segunda-feira, 29 de junho de 2009

John White vence segunda seguida e assume a liderança do campeonato


'Performance esmagadora' talvez seja o principal meio de definir a atuação de John White na última corrida em terras norte-americanas. O piloto da Pipoca Racing dominou quase todas as ações do fim de semana no circuito canadense de St Jovite - Mont Tremblant e venceu a corrida de ponta a ponta. De quebra, o veloz piloto foi premiado com a liderança do campeonato, após faturar a segunda prova consecutiva e ver seu colega de time, Ricardo Ramos, ficar longe do pódio, na sexta colocação.

Graças ao elevado número de pilotos presentes para a disputa da sétima etapa, foi necessária a realização do processo de pré-qualificação, ausente nas últimas corridas. E foi apenas na fase preliminar que John não impôs sua dominância perante aos adversários, sendo suplantado por um velocíssimo Otávio Silveira.

Numa corrida impecável, John White vence novamente e agora é o novo líder

Mas, na qualificação para o grid de largada, John começou a dar mostras da sua superioridade, cravando a pole position com uma vantagem surpreendente sobre Otávio. Em uma série de voltas voadoras, White foi o único piloto a conseguir andar abaixo da casa do 1:40. Seguindo os ponteiros, Raoni Frizzo partiu do terceiro posto, dividindo a segunda fila com um surpreendente Ico Oliveira, que retornou à liga com um desempenho muito rápido. Curiosamente, esta fila abrigava uma geração de campeões, os de 2008 e 2007, respectivamente.

Até então líder do cameponato, Ricardo Ramos partia logo atrás de seu chefe de equipe, em quinto, escoltado pelo sempre regular Thiago Lemos. A largada foi tranquila, com os pilotos mantendo suas posições e evitando acidentes no complicado mergulho. John seguia na ponta, seguido por Otávio e um Raoni disposto a tomar o segundo lugar. Enquanto isso, Thiago Lemos desalojava Ico Oliveira e Ricardo Ramos de suas posições e já vinha carregando sua problemática BRM numa ótima quarta colocação.

Raoni Frizzo voltou a frequentar o pódio e segue na luta pelo título deste ano

A próxima alteração crucial no bloco da frente foi quando Otávio Silveira perdeu o controle de sua Brabham no início da subida da curva 1 e rodou em direção ao guard-rail, deixando o caminho livre para Raoni Frizzo herdar a vice-liderança. Embalado, Thiago Lemos também se aproveitou do acidente e assumiu o terceiro lugar.

A partir deste instante, o que se viu nas voltas seguintes foi uma perseguição implacável de Frizzo na busca de alcançar o líder da prova. Aos poucos, e se beneficiando dos retardatários, o atual campeão conseguiu dizimar a diferença que o separava de White e o tão esperado duelo pela liderança estava prestes a começar. Não começou...

Um acidente definiria o rumo da prova. Na "reta curva" dos boxes, o retardatário David Sochenna, ao abrir caminho para o líder John White, perdeu o controle de sua Honda e bateu violentamente no guard-rail, sendo arremessado de volta para o traçado e acertado por Frizzo, que vinha logo atrás. Raoni também encontrou o caminho da proteção de ferro e perdeu preciosos segundos, deixando o caminho de White mais tranquilo para a vitória. Sem tempo para uma reação, coube ao piloto da Sergeant Pepper's levar seu bólido ao segundo lugar, oito segundos atrás do grande vencedor, John White.

Otávio Silveira tinha um ritmo muito veloz e finalizou em terceiro

Enquanto isso, logo mais atrás, Otávio Silveira recuperava sua posição sobre Thiago Lemos e finalizou no último lugar do pódio, local que frequentou pela segunda vez nesta temporada. Thiago Lemos tirou leite de pedra da fraca BRM e fechou o dia num bom quarto lugar. Também ganhando posições, Eduardo Gaensly conseguiu terminar em quinto, logo à frente do agora ex-líder Ricardo Ramos. Ico Oliveira voltou às competições marcando pontos, com o sétimo lugar. Quem também ressurgiu das cinzas e voltou à categoria foi Tio Italo, que mostrou que está em forma e conseguiu a oitava colocação. Ricardo Miron e Fernando Tumushi, respectivamente, fecharam os dez primeiros.

Já na Corrida 2, o novato Joubert Amaral pilotou com muita seriedade e conseguiu suplantar o argentino Victor Tarabini e o português Antônio Veríssimus, conseguindo seus primeiros pontos no ano, ao alcançar o 13º lugar no resultado agregado. Confira abaixo os números completos do resultado unificado das corridas. (Clique para ampliar)


Após o GP de St Jovite, a temporada 2009 do Mod 1967 da GPL Brasil chega a sua metade, com vários pilotos ainda com chance de conquistar o título. Agora, as máquinas partem no próximo final de semana, dia 5 de julho, para o tradicionalíssimo GP de Silverstone na Grã-Bretanha.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Os carros de 67: Honda RA300

A temporada de 1967 ainda apresentava resquícios da mudança nas regras de 65 para 66, principalmente o aumento no limite da capacidade dos motores, de 1,5 para 3 litros, e isso ainda causