quinta-feira, 30 de julho de 2009

O Grande Prêmio da Bélgica de 1967

Realizado duas semanas após o GP da Holanda, onde Jim Clark ganhou estreando o novo e revolucionário Lotus-Ford 49, e uma semana após Dan Gurney ganhar, também com a Ford, as 24 Horas de Le Mans, o GP Belga já tinha seus favoritos.

Dan Gurney e o chassis 104 da Eagle. Uma semana após ganhar as 24 Horas de Le Mans, o americano era um dos favoritos à vitória em Spa.

Os carros da temporada de 67 vinham mostrando ser muito mais rápidos que os da temporada anterior, e o veloz ciruito de Spa-Francorchamps seria o palco perfeito para tal confirmação. A pole de John Surtees em 1966 com a Ferrari tinha sido de 3:38, mas à medida que os pilotos começaram os testes ficou claro que esse tempo seria batido.

Jim Clark marcou a pole com a Lotus.
No começo da corrida, foi seguido por Stewart na BRM.

Jim Clark marcou uma volta em 3:28,1 (média de 244Km/h) e ficou com a pole, seguido por Dan Gurney, que estreava um novo chassi feito com ligas de magnésio e titânio, mais leve que os das Eagle anteriores. Graham Hill, companheiro de Clark, fez o terceiro tempo, seguido por Jochen Rindt (Cooper), Chris Amon (Ferrari) e Jackie Stewart (BRM). A falta de potência dos motores Repco deixaram as Brabham para trás. Jack Brabham conseguiu um bom vácuo em uma volta e largaria em sétimo, mas seu companheiro, Denny Hulme, apenas em décimo quarto.

A falta de potência das Brabham foi um problema no velocíssimo circuito belga.

Antes da largada, Hill teve que ir para os boxes trocar a bateria de seu carro e começou sua corrida praticamente meia volta atrás de todos. Clark, porém, não tinha problemas. Liderou a primeira volta e logo começou a abrir uma larga vantagem sobre Stewart, que vinha em segundo lutando com sua BRM, seguido por Gurney. Chegando ao fim da primeira volta, Mike Parkes teve um sério acidente com sua Ferrari, quebrando uma perna, um pulso e ferindo sua cabeça, acidente esse que acabou com sua carreira na F1. Seus companheiros da Ferrari ficaram chocados. Ludovico Scarfiotti decidiu abandonar as corridas após o GP, e Chris Amon precisou de um aviso dos pits dizendo que Parkes estava bem para se reanimar na corrida.

Largada! Clark lidera o pelotão pela famosa Eau Rouge, enquanto seu companheiro
espera a troca da bateria de seu carro.

Além de Parkes, John Surtees abandonou com sua Honda logo ao fim da primiera volta, parando nos pits da Ferrari para avisar a equipe sobre o acidente, e Chris Irwin também abandonou sua BRM.

Ao fim da Volta 12, Clark e Gurney entraram nos boxes, dando a liderança para Stewart. Clark teve que trocar uma das velas de seu motor, enquanto Gurney apenas gritou para a equipe que a pressão do combustível estava baixa. Ele continuou em segundo, mas estava 15 segundos atrás do escocês da BRM.

Jackie Stewart fez sua melhor corrida da temporada, conquistando o
segundo lugar com a problemática BRM.

Stewart fazia uma bela corrida, Dan Gurney não conseguia tirar a diferença, porém na volta 17 a BRM teve problemas com o câmbio e Jackie teve que dirigir o carro com uma mão e segurar a alavanca de cambio com a outra. Quatro voltas depois, Gurney tinha se aproximado perigosamente do escocês, passou-o e completou as 28 voltas da corrida na liderança, obtendo a vitória do Grande Prêmio. Stewart manteve-se na segunda posição, mais de um minuto atrás do americano, e Chris Amon completou o pódio, seguido por Rindt, Mike Spence, em outra BRM, e Jim Clark.

O americano Dan Gurney comemora sua vitória.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Os carros de 67: Ferrari 312

Na opinião deste que vos escreve, o carro mais excitante, apaixonante e "gepeeleano" que o jogo permite usar, a Ferrari 312 fez sua estréia na temporada de 67 no GP de Monte Carlo, pois o time italiano não participou da etapa inicial em Kyalami. A equipe de Maranello, infelizmente, viria a ser a equipe mais trágica do ano. No começo da temporada, contava com 4 pilotos: Lorenzo Bandini, Chris Amon, Ludovico Scarfiotti e Mike Parkes.

Bandini conduz a 312 pelas ruas de Monte Carlo, corrida que seria a última do italiano.

Lorenzo Bandini morreu devido aos ferimentos após um acidente em Mônaco, e Scarfiotti, depois de ver Parkes sofrer um acidente grave em Spa, decidiu parar de correr, deixando o neo-zelandês Chris Amon como praticamente o único piloto da Ferrari durante o ano.

Como já disse, para mim, não é o melhor carro, mas é o mais gostoso de pilotar. O motor V12 atinge 11.000 RPM e produz o som mais bonito de todos os carros. As rodas douradas dão um toque especial dos anos 60, e além disso, o carro é confiável e bom de se pilotar. Dener Silveira concorda que a 312 é um bom carro. "É um ótimo carro. Seu motor vem redondo desde baixas RPM causando vários "burnouts" em saídas de curvas de muito baixa. Seu chassis é um show a parte! Você bota ela onde quer, parece que é grudada no chão".

Otávio Silveira voando com a Ferrari no GP de Solitude, 2008.

O mestre dos teclados, Raoni Frizzo, também é simpático quanto às qualidades da 'Macchina Rossa'. "É veloz, ágil e tem um motor muito bom. O único defeito (que eu acho, pelo menos) é que é muito nervoso. Pra quem joga de teclado, como eu, a mão-de-obra pra guiá-lo é muito grande e cansativa!". E Raul Costa, piloto conhecido por durante muito tempo pedir uma Ferrari pra correr, demonstra seu amor ao carro. "Perfeita. Sai de traseira só pra temperar!"

Em 1967, a Ferrari utilizou um motor V12 com 36 válvulas durante a maior parte da temporada, apresentando um motor com 48 válvulas e 410HP apenas em Monza, permitindo a Chris Amon bons resultados nas últimas etapas e a quarta posição na classificação final.

O motor era confiável e o chassis era estável, porém a falta de torque e o peso um pouco acima dos oponentes fez com que a equipe de Enzo Ferrari não conquistasse nenhuma vitória durante o ano.

Chris Amon sai dos boxes em Monza estreando o motor de 48 válvulas.
Trinta anos depois, Raul Costa levaria a Ferrari à vitória na GPL Brasil.

Na GPL Brasil, eu, Eduardo Gaensly, consegui com a 312 minhas duas únicas vitórias nos GPs disputados em Interlagos e Silverstone em 2007, quando fui vice-campeão. No mesmo ano, Raul Costa ganhou a corrida disputada em Monza à bordo de uma Ferrari. Em 2008, o também vice, Otávio Silveira, ganhou os GPs em Laguna Seca e Solitude, e no atual campeonato de 2009, Raoni Frizzo conquistou a vitória no GP disputado em Nürburgring à bordo da Ferrari 312.

Raoni Frizzo faz a tomada da famosa Karroussel em Nürburgring rumo à vitória.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Raoni Frizzo quebra jejum e domina GP de Nürburgring


Parece que a sina de azar do atual campeão da liga, Raoni Frizzo, teve uma providencial interrupção, ao menos para o tão aguardado GP da Alemanha, realizado no famoso circuito de Nürburgring Nordschleife. Depois dos insucessos nas corridas anteriores, o piloto da Sergeant Pepper's fez as pazes com a vitória e encerrou um jejum de 12 provas sem subir ao lugar mais alto do pódio no Mod 1967. A última conquista do piloto na categoria havia sido no GP de Indianápolis, no dia 19 de outubro do ano passado.

Precisos nove meses depois, o destino selaria que o experiente piloto triunfasse pela segunda vez seguida no longo e perigoso traçado alemão. Assim como em 2008, Frizzo dominou as ações do evento desde o treino classificatório, conseguindo também sua primeira pole no ano, vencendo de ponta a ponta e, de quebra, levando pra casa a estatística de ter realizado o giro mais rápido da corrida.

Raoni Frizzo colocou um ponto final na seca de vitórias e voltou à briga pelo campeonato

Extremamente complexa, a pista de Nürburgring, que sediou a 9ª etapa do Campeonato 2009 do Mod 1967, não espantou nem mesmo os pilotos menos experientes. O saldo disso foi um grid recheado de pilotos, com 17 participantes alinhando no grid de largada, fato que levou os fãs ao delírio. Mas, como de praxe, o "Inferno Verde", como é conhecida a emblemática pista, não perdoou todos os competidores, com apenas 11 sobrevivendo às seis voltas da cansativa disputa.

Após cravar a pole-position sem muitas dificuldades, Raoni Frizzo teve a companhia de Otávio Silveira e sua Cooper na primeira fila do grid. Logo atrás, John White surpreendeu ao colocar a sofrível BRM na terceira colocação, seguido por Eduardo Gaensly. Mais surpreendente ainda, o novato André Luiz aparecia entre os ponteiros, levando sua Brabham ao quinto posto no grid.

Largada cautelosa por parte de todos os competidores, mas logo acontece o primeiro contratempo. Eduardo Gaensly escapou logo na segunda curva e perdeu várias posições. O vice-campeão da última corrida em Silverstone teria de partir então para uma prova de recuperação. Enquanto isso, mais à frente, a ordem seguia a mesma, com os pilotos já se dispersando pelo traçado.

Assim como em 2008, Otávio Silveira foi muito bem e terminou na segunda colocação

Frizzo seguia seguro na liderança, enquanto Otávio também vinha num confortável segundo lugar, embora seguido um pouco de perto pela surpresa André Luiz, que havia acabado de desalojar John White do terceiro posto. Enquanto isso, Thiago Lemos vinha se aproximando do atual líder do campeonato, ao estar em quinto. Ico Oliveira também se matinha no encalço dos ponteiros, em sexto.

No bloco intermediário, muitas ultrapssagens e acidentes. Eduardo Gaensly continuava sua escalada, numa disputa interessante com Onyas Claudio e Fernando Tumushi, este último também sofrendo com o terrível chassi de sua BRM. Mais atrás, os novatos Helerson Maciel, Ricardo Miron e Anderson Lopes também faziam bonito, trocando de posição a cada momento.

Conforme o desenrolar da prova, Frizzo crescia cada vez sua vantagem na liderança, enquanto Silveira já não era mais incomodado por André Luiz. Este, então, agora era seguido por Lemos, que também suplantara White na luta pelo quarto posto. Após muita luta, Gaensly já figurava na sexta colocação, que manteria até o final da prova.

O ainda novato André Luiz foi a surpresa da corrida, ao garantir seu primeiro pódio na carreira

Com o rumo da prova já definido, mais nenhuma alteração no bloco da frente. Raoni Frizzo seguiu com cautela até a bandeirada final e espantou seu inferno astral logo no Inferno Verde. Após a vitória, o piloto se recolocou na disputa pelo título, assumindo a vice-liderança da competição. Repetindo o resultado do ano passado, Otávio Silveira somou excelente pontos e também já figura como candidato potencial no campeonato. Eleito unanimamente a surpresa da prova, André Luiz conseguiu o primeiro pódio da Lafitte Racing, com uma atuação brilhante.

Sempre entre os primeiros, Thiago Lemos também se mantém firme na briga pelo título. Já John White soube tirar proveito do equipamento defasado e conquisot pontos valiosos para o campeonato, ao terminar em quinto, seguido por Eduardo Gaensly. Logo atrás, Fernando Tumushi foi mais um que levou bem sua BRM até o final. Caio Lucci também sobreviveu aos perigos do circuito e fechou o dia em oitavo. Também regular Onyas Claudio conquistou o nono lugar, enquanto Ricardo Miron encerrou os dez melhores colocados.

Confira os números completos da corrida: (clique na imagem para ampliar)


Agora os competidores da GPL Brasil dão uma pausa nas atividades do Mod 1967 e partem para o tradicionalíssimo circuito de Le Mans Sarthe, local onde será disputado, no próximo domingo (26) a segunda etapa da Tríplice Coroa, evento de resistência da liga. Os participantes passaraão por uma prova de uma hora e meia de duração, onde velocidade nem sempre é o mais importante para o sucesso no final da prova.

Já no Mod 1967, os pilotos voltam a concentrar suas ações no campeonato daqui a duas semanas, onde os pilotos irão duelar no circuito de Spa-Francorchamps, palco do GP da Bélgica.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Grande Prêmio da Alemanha de 1967

Disputada no dia 6 de Agosto, Nürburgring sediou a sétima etapa da temporada. A pista tinha sido alterada desde o GP do ano passado, uma chicane foi instalada antes da reta dos boxes, mas isso não causou efeito no tempo de volta dos carros, mostrando que O desenveolvimento dos equipamentos em um ano foi considerável.

A longa reta que leva aos boxes. Para 1967, uma chicane foi
implantada para reduzir a velocidade dos carros.

Para aumentar o número de carros no grid, os carros de Fórmula 2 coreriam junto com os da F1, e traziam alguns nomes famosos como Jacky Ickx, Jo Schlesser e Jack Oliver.
Nos treinos, como não poderia deixar de ser, Jim Clark foi o mais rápido com a Lotus 49 com um tempo de 8:04.1, aproximadamente 12 segundos mais rápido que sua marca no ano anterior, seguido por Denny Hulme na Brabham e o terceiro melhor tempo nos treinos ficou com Ickx com uma Matra F2(!).

Alguns carros de Fórmula 2, como essa BMW - Lola foram inscritos e correriam
ao mesmo tempo que os F1.

Jacky porém, teria que largar na segunda metade do grid, visto que todos os carros de fórmula 2 largariam atrás dos F1. Assim, o terceiro lugar no grid ficou com Jackie Stewart, da BRM, que estreava o modelo P-115 e, completando a priemira fila, Dan Gurney com a Eagle. A segunda fila tinha Bruce McLaren, John Surtees e Jack Brabham.Na largada, Clark liderou e Graham Hill, na outra Lotus, que largava em 13º devido um acidente nos treinos, foi empurrado para fora da pista e rodou, tendo que recomeçar do fim do pelotão, atrás até dos carros da Fórmula 2.A liderança de Jim Clark durou apenas três voltas, um pneu furado danificou a suspensão de seu ainda frágil carro que não aguentou os esforços que a pista exigia e o escocês teve que abandonar mais uma corrida.


Os solavancos de Nürburgring provaram ser violentos demais
para o fágil Lotus 49 de Jim Clark.

Dan Gurney tomou a liderança de Denny Hulme e começou o que muitos consideram a melhor corrida da Eagle. O americano encaixou várias voltas rápidas seguidas, marcando,com 8:15.1, a melhor da corrida, e abriu larga vantagem de pouco mais de 40 segundos para o Neo Zelandês, que era seguido por Brabham, depois que McLaren, também em uma Eagle, abandonou devido um problema com a mangueira de óleo.

Em uma corrida fantástica, Dan Gurney liderou por várias voltas antes de
abandonar devido uma quebra.

Além de Gurney, quem também impressionava era Ickx, levando sua Matra F2 na quinta posição, atrás de Stewart. Quando esse escocês também abandonou, Ickx ocupou a quarta posição, sem dúvidas, um grande feito. Porém, na volta 12, sua suspensão dianteira quebrou e o belga também ficou de fora da corrida.Na volta seguinte, a junta universal do semi-eixo da Eagle de Dan Gurney quebrou. Foi o fim de uma belíssima corrida do americano.

Jack Brabham é perseguido por Chris Amon no sinuoso circuito.

Isso fez com que Denny Hulme herdasse a liderança, que ele manteve até o fim, seguido de perto por Jack Brabham e Chris Amon com a Ferrari. O primeiro pódio desde o GP da Itália de 1961 sem um piloto britânico.

Após herdar a liderança de Gurney, Denny Hulme saiu vitorioso da Alemanha.


Um breve, porém belíssimo video retirado do filme "Nine days in summer".


Para saber mais:
Um site com muito mais detalhes sobre a corrida:
http://www.intothered.dk/1967season/67season_nurburg.html

Um vídeo com muito mais detalhes sobre a corrida:
http://videos.streetfire.net/video/F1-1967-Nordschleife-Of_184726.htm

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ricardo Gomes domina GP de Silverstone e ganha a primeira na liga


Dessa vez a vitória não escapou! Depois de bater na trave em duas oportunidades nesta temporada, o português voador Ricardo Gomes ditou o ritmo de todas as ações do GP de Silverstone e faturou sua primeira vitória na GPL Brasil, no último dia 5 de julho. Partindo da pole position, Gomes soube também tirar proveito do equilibradíssimo conjunto Lotus-Ford nas velozes curvas do lendário traçado britânico e fez barba, cabelo e bigode. Além da pole, da vitória e da volta mais rápida, ele liderou todas as 31 voltas da prova.

A dominância do piloto da Carta Racing sobre seus adversários foi tamanha que o cenário visto durante a corrida era de duas corridas paralelas. À frente, soberano e em um ritmo alucinante, o lusitano construía volta a volta uma espantosa vantagem para os demais carros. Mais atrás, os demais competidores travaram uma batalha ferrenha pelas primeiras posições, com várias ultrapassagens.

Ricardo Gomes deu uma aula no GP britânico e venceu de ponta a ponta

A emoção da prova teve início logo nas votlas iniciais. Raoni Frizzo, segundo no grid de largada, travou uma bela batalha com Ico Oliveira pela vice-liderança. Trocas de posições e arrojo por parte dos dois veteranos levaram ao delírio os público inglês. Um momento digno de reunir uma geração de campeões: os de 2008 e 2007, respectivamente.

No encalço dos dois pilotos, uma legião de oponentes seguiam bem de perto a briga pelo bloco frontal. Otávio Silveira, Eduardo Gaensly, John White, Fernando Tumushi e Thiago Lemos eram alguns nomes dentre os vários que andavam numa impressionante tocada, com desempenhos muito semelhantes.

Aos poucos, como na maioria das corridas de automóveis, os carros foram se dispersando pelo circuito. Ico, então na vice-liderança, teve sua corrida prejudicada por uma série de rodadas que o relegou às posições mais intermediárias. Enquanto isso, Otávio Silveira sofria com a explosão do propulsor de seu Honda, também perdendo preciosos segundo perante à concorrência.

Único a pontuar em todas as provas até o momento, Eduardo Gaensly surpreendeu e terminou em segundo

Na metade da prova o cenário parecia estar caminhando para uma definição. RicardoGomes era seguido por um longínquo Raoni Frizzo que, por sua vez, vivia situação confortável ao arir quinze segundos para seu colega de time, Eduardo Gaensly. Logo atrás, o atual líder do campeonato, John White, embora em uma corrida desta vez mais discreta, subia consideravelmente de produção.

A batalha pelo campeonato sofreu um episódio importante faltando onze voltas para o fim. Com problemas técnicos, o atual campeão Raoni Frizzo abandonou a disputa e agora viu suas chences de conquistar o bi do Mod 67 reduzirem bastante. O que era uma prova para se aproximar da liderança se tranformou em pesadelo para o experiente piloto.

Com a saída de Frizzo, um impressionante Eduardo Gaensly herdou o segunto posto, que não perdeu até a bandeirada final. Regular, o vice de 2007 conquistou seu melhor resultado no ano e entrou também na briga pelo título deste ano. Outra vez muito constante, John White mostrou porque é o atual líder e conseguiu um precioso terceiro lugar, ampliando sua vantagem no campeonato.

John White visitou mais uma vez o pódio e agora é mais líder do que nunca

Outro destaque da prova, Thiago Lemos mais uma vez correu com inteligência, escapou das confusões e faturou uma boa quarta colocação. Logo atrás veio Otávio Silveira, que mesmo com problemas de motor arranjou um lugar no top-5. Fernando Tumushi voltou a pontuar bem, ao completar em sexto. Quem também tem frequentado boas colocações é Tio Italo. O experiente piloto terminou mais uma vez entre os dez melhores, desta vez em sétimo. Ico Oliveira fecou o dia em oitavo, logo à frente de seu parceiro de Pipoca Racing e vice-líder da temporada, Ricardo Ramos. Seu xará, Ricardo Miron, completou os dez primeiros colocados.

Já na Corrida 2, um fato inusitado. Todos os pilotos participantes abandonaram! Nem mesmo o último remanescente da prova, o português Antonio Veríssimus, chegou a atingir a atingir o limite mínimo de 90% das voltas para conquistar pontuação.

