terça-feira, 26 de maio de 2009

O Grande Prêmio dos EUA de 1967

Chegamos à uma nova semana de preparação para um novo GP. Domingo, dia 31 de Maio, a GPL Brasil aterrisa nos Estados Unidos, mais precisamente em Watkins Glen, para disputar a quarta etapa da temporada 2009. Os pilotos vêm treinando no curto e rápido circuito americano e os tempos estão baixando constantemente, chegando à casa de 1:04. Algo interessante, quando pensamos que a pole de Grahm Hill, em 67, foi com o tempo de 1:05.48.

Dan Gurney, correndo em casa, leva sua Eagle para a pista momentos antes do início da corrida.

Largar na pole foi rotina para a Lotus em 67. O modelo 49 era o carro mais rápido e desde que estreou no GP da Holanda daquele mesmo ano, fez a pole em todas as corridas. O carro era rápido, e no final da temporada (o GP dos EUA foi o penúltimo) já estava mais confiável. A disputa do campeonato de construtores já tinha sido definida na corrida anterior, disputada em Monza, e foi a equipe de Jack Brabham que levou o título para casa. Além disso, apenas Brabham e seu companheiro, Denny Hulme, disputavam o título de pilotos. Sem dúvidas, um ano exepcional para o australiano.
As Lotus largaram em primeiro, com Hill, e em segundo com Clark, tendo Dan Gurney na terceira posição do grid, correndo em casa com sua Eagle, e Chris Amon da Ferrari em quarto. Brabham e Hulme largavam lado a lado em quinto e sexto, respectivamente.

Largada do GP dos EUA de 1967, com as duas Lotus 49 à frente do pelotão.

Na primeira volta, Hill liderou Clark, Gurney, Brabham, Amon, Hulme e Bruce McLaren, que tinha largado na nona posição. Em seguida, Dan Gurney ultrapassou Jim Clark enquanto Chris Amon disputava a quarta posição com as Brabhams.Clark não ficou muito tempo atrás de Gurney, ultrapassando-o na volta 8. O americano abandonou a corrida na volta 24, com problemas na suspensão, deixando o terceiro posto para Amon e sua Ferrari, que começava a se aproximar das Lotus, mesmo tendo problemas com os retardatários Jo Bonnier (Cooper) e principalmente, John Surtees, que levava sua Honda 3 voltas atrás dos líderes.

Após a largada, Hill lidera, seguido de perto por Clark e Gurney.

Hill, com problemas no câmbio, foi ultrapassado por seu companheiro de equipe e por Amon, caindo para terceiro. O azarado Chris Amon, porém, teve problemas com a pressão do óleo de seu carro e perdeu a posição para Hill. Algumas voltas deopis, a Lotus apresentou novamente problemas com o câmbio e Amon assumiu novamente a segunda posição, apenas para abandonar de vez a corrida na volta 96, quando seu motor perdeu todo o óleo.

Após ultrapassar seu companheiro, Clark lidera, Hill vem em segundo seguido de Chris Amon.

Parecia mais uma vitória tranquila de Jim Clark, mas faltanto apenas duas voltas, um suporte da suspensão traseira direita de seu carro quebrou, fazendo com que a roda ficasse torta. O escocês tomou cuidado nas curvas para a esquerda e continou levando seu carro cautelosamente até o final. Hill vinha 45 segundos atrás. Em uma volta, descontou 22 segundos de seu companheiro, tendo apenas uma volta para tirar os 23 segundos de diferença, porém Jim Clark conseguiu carregar sua Lotus até o fim da volta 108, conquistando sua terceira vitória no ano, seis segundos à frente de Hill.

Jim Clark rumo à sua terceria vitória na temporada.

Denny Hulme vinha em terceiro e só não conseguiu alcançar os dois companheiros porque sua Brabham estava com o motor falhando por falta de combustível.O suíço Jo Siffert terminou em quarto, duas voltas atrás, e Jack Brabham em quinto, quatro voltas atrás dos líderes. O último ponto ficou com Jo Bonnier, com sete voltas de diferença para Clark. Jean-Pierre Beltoise, com uma Matra, que fazia testes para entrar na categoria no ano seguinte, foi o sétimo e último a completar a corrida, que teve onze abandonos.

Um belo vídeo com alguns momentos da corrida de 67.

sábado, 23 de maio de 2009

O Grande Prêmio do Mônaco de 1967

A GPL Brasil já correu sua etapa no Principado. Ela foi a segunda corrida do campeonato e teve uma brilhante vitória de Nico Fontana.Neste Domingo, 24 de Maio, teremos o grande prêmio de Mônaco de 2009, com Jenson Button largando na pole pela quarta vez em cinco disputas e caminhando para ser o favorito para o título.Em 7 de Maio de 1967, ano em que o Grand Prix Legends é baseado, Monte Carlo sediava a segunda corrida da temporada, e infelizmente, seria palco para a única fatalidade da F1 no ano.

Um breve vídeo com algumas imagnes (aceleradas) da corrida de 1967.

Jack Brabham, campeão de 66, mostrava que sua equipe ainda tinha o melhor carro, fazendo a pole com um tempo de 1:27,6, seguido pelo italiano Lorenzo Bandini, da Ferrari e John Surtees, de Honda.

Denny Hulme controlando sua Brabham na saída do hairpin mais famoso da Fórmula 1.

As primeiras voltas foram intensas. Brabham rodou, Bruce McLaren e Jo Siffert se tocaram tentando evitar uma batida mais forte no australiano, enquanto Clark teve que sair da pista e acabou perdendo várias posições. Jackie Stewart se aproveitou da confusão e depois de largar em sexto assumiu a liderança, porém na volta 14 o diferencial de sua BRM quebrou e ele abandonou a prova, fazendo com que o futuro campeão, Denny Hulme ficasse com a liderança à frente de Bandini.

Hulme lidera o pelotão após a confusão da primeira volta e o abandono de Stewart.

McLaren e Chris Amon (Ferrari) disputavam a terceira posição, mas uma entrada nos boxes para a troca da bateria de Bruce McLaren fez com que Amon fosse para o terceiro posto.Depois da confusão no começo da prova, Jim Clark retornou à pista em 14º, na volta 43, o escocês estava na quarta posição, mas a suspensão de sua Lotus 43 quebrou e ele teve que abandonar.

Chris Amon passando incrivelmente perto do muro na entrada da chicane seguido por Mike Spence na BRM. Nesse mesmo ponto, Bandini tocaria o guard rail e desencadearia seu acidente fatal.


Foi na volta 82 que a tragédia aconteceu. Seguindo Hulme pela liderança, Lorenzo Bandini acabou perdendo o controle de sua Ferrari. Depois de bater com a roda traseira esquerda no guard rail, o carro bateu em um poste de luz e caiu de ponta cabeça nos fardos de feno, os tanques de combustível romperam e logo depois a gasolina pegou fogo, com Bandini preso embaixo do carro.O acidente tirou o brilho da vitória de Denny Hulme e sua Brabham. Grahm Hill (Lotus) chegou em segundo, seguido por Chris Amon, Bruce McLaren, Pedro Rodriguez (Cooper) e Mike Spence (BRM). Três dias depois, Lorenzo Bandini, com 31 anos, viria a falecer.


O fogo era o maior perigo para os pilotos no passado. Preso embaixo de seu carro, Bandini não teve chances.


Lorenzo Bandini (21/12/1935 - 10/05/1967)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Dupla da Pipoca fatura dobradinha e Ricardo Ramos faz história no GP do México


Como o automobilismo (mesmo que virtual) é surpreendente! Há duas semanas atrás, a Pipoca Racing lamentava o azar de Ricardo Ramos e John White nas ruas do principado de Mônaco. Após realizarem o 1-2 no grid de largada, o time capitaneado por Ico Oliveira viu suas chances de vitória de desfazerem em questão de poucos segundos.

Mas, justiça seja feita, o GP do México, realizado no último domingo (17) serviu para confirmar aos fãs da liga que a incrível velocidade mostrada pela dupla em Mônaco não foi obra do acaso. Só que desta vez a dupla Ramos-White deu um chega-pra-lá no azar e dominou as ações do evento mexicano, ditando o ritmo desde o treino classificatório até as voltas finais da prova.

Muito mais do que a dobradinha, Ricardo teve inúmeros para comemorar sua brilhante vitória neste último final de semana. Ele conquista o segundo triunfo da sua carreira na GPL Brasil, logo no mesmo palco onde subiu ao lugar mais alto pódio pela primeira vez, em 2007. Seria coincidência do destino ou o veloz piloto já pode receber a alcunha de "Mister México"?

Ricardo Ramos mostrou que se sente à vontade no México e venceu com maestria, de ponta a ponta!

Coincidência ou não, o fato é que o sucesso da Pipoca Racing causa espanto aos rivais. Com a dobradinha e o sexto lugar de Ico Oliveira, o time saltou para a liderança do campeonato de construtores, e já coloca Ricardo, novo vice-líder da temporada, e John (atual sexto colocado) de volta na briga pela liderança do campeonato.

Desde os treinos preparatórios nos dias antecendentes à corrida, Ricardo mostrou que era forte candidato à vitória na etapa, e fez questão de confirmar as previsões no treino classificatório, como mostram os números abaixo.

Pos No Driver Team Nat Time Diff Laps
1 17 Rica Ramos Lotus BRA 1m47.496s 8
2 16 John White Ferrari BRA 1m48.195s 00.699s 8
3 20 Thiago Lemos Lotus BRA 1m48.276s 00.780s 9
4 2 Otavio Silveira Ferrari BRA 1m49.159s 01.663s 9
5 9 Raoni Frizzo BRM BRA 1m49.326s 01.830s 8
6 8 Fernando Tumushi Ferrari BRA 1m49.489s 01.993s 8
7 14 Eduardo Gaensly Lotus BRA 1m50.022s 02.526s 8
8 6 Alan Lopez Ferrari ARG 1m50.425s 02.929s 10
9 7 David Sochenna Lotus POR 1m50.554s 03.058s 10
10 10 Ico Oliveira Ferrari BRA 1m50.745s 03.249s 8
11 3 Nico Fontana BRM ARG 1m50.856s 03.360s 8
12 1 Toni Andrade Ferrari BRA 1m50.998s 03.502s 6
13 19 Caio Lucci Ferrari BRA 1m51.461s 03.965s 6
14 13 Onyas Claudio Ferrari BRA 1m53.085s 05.589s 5
15 12 Ricardo Miron Brabham BRA 1m53.528s 06.032s 9
16 18 José Botelho Eagle POR 1m56.860s 09.364s 9
17 11 Dener Silveira Ferrari BRA No time No time 0

Após a largada, Ricardo Ramos seguiu soberano até a bandeirada final, mas não sem antes duelar com seu maior adversário, Thiago Lemos. O piloto capixaba da Thunder Racing partiu com tudo e logo na primeira volta ultrapassou John White, assumindo a vice-liderança. E logo nas primeiras voltas foi decidido pra cima de Ricardo para buscar a liderança. Os pilotos chegaram a ficar lado a lado, mas logo a seguir Thiago acabou errando uma freada e se acidentou, perdendo tempo e a chance de vitória.

John White se recuperou dos acidentes de Mônaco e fechou a dobradinha da Pipoca Racing

O dia foi tão bom para a Pipoca Racing que ela viu de quebra os dois líderes do campeonato abandonarem a disputa. O até então vice-líder Raoni Frizzo vinha fazendo ótima exibição em sua BRM, até que apresentou problemas e teve de retirar logo nas primeiras voltas. Já o ainda comandante da tabela, Nico Fontana, não apresentou um rendimento similar ao das duas primeiras corridas e abandonou na metade da prova, desclassificado em virtude de uma manobra para evitar um acidente, onde teria cortado caminho em uma chicane.

Já na Corrida 2, Helerson Maciel mostrou que está crescendo de produção e venceu de forma heróica, em uma batalha que durou até a última volta contra Hamilton Amorim, ausente nas primeiras etapas. Anderson Lopes também mostrou evolução e completou mais uma corrida, conquistando o 12º lugar na classificação agregada.

Eis os resultados finais da Corrida 1:

RACE RESULTS (After 25 laps)

Pos No Driver Team Nat Laps Race Time Diff Problem
1 17 Rica Ramos Lotus BRA 25 45m44.670s
2 16 John White Ferrari BRA 25 45m56.035s 11.365s
3 20 Thiago Lemos Lotus BRA 25 45m57.511s 12.841s
4 11 Dener Silveira Ferrari BRA 25 46m02.469s 17.799s
5 14 Eduardo Gaensly Lotus BRA 25 47m25.357s 1m40.687s
6 10 Ico Oliveira Ferrari BRA 24 46m07.966s 1 lap(s)
7 19 Caio Lucci Ferrari BRA 24 47m30.549s 1 lap(s)
8 13 Onyas Claudio Ferrari BRA 23 46m05.688s 2 lap(s)
9 12 Ricardo Miron Brabham BRA 23 46m38.280s 2 lap(s)
10 3 Nico Fontana BRM ARG 9 17m30.012s 16 lap(s)
11 8 Fernando Tumushi Ferrari BRA 8 15m33.200s 17 lap(s)
12 9 Raoni Frizzo BRM BRA 5 9m28.982s 20 lap(s)
13 2 Otavio Silveira Ferrari BRA 5 10m01.472s 20 lap(s)
14 6 Alan Lopez Ferrari ARG 0 0m00.000s 25 lap(s)
15 7 David Sochenna Lotus POR 0 0m00.000s 25 lap(s)
16 1 Toni Andrade Ferrari BRA 0 0m00.000s 25 lap(s)
17 18 José Botelho Eagle POR 0 DidNotStart 25 lap(s)

Helerson Maciel manteve a regularidade e venceu a Corrida 2

E, após a unificação dos resultados, esta é a classificação agregada:

RESULTADO AGREGADO


1 Rica Ramos

2 John White

3 Thiago Lemos

4 Dener Silveira

5 Eduardo Gaensly

6 Ico Oliveira

7 Caio Lucci

8 Onyas Claudio
9 Ricardo Miron

10 Helerson Maciel

11 Hamilton Amorim

12 Anderson Lopes


Agora o próximo encontro das máquinas e pilotos da GPL Brasil é no próximo dia 31 de maio, quando será disputado o GP dos EUA, no pequeno e perigoso circuito de Watkins Glen. Será que a Pipoca Racing vai continuar varrendo a concorrência? Ou seus adversários conseguirão conter o ímpeto de seus velozes pilotos?

terça-feira, 19 de maio de 2009

Os carros de 67: BRM P-115

Caminhão, ônibus, barcaça e banheira. São essas as comparações mais usadas para descrever a BRM-P115, deixando claro que seu ponto forte (se é que existe algum) não é o peso.

Jackie Stewart teve que lutar para conseguir controlar sua P115
depois de um salto em Nürburgring.

Derivada da BRM-P83, a P115 foi usada apenas por Jackie Stewart na segunda metade da temporada de 67, e mesmo sendo 70Kg mais leve que a P-83, ainda pesava 625Kg, quando o limite mínimo da categoria eram 500Kg. Seu motor H-16 (não é erro de digitação, é H mesmo) era basicamente dois blocos V-8 de 1,5l montados juntos e rendia aproximadamente 400 HP, porém tinha pouquíssimo torque, era muito complexo e pouco confiável, além de ser muito pesado. Se alguns pilotos da GPL Brasil consideram a BRM um navio, Jackie Stewart, o principal piloto da equipe em 67, surgeriu que o motor poderia ser usado como âncora.

O complexo e pesado motor H-16, formado por dois V-8.

O carro, em si, não é ruim. Em pistas velozes ou nas mãos de pilotos rápidos pode ser levado à boas posições. Hamilton Amorim fala sobre a máquina: "Acho gostoso de guiar, mas é muito lento... o motor tem um som muito legal, é a melhor característica carro, que tem uns detalhes bonitos". Já o veterano Caio Lucci deixa claro seu ponto de vista. "É um caminhão com um motor meia boca. Não sei se tem pontos positivos nesse carro" enquanto o também veterano, Sérgio Henrique, indaga: "Isso é um carro?".

John White escolheu a BRM para a primeira etapa do campeonato de 2009.

Há ainda outros pilotos que gostam do carro. Onyas Claudio prefere ver o lado positivo, mesmo admitindo os problemas, ele diz que guiar a BRM pode ser "Um grande aprendizado antes de partir para os carros melhores", e o experiente Otávio Silveira fala que "Em pistas planas, quando bem acertado, é um exelente carro para pilotar".

Em 1967, Stewart terminou a corrida de Spa-Francochamps na segunda posição depois de liderar e ter problemas com o câmbio e o GP da França em terceiro, abandonando todas as outras provas da temporada. Na GPL Brasil, Felipe Gamper ganhou os GPs da Bélgica e de Snetterton à bordo da BRM, mas o maior feito do carro foi a dobradinha de Felipe e Leo Menegucci no Grande Prêmio da Inglaterra, disputado em Silverstone.

Felipe Gamper fez melhor que Stewart e levou a BRM à vitória em Spa.

É difícil chegar a um acordo quando o assunto é BRM. O carro é pesado e potente. Alguns a acham feia, outros gostam de suas linhas, uns odeiam o som do H-16, outros acham o mais bonito de todos.

Diz o ditado que gosto não se discute, porém o que não se discute mesmo, é que pilotar a BRM-P115 é um dos maiores desafios do Grand Prix Legends.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Classificação do campeonato 2009 (após 2 etapas)

Após duas etapas, esta é a atual classificação do campeonato de pilotos e construtores (clique nas imagens para ampliar):

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O Grande Prêmio do México de 1967

Semana de preparação para o Grande Prêmio do México.Os pilotos da GPL Brasil vêm escolhendo as suas máquinas e testando os melhores acertos para o sinuoso circuito Hermanos Rodriguez, onde, no próximo Domingo, será disputada a terceira etapa do campeonato de 2009. Mas e em 1967? Como foi a corrida mexicana no ano que inspirou o jogo?

A etapa do México, disputada em 22 de Outubro, foi a última da temporada e iria decidir o campeão mundial daquele ano. Jack Brabham e Denny Hulme, ambos da equipe Brabham, tinham chances de entrar para a história. Brabham, poderia conquistar seu quarto título se ganhasse a corrida e seu companheiro de equipe chegasse no máximo na quinta posição, e o Neo-Zelandês Hulme precisava apenas de um quarto lugar para ser coroado campeão pela primeira vez.

Dan Gurney e sua Eagle. A largada traria mais um abandono para o americano.

Nos treinos, a pole ficou com Jim Clark e sua cada vez mais confiável Lotus 49 com o tempo de 1:47.56, seguido por Cris Amon, da Ferrari e Dan Gurney em sua Eagle. Brabham largou em quinto, e Hulme, em sexto. Na corrida, Jim Clark largou mal e Gurney o acertou em cheio, perfurando o radiador da Eagle e abandonando a corrida logo em seguida. Graham Hill assumiu a ponta, com Amon em segundo e Clark em terceiro. Brabham os seguia e Hulme vinha um pouco atrás.

Após a largada, Hill lidera, seguido de Amon, Clark e Brabham.

Não demorou muito para Clark passar a Ferrari e em seguida seu companheiro e disparar à frente de todos. Hill abandonou a corrida na volta 18 devido um problema no eixo traseiro. Brabham continuava na frente de Denny Hulme, mas isso não seria o bastante para se tornar campeão. A três voltas do fim, Amon abandonou por falta de combustível, fazendo com que Jack Brabham herdasse a segunda posição.

Jim Clark ganhou a corrida com uma larga vantagem de 1 minuto e 25 segundos sobre Brabham. Hulme chegou em terceiro, uma volta atrás do líder, e conquistou seu primeiro e único campeonato mundial.

Jim Clark conduz sua Lotus para a 4ª vitória da temporada, a 24ª de sua carreira.

A Brabham foi, sem dúvidas, o carro mais confiável da temporada, e foi isso que levou os dois pilotos a disputarem o título até a última prova. Era visível porém, que a veloz Lotus 49 vinha tornando-se cada vez mais confiável e que seria o carro a ser batido em 1968. Foi a quarta vitória de Clark na temporada, a 24ª de sua carreira, igualando o número de conquistas de ninguém menos que Juan Manuel Fangio.

Denis Clive Hulme conquistou seu único título com duas vitórias, vários bons resultados e apenas dois abandonos (que foram descartados).

Clark (à esquerda) comemora sua vitória, mas o ano foi de Denny Hulme

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Os Carros de 67: Cooper T81b

Já conhecemos os pilotos e as equipes do Campeonato de 2009 da GPL Brasil. Agora chegou a hora de conhecer as máquinas que esses ases pilotam nas pistas. Nada mais justo do que começar com o carro escolhido pela maioria para disputar a etapa de Mônaco. A Cooper T81b.

Jochen Rindt com sua Cooper em Mônaco, 1967.

Considerado por muitos o carro mais fácil de pilotar (e o mais feio) de todos os sete disponíveis, o T81b tem ótima estabilidade em curvas, porém peca por ter um motor pouco potente. O propulsor Maseratti V-12 com apenas 350 HP é muito fraco quando comparado com os motores dos carros concorrentes.

O campeão Raoni Frizzo deixa claro seu sentimento com o carro. "Fácil de pilotar! É leve e estável. Mas o motor é o lixo ao quadrado, em pistas de alta parece até um carro de outra categoria". Um dos estreantes da GPL Brasil em 2009, Onyas Claudio, também esboça críticas ao motor. "É tão equilibrado quanto a Brabham, só que bem menos competitivo. Muito por causa de seu motor". Mas Onyas vê alguma qualidade no carro, justamente pela estabilidade e falta de potência. "Ideal para quem quer começar no mundo de GPL.".

Felipe Gamper e seu belo Cooper vermelho no GP do México disputado em 2008. Felipe acabaria vencendo essa corrida.

O vice-campeão da temporada passada, Otávio Silveira concorda com Onyas e dá um depoimento mais técnico sobre o carro, comparando-o com alguns concorrentes. "Tem como seu ponto mais forte o desempenho em pistas travadas. Seu motor em pouco ajuda em pistas rápidas, porém em média rotação pode até oferecer mais potência que Eagle, Honda ou BRM. Além disso é um carro estável, podendo o piloto se concentrar mais em fazer a sua volta mais rápida. O melhor carro para iniciantes."

Na temporada de 1967, o Cooper T81b ganhou a primeira corrida da temporada em Kyalami, com o mexicano Pedro Rodrigez ao comando. Na história da GPL Brasil, Felipe Gamper levou o Cooper à vitória diversas vezes e o argentino Nico Fontana saiu com a vitória do principado de Mônaco pilotando um dos carros de John Cooper, provando que em mão habilidosas e em pistas favoráveis, mesmo um carro pouco potente pode ser competitivo.

Nico Fontana leva sua Cooper ao lugar mais alto do pódio no GP de Mônaco.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Pipoca Racing vê a vitória escapar em Mônaco, de forma cruel

O fim de semana de Mônaco é um daqueles que a Pipoca Racing poderia riscar para sempre da história. A situação ao término da qualificação não poderia ser mais animadora. O time dominara a primeira fila de forma sensacional, com Ricardo Ramos na pole-position, seguido por John White. Mas começava a desmoronar aí as chances de triunfo da equipe.

O desespero começou quando Ricardo Ramos apresentou problemas antes mesmo da largada e sequer conseguiu alinhar seu bólido no grid, tendo que partir do box e uma volta atrás dos líderes. Com o pole fora da disputa pela vitória, a equipe passou a concentrar os esforços no carro de John, que herdava a posição de honra do companheiro.

Mesmo com o insucesso de Mônaco, Ricardo Ramos está em grande fase e vêm voando nas primeiras etapas

Mas tudo começou a ir definitivamente por água abaixo ainda na primeira volta. John errou a entrada do Cassino, e foi ultrapassado por Nico Fontana. Mais adiante, na chicane do Porto, o golpe final. Uma batida forte o relegou às últimas posições da prova. Após isso a situação não melhorou. Novos acidentes acabaram o tirando da prova. Mais tarde, em declaração, John estava visivelmente abatido com o resultado.

"Estou completamente decepcionado!", exclamou. "Larguei igual a um idiota e fiz o Cassino igual a um demente, perdi a posição e a corrida...sabia que era muita mais rápido que o Nico, mas não tive a parcimônia desejada e morri na chicane (...) Pena, pois tinha plena consciência de que poderia vencer, sem o Gamper, com Dener em último e com Rica com problemas era (a corrida) minha....mas que bosta!", lamentou o piloto.

Mas nem tudo foi lamentação na equipe. Um fato celebrado nos boxes da escuderia foram os pontos preciosos que Ico Oliveira alcançou ao terminar em oitavo lugar. Mesmo sem um ritmo muito rápido, o campeão de 2007 usou toda sua experiência para sobreviver aos perigos das ruas do principado e finalizar entre os primeiros. Após a corrida, o chefe de equipe foi solidário aos infortúnios de seus parceiros de time e preferiu destacar alguns pontos positivos do final de semana.

"E não se iludam em achar que essa foi uma corrida ruim para a Pipoca Racing, só porque os nossos pilotos que ocuparam a primeira fila não terminaram. Eu, se fosse vocês, ficaria com medo agora: temos dois dos mais velozes pilotos do grid e o campeonato está apenas começando. E eu estarei atrás para colher uns pontinhos sempre que possível!", alertou, confiante.

Mas parece que os problemas realmente não abalaram o psicológico da equipe. Nos treinos livres no México, Ricardo Ramos já cravou uma marca que deixou todos assustados, tamanha a velocidade do piloto. E só faz provar que o discurso de Ico não é conversa fiada...

Melhores momentos: Kyalami



Confira no vídeo acima os principais lances da etapa de Kyalami, que deu o pontapé inicial do campeonato do Mod 67. Divirta-se com os pegas e o show de edição e trilha sonora do nosso movie-maker, Thiago Lemos.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Nico Fontana repete Kyalami, e conquista etapa de Mônaco


Uma verdadeira avalanche! Assim tem sido o início de ano de Nico Fontana na temporada 2009 do Mod 67 da GPL Brasil. Mais uma vez o novato argentino pilotou com maestria e venceu o GP de Mônaco, arrematando sua segunda vitória em duas corridas. Com isso, o piloto da Macross Motorsport ampliou sua vantagem no certame, agora com 10 pontos de vantagem para Raoni Frizzo.

Dessa vez o triunfo de Nico foi mais difícil que em Kyalami. Partindo da terceira posição, o líder do campeonato e piloto-sensação da temporada teve de contar com os azares e os erros dos rivais para manter a invencibilidade na temporada. Todos esses fatores, aliados a sua impressionante regularidade, já o jogou como um dos grandes favoritos ao título, senão o grande nome para a conquista da taça neste ano.

Mas a corrida não foi só marcada pelo show de Nico, mas também por belos pegas, acidentes, surpresas e performances impecáveis...

ANDERSON LOPES SURPREENDE E VENCE CORRIDA 2 COM AUTORIDADE

Na Corrida 2, os eliminados na pré-classificação mostraram que se adaptaram bem às ruas do principado e surpreenderam, sobretudo pela consistência. Mas um nome se destacou perante aos demais. Anderson Lopes, após uma curta estreia em Kyalami, chegou sem fazer muito barulho em Mônaco e, com uma performance impecável, deixou os oponentes para trás e conseguiu com muita personalidade vencer sua corrida.

Pilotando uma Lotus, o novato ainda contou com vários abandonos da Corrida 1 para atingir um excelente 11º lugar no resultado geral e seus primeiros pontos no campeonato, logo na mais temida de todas as etapas, junto com Nurburgring.

Em grande evolução, Anderson Lopes correu consciente e venceu a Corrida 2

Outro competidor que também abrilhantou a disputa foi o argentino Victor Tarabini. O também novato na liga liderava, quando começou a apresentar sérios problemas de motor na metade da prova. Mas, em um exemplo de esportividade, o companheiro de Nico foi heróico e perseverante ao se arrastar até a bandeirada e garantir o 12º lugar no geral, mesmo com o carro em condições impraticáveis.

Último sobrevivente da Corrida 2, Helerson Maciel mais uma vez pôs em prática sua inteligente estratégia de terminar a corrida para conquistar alguns valiosos pontos. Deu certo! O piloto da Sergeant Pepper's já ocupa a 12ª colocação na classificação de pilotos e é uma das surpresas da temporada.

Segue abaixo a tabela com os números da prova:












NICO FONTANA CONFIRMA INÍCIO DE ANO ESPETACULAR E VENCE CORRIDA 1


Muitas confusões, abandonos e lances incríveis ditaram o tom da Corrida 1. E, mais uma vez, quem levou a melhor foi o argentino Nico Fontana, que com isso emplaca sua segunda vitória seguida na temporada, se distanciando na classificação de pilotos. Bem mais agitada do que Kyalami, a prova viu logo no seu início alguns dos concorrentes à vitória passarem por fortes contratempos.

Nos instantes finais do treino, Ricardo Ramos encaixou uma volta espetacular e cravou sua segunda pole na carreira. Mas o impressionante desempenho do piloto foi apagado por um problema mecânico que o impediu de alinhar para o grid de largada. Assim, seu companheiro de Pipoca Racing, John White, herdou a posição de honra no grid. Mas parece que este definitivamente não era o dia da equipe. Logo na primeira volta, John rodou e viu um mar de pilotos o passar, levando embora suas chances de vitória.

Ao melhor estilo Jenson Button, Nico Fontana venceu a segunda seguida e já começa a disparar no campeonato

Era a deixa para o veloz Nico Fontana se aproveitar e assumir a ponta, posição que não largaria mais até a bandeirada final. Enquanto isso, Otávio Silveira e Raoni Frizzo também cresciam na prova, se beneficiando dos erros dos adversários, e já eram 2º e 3º colocados, respectivamente. Fernando Tumushi seguia logo atrás, em quarto, seguido de perto por Renato Mesa.

Em questão de apenas meia volta, tanto Raoni como Fernando se atrapalharam, e deixaram a vida de Otávio um pouco mais tranquila. Porém, o piloto da GP FUN também rodou logo mais e permitiu a reaproximação de Raoni. Enquanto isso, um pouco mais atrás, Fernando, Dener Silviera, Renato Mesa e Eduardo Gaensly seguiam travando uma bela batalha entre o 4º e 7º lugares.

Aos poucos o bloco intermediário foi se dispersando, com alguns acidentes, e consolidou Eduardo numa confortável quarta colocação, seguido de Renato, Dener e Fernando. Já lá na frente, Nico seguia firme na ponta, administrando uma vantagem razoável para Otávio que, por sua vez, recebia forte pressão de Raoni.

Raoni Frizzo mais uma vez apostou na consistência e terminou novamente em um bom segundo lugar

A emocionante disputa entre os dois concorrentes ao título terminou na volta 22, quando Otávio acabou espalhando na Tabacaria e foi ultrapassado pelo atual campeão. Após isso, as posições se estabilizaram, com Nico ainda seguindo soberano na liderança, capitaneando Raoni e Otávio até o final da prova.

Eduardo Gaensly conseguiu com muita regularidade o quarto lugar, seguido por Renato Mesa, que também subiu posições. Fernando Tumushi ainda conseguiu suplantar Dener Silveira no final e fechou em sexto. Em sua primeira participação nesta temporada do Mod 67, Ico Oliveira retornou já marcando pontos, ao chegar em oitavo. Ricardo Miron também saiu ileso dos muros de Mônaco, e ficou em nono. Caio Lucci fechou a lista dos dez primeiros colocados.





















Com a combinação dos resultados das duas corridas, a classificação agregada de Mônaco é a seguinte:


























Agora a próxima parada é daqui a duas semanas, no sinuoso circuito Hermanoz Rodriguez, no México. A GPL Brasil irá respirar outros ares em uma pista completamente diferente. Será que Nico Fontana vai manter a sua invencibilidade, ou teremos um novo vencedor? Promessa de emoção em terras mexicanas!