporada, como em 1965, já que a Lotus era bem superior aos adversários, mas quebrava demais.

Parabéns pelo texto!

Eduardo Gaensly disse...

Eu qeuria ter achado algum video pra colocar aqui, mas da do México eu não achei.
Quem sabe nos post de outras corridas tenha um videozinho pra acompanhar as fotos.
Agora..., Ferrari sem gasolina no final, nã é de hoje.
E o Clark? 1:25 na frente do segundo. Parece alguém que corre com agente de fez em quando