Confira abaixo os números finais e unificados do GP: (clique para ampliar)


A próxima parada da temporada 2009 do Mod 1967 é considerada pela maioria dos corredores o maior desafio do ano. Máquinas e pilotos partem para disputar no próximo dia 19 o temido GP de Nürburgring. Altamente traiçoeira, longa e perigosa, a pista alemã pode provocar grandes surpresas e muito suspense na disputa do certame. De concreto, a certeza de que o "Inferno Verde" vai colocar à prova os limites de todos os participantes.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

4 pilotos alcançam marcas históricas na liga.

Neste ano 4 pilotos alcançaram uma marca expressiva dentro da GPLBrasil neste ano. Eduardo Gaensly, Raoni Frizzo, Ricardo Ramos e Thiago Lemos chegaram a 50 GP´s oficiais disputados na liga.

Eduardo Gaensly possui a incrivel marca de 54 GP´s disputados num total de 67. Raoni vem atrás com 52, Ricardo com 51 e Thiago com 50 fecham esta lista dos mais longevos da liga.

A liga os parabeniza e deseja que sigam em frente por muitos outros GP´s que teremos pela frente.

domingo, 5 de julho de 2009

O Grande Prêmio Britânico de 1967

Já virou tradição, antes das corridas da GPL Brasil, dar uma olhada na história da corrida disputada no mesmo circuito em 1967. Dessa vez, não será diferente, porém, peço desculpas adiantadas pelo texto menos interessante e pela falta de fotografias, não consegui achar muito material sobre essa corrida.
No próximo domingo, voltando ao território europeu, a caravana da GPL Brasil desembarca no famoso circuito de Silverstone, o berço da Fórmula 1. A corrida, em 67, foi disputada do dia 15 de Julho e marcava a metade da temporada, sendo a sexta corrida de onze no total.
A Lotus vinha preparada para a corrida. Depois de seus dois carros terem abandonado o GP da França deviao ao mesmo problema na caixa de câmbio, os defeitos foram resolvidos. Denny Hulme liderava o campeonato com 22 pontos, Jack Brabham tinha 16, Pedro Rodriguez 12 e Chris Amon 11. Jim Clark tinha apenas 10 de uma vitória ez Zandvoort e um sexto lugar na Bélgica.
Clark, já dentro de seu carro, prepara-se para a largada.

Nos treinos, Clark fez a pole com um tempo de 1:25,3, Hill, Brabham e Hulme largariam ao seu lado no grid 4-3-4. Hill teve problemas com seu carro e depois de uma quebra na suspensão, o inglês bateu e danificou seu carro, que teve de ser reconstruído durante a noite pelos mecanicos.
Após a largada, Jack Brabham passou Hill e estava atrás de Clark, mas o escocês não deu chances ao australiano, abrindo uma larga vantagem. Hulme recuperou-se de uma largada ruim, ultrapassou seu companheiro de equipe, que agora era terceiro, e foi atrás das Lotus.
Um grande público assiste à largada em Silverstone.
Hill vinha se acostumando com seu novo carro e passou Clark na volta 26, mas na volta 55 problemas na suspensão fizeram com que ele fosse aos boxes. Depois de ter o problema consertado, ele voltou para a pista apenas para abandonar a corrida 10 voltas depois, com problemas no motor. Jim Clark foi perfeito, assim como sua Lotus 49, e o escocês ganhou sua segunda corrida na temporada 13 segundos à frente de Hulme.
Nem a Lotus 49, nem Jim Clark falharam. Nesta foto, o esocês ruma em direção
à sua segunda vitória na temporada.
Chris Amon foi terceiro depois de ultrapassa Jack Brabham nas últimas voltas. Rodriguez e John Surtees fecharam a zona de pontuação uma e duas voltas atrás dos líderes respectivamente.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Campeoanto na metade. Já temos candidatos ao título?

Sete provas já foram disputadas de um total de quatorze. A liderança do campeonato já passou por quatro pilotos diferentes, e a impressão que temos é que continuará sendo disputada ponto a ponto até o fim.
Grid cheio para a largada da primeira etapa, disputada em Kyalami
em 26/04/2009.
Nico Fontana dava à entender que seria o homem a ser batido no início do campeonato, com duas vitórias nas duas priemiras etapas. Porém, um abandono no México e o aparente abandono das pistas do argentino abriu caminho para os seus oponentes, que não desperdiçaram a oportunidade.
Nico Fontana em Mônaco rumo à sua segunda vitória da temporada.
Dener Silveira sempre mostrou-se veloz, porém o jovem piloto precisa mudar seu comportamento nas pistas e controlar seu ímpeto. Começou o ano chegando em segundo em Kyalami, mas foi punido e oficialmente, terminou em quarto. Tal punição fez com que largasse no fim do grid na prova seguinte, disputada justamente em Mônaco. Dener novamente envolveu-se em acidentes, sendo punido mais uma vez. No México os acidentes aconteceram próximo ao piloto, mas sem punições dessa vez. Foi em Watkins Glen que as coisas pareciam ter mudado de vêz para ele. Largando na segunda posição, Dener seguiu de perto o português estreante Ricardo Gomes, que abandnou a corrida à apenas duas voltas do fim. A vitória caiu no colo de Dener, e com ela, a liderança do campeonato.
Dener venceu em Watkins com a BRM, mas duas corridas depois, abandonou a disputa.
O que poderia ser o início de um domínio, foi o oposto. Na prova seguinte, Dener teve pouco treino e não terminou o GP de Roosevelt, e após a corrida de Mosport, Dener, indignado com sua performance, resolveu que abandonaria o campeonato.

Ricardo Ramos é a grande surpresa do campeonato. Não se sabe o que fez o piloto da Pipoca Racing melhorar tanto sua performance quando se compara à do ano passado, quando "Rica" alternava bons e péssimos resultados a cada prova. Esse ano em Kyalami, Ricardo beneficiou-se da punição de Dener e conseguiu o terceiro lugar.
Rica Ramos venceu no México depois de uma acirrada disputa com Thiago Lemos.
Foi em Monte Carlo que ele surpreendeu a todos. Rica cravou a pole no travado circuito, mas teve problemas e largou dos boxes. Tentando uma corrida de recuperação, cometeu alguns erros e abandonou, mas o aviso aos outros pilotos estava dado. No México, Rica Ramos repetiu a pole e venceu de ponta a ponta, confirmando sua ótima forma. Uma sequência de terceiros lugares fez Rica ser o líder do campeonato após Mosport. O fraco desempenho em St. Jovite, fez Rica perder a liderança para John White e agora ele é o segundo colocado na tabela.

John White terminou a temporada passada com vitória em Rio Cuarto e todos sabiam que, caso ele tivesse começado o campeonato desde o início, teria sido forte concorrente de Otávio Silveira e Raoni Frizzo na disputa pelo título. Este ano, John está mostrando todo o seu potencial. Um quinto lugar na primeira etapa pode não ter sido o melhor dos começos, e um abandono na corrida de Mônaco após ter herdado a pole, quando seu companheiro de equipe Rica teve problemas, pareciam trazer um péssimo ano para John.
John White venceu em Mossport e na prova seguinte, fechando a
primeira metade da temporada em primeiro na classificação.
Com dois segundos lugares (México e Watkins Glen) e duas vitórias seguidas nas corridas disputadas no Canadá, John White é o líder do campeonato com 151 pontos, 10 a mais que Rica Ramos, e parte com a moral alta para a segunda metade do campeonato.

Esses foram os líderes até agora, temos ainda, seguindo John e Rica, o campeão do ano passado Raoni Frizzo, que veio poupando os melhores carros para as etapas finais, Thiago Lemos, vencedor da etapa de Roosevelt e conhecido por estar sempre entre os primeiros e ter pouco abandonos. Otávio Silveira segue um pouco mais atrás dos pontos, mas o experiente piloto é sempre candidato às vitórias, e um pódio em St. Jovite pode ser o incentivo que ele precisa para obte-las na segunda metade do campeonato.
Thiago Lemos já venceu, mas precisará de mais bons resultados para
disputar o título até o fim.
Começamos a contagem regressiva para descobrir quem será o campeão da temporada. O título dificilmente não será de algum desses pilotos, e a disputa com certeza trará muita emoção até Monza, a última etapa da temporada. Qual é o seu candidato ao título? É possivel apontar um ou dois favoritos nesse momento? Ainda temos muito chão pela frente até o fim da Temporada 2009 da GPL Brasil.