quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O Grande Prêmio Francês de 1967

A quinta corrida do ano foi, com certeza, a menos interessante.
Disputada no infame circuito de Le Mans Bugatti, devido interesses políticos do Clube do Automóvel Francês, a corrida foi um fracasso entre os pilotos, os chefe de equipes e o público, levando apenas vinte mil espectadores ao evento.

Jo Siffert entrando na reta dos boxes. O público, acostumado a ver os protótipos rasgando a reta a 300km/h teve que se contentar com os F1 buscando aceleração após uma curva fechada.


Nos treinos, Graham Hill fez a pole com a Lotus (1:36,2), seguido por Jack Brabham, Dan Gurney, da Eagle, e Jim Clark, seu companheiro de Lotus.

Após a segunda volta, Brabham ultrapassou Hill e Clark passou à frente de Gurney. Não demorou muito para os escocês deixar ser companheiro para trás e, na volta 5, roubar a liderança de Brabham. Hill logo passou o australiando também, indicando que poderia ser uma ótima corrida para o time de Colin Chapman.

Após a pole de Hill, as Lotus pareciam que iriam dominar o GP francês, mas novamente a falta de confiabilidade estragaria a festa do time inglês.

Na volta 11, Hill superou Clark pela liderança, mas logo depois teve problemas na transmissão de sua Lotus 49. Nove voltas depois, foi a vez de Clark ter o mesmo problema, fazendo com que Jack Brabham voltasse a liderar, seguido por Dan Gurney e Chris Amon, da Ferari, que logo seria ultrapassado por Denny Hulme, companheiro de equipe de Brabham.

Denny Hulme, seguido de perto por Chris Amon, mostra a dedicação para ir rápido atropelando um dos pneus enterrados que limitavam a pista.

Quando a Eagle de Gurney apresentou problemas com um cano de combustível, na volta 40, as duas Brabhams passaram a liderar. Amon abandonou também, pouco depois, com um problema no cabo do acelerador. Pedro Rodriguez em sua Cooper herdou a posição, mas também teve problemas com as linhas de combustível. Jackie Stewart então, passou a ser o terceiro com sua BRM.

Jakie Stewart começou os treinos com a BRM equipada com o motor H16, mas logo mudou para um carro da Tasman Series com motor V8. Ponto para o escocês que completou o pódio!


Após um evento pouco atraente, o resultado na linha de chegada foi Brabham, Hulme, Stewart, Jo Siffert (Cooper), Chris Irwin (BRM) e Pedro Rodriguez, fechando a zona de pontuação 4 voltas atrás do líder.

Após o abandono das Lotus, Brabham liderou a corrida até o fim. Aqui, Gurney ainda perseguia o australiano antes de abandonar.

Justamente por ser uma pista sem graça, os produtores do Grand Prix Legends decidiram excluir a pista de Le Mans Bugatti e, em seu lugar para o GP Francês, colocar o circuito de Rouen-Les Essarts, onde foi disputado, entre outros, o GP Francês de 1968. Será nessa pista muito mais interessante, que a GPL Brasil disputará a sua próxima etapa.


A segunda parte de um vídeo, em francês, com alguns momentos da corrida.

2 comentários:

Anônimo disse...

Que coisa,havia BRM de 8 CIL no mundial de 67?
A lotus com carro tão rápido,mais como sempre quebrando,a que deu a entender Le Mans Bugatti não era uma pista que forçava o carro,logo a Lotus era frágil mesmo!

André luiz,bela matéria!

Eduardo Gaensly disse...

Naquela época, acho que se o cara respeitasse o limite de 3 litros e de 500 Kg podia correr com o que fosse.
Provavelmente por ser um circuito com curvas fechadas, o V8, com mais torque, foi uma opção melhor.