quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O Grande Prêmio da Holanda de 1967

A terceira corrida da temporada trazia consigo vários carros novos, Brabham, BRM e Eagle estreavam modelos um pouco diferente dos que vinham usando, porém nenhum deles causaria tanto furor como o novo carro da equipe Lotus.
Seria a corrida de estréia de mais uma obra revolucionária de Colin Chapman, a Lotus 49, com os motores Cosworth DFV.
Grahm Hill já estava familiarizado com o carro, mas era a primeira vez que Jim Clark via sua nova máquina.

Jim Clark não teve muito tempo nos treinos para se familiarizar com a Lotus 49.

Era a primeira aparição do conjunto em um Grand Prix.

No início dos treinos, os pilotos estavam se acostumando com as mudanças, Hill foi o mais rápido na Sexta-Feira, virando 1:25,6 e Gurney o segundo mais rápido, apenas 2 décimos de segundo atrás do inglês. Clark não teve muito tempo para treinar pois seu carro apresentava problemas que os mecânicos não conseguiam solucionar, e Brabham era o único que conseguia acompanhar o ritmo da Eagle e da Lotus.
No fim do treino, a batalha pela pole estava entre Hill e Gurney. O americano, após uma ótima volta em 1:25,1 parou, achando que a Lotus não conseguiria alcançar, mas Hill continuou, marcando três voltas no mesmo ritmo de Gurney e, na sua última tentativa, todos os presentes no autódromo cravaram o cronômetro com um tempo de 1:25.0, mas os cronômetros oficiais marcavam 1:24.6, e foi esse o tempo que deu a Hill a pole, com Gurney em segundo, seguido por Brabham, Pedro Rodriguez, Jochen Rindt, ambos da Cooper, Denny Hulme (Brabham), John Surtees (Honda) e Jim Clark, amargando a oitava posição por não ter tido tempo de se acostumar com o carro.

Dan Gurney foi o único a ameaçar as Lotus, mas uma quebra logo no início

da corrida acabou com as chances do americano.

A corrida quase teve um início desastroso por causa de um fiscal que ainda estava no meio do grid quando a largada foi dada. Hulme e Surtees tiveram que desviar do fiscal e acabaram perdendo posições. Na primeira curva, a sequência era Hill, Brabham, Rindt, Gurney, Chris Amon (Ferrari) e Clark.
AS primeiras voltas foram um pouco lentas, com os líderes virando na casa dos 1:33, e na volta sete, Dan Gurney trouxe sua Eagle para os boxes, na volta seguine ele abandonou devido problemas na injeção de combustível. Uma volta depois, Hill não vinha mais na liderança. Na verdade, ele não apareia no pelotão dos líderes e em nenhum outro. A quebra de um dente de uma engrenagem de seu motor causou o abandono da corrida e ele teve que empurrar seu carro para os pits.


Chris Amon segurando a traseira de sua Ferrari rumo à quarta colocação.

Brabham herdou a liderança, mas após 15 voltas de corrida Clark já havia treinado o suficiente com seu novo carro e decidiu começar a correr de verdade. O escocês roubou a segunda posição de Rindt e, na volta seguinte, a liderança de Brabham, abrindo uma boa vantagem em seguida que, por mais que Brabham tentasse, não conseguia diminuir.

Em uma corrida fantástica, Jim Clark conquistou uma famosa vitória na estréia de seu novo carro.
Com as quebras de Rodriguez, Rindt e Stewart, Denny Hulme subiu para a terceira posição, e mesmo sendo atacado por Amon no fim da corrida, garantiu o seu lugar no pódio. Amon foi seguido pelas outras duas Ferraris de Mike Parkes e Ludovico Scarfiotti fechando a zona de pontuação.

Keith Duckworth, criador do motor DFV, Colin Champan, Jim Clark e

Graham Hill observam juntos a Lotus 49

Nos boxes da equipe Lotus, estavam todos estasiados quando Jim Clark cruzou a linha de chegada em primeiro, 23 segundos à frente de Brabham, provando o quão extraordinário piloto era o escoçês e provando também que o novo conceito de carro apresentado pela equipe tinha um ótimo futuro pela frente, anuncinado uo início nova era para a Fórmula 1.



Um vídeo com alguns momentos do Grande Prêmio da Holanda de 1967

2 comentários:

Caio Lucci disse...

olha soh eu sou mais rapido que o Jim Clark com o mesmo carro..... das duas uma, ou Jim Clark eh uma farsa ou eu sou um Genio hahahhahaahahah

Unknown disse...

corrida revolucionária... grande atuação do Jim Clark e o ínício de uma das mais longas eras da história da F1.

Caio, faz no real isso, haha, veja que o até o Sabará consegue ser mais rápido que o Clark em Spa, hehehehe