terça-feira, 26 de maio de 2009

O Grande Prêmio dos EUA de 1967

Chegamos à uma nova semana de preparação para um novo GP. Domingo, dia 31 de Maio, a GPL Brasil aterrisa nos Estados Unidos, mais precisamente em Watkins Glen, para disputar a quarta etapa da temporada 2009. Os pilotos vêm treinando no curto e rápido circuito americano e os tempos estão baixando constantemente, chegando à casa de 1:04. Algo interessante, quando pensamos que a pole de Grahm Hill, em 67, foi com o tempo de 1:05.48.

Dan Gurney, correndo em casa, leva sua Eagle para a pista momentos antes do início da corrida.

Largar na pole foi rotina para a Lotus em 67. O modelo 49 era o carro mais rápido e desde que estreou no GP da Holanda daquele mesmo ano, fez a pole em todas as corridas. O carro era rápido, e no final da temporada (o GP dos EUA foi o penúltimo) já estava mais confiável. A disputa do campeonato de construtores já tinha sido definida na corrida anterior, disputada em Monza, e foi a equipe de Jack Brabham que levou o título para casa. Além disso, apenas Brabham e seu companheiro, Denny Hulme, disputavam o título de pilotos. Sem dúvidas, um ano exepcional para o australiano.
As Lotus largaram em primeiro, com Hill, e em segundo com Clark, tendo Dan Gurney na terceira posição do grid, correndo em casa com sua Eagle, e Chris Amon da Ferrari em quarto. Brabham e Hulme largavam lado a lado em quinto e sexto, respectivamente.

Largada do GP dos EUA de 1967, com as duas Lotus 49 à frente do pelotão.

Na primeira volta, Hill liderou Clark, Gurney, Brabham, Amon, Hulme e Bruce McLaren, que tinha largado na nona posição. Em seguida, Dan Gurney ultrapassou Jim Clark enquanto Chris Amon disputava a quarta posição com as Brabhams.Clark não ficou muito tempo atrás de Gurney, ultrapassando-o na volta 8. O americano abandonou a corrida na volta 24, com problemas na suspensão, deixando o terceiro posto para Amon e sua Ferrari, que começava a se aproximar das Lotus, mesmo tendo problemas com os retardatários Jo Bonnier (Cooper) e principalmente, John Surtees, que levava sua Honda 3 voltas atrás dos líderes.

Após a largada, Hill lidera, seguido de perto por Clark e Gurney.

Hill, com problemas no câmbio, foi ultrapassado por seu companheiro de equipe e por Amon, caindo para terceiro. O azarado Chris Amon, porém, teve problemas com a pressão do óleo de seu carro e perdeu a posição para Hill. Algumas voltas deopis, a Lotus apresentou novamente problemas com o câmbio e Amon assumiu novamente a segunda posição, apenas para abandonar de vez a corrida na volta 96, quando seu motor perdeu todo o óleo.

Após ultrapassar seu companheiro, Clark lidera, Hill vem em segundo seguido de Chris Amon.

Parecia mais uma vitória tranquila de Jim Clark, mas faltanto apenas duas voltas, um suporte da suspensão traseira direita de seu carro quebrou, fazendo com que a roda ficasse torta. O escocês tomou cuidado nas curvas para a esquerda e continou levando seu carro cautelosamente até o final. Hill vinha 45 segundos atrás. Em uma volta, descontou 22 segundos de seu companheiro, tendo apenas uma volta para tirar os 23 segundos de diferença, porém Jim Clark conseguiu carregar sua Lotus até o fim da volta 108, conquistando sua terceira vitória no ano, seis segundos à frente de Hill.

Jim Clark rumo à sua terceria vitória na temporada.

Denny Hulme vinha em terceiro e só não conseguiu alcançar os dois companheiros porque sua Brabham estava com o motor falhando por falta de combustível.O suíço Jo Siffert terminou em quarto, duas voltas atrás, e Jack Brabham em quinto, quatro voltas atrás dos líderes. O último ponto ficou com Jo Bonnier, com sete voltas de diferença para Clark. Jean-Pierre Beltoise, com uma Matra, que fazia testes para entrar na categoria no ano seguinte, foi o sétimo e último a completar a corrida, que teve onze abandonos.

Um belo vídeo com alguns momentos da corrida de 67.

4 comentários:

Caio Lucci disse...

carai 108 voltas ??? ta loco essa pista eh muito chata pra tudo isso !!! belo post Edu e legal ver como os carros chegavam aos pedacos naquela epoca, hj os caras quebram qualquer asinha ja tao caindo fora....

Fernando Tumushi disse...

Excelente Edu !!!!!

Primor de reportagem !

Raoni Frizzo disse...

Muito bom o resumo Edu! Tá mandando muito cara!!

É incrível como naquela época os carros terminavam as corridas aos "pedaços" mesmo. Completar a corrida já podia ser garantia de um resultado bom. E mais uma vez quase que a Lotus perde a corrida pa Brabham por problemas de confiabilidade.

Além disso, as corridas eram bem mais longas na epoca!

Eduardo Gaensly disse...

Além de velocidade, era uma corrida de sobrevivência. Muita gente abandonava mesmo.
Escequi de escrever ali, a corrida durou pouco mais de duas horas. Mas pensem Mônaco! 100 voltas, duas horas e meia de corrida naquela pista., A galera devia chegar morta no final...

Outra coisa, e o vídeo? Que que é aquele som da Honda? Coisa mais linda do mundo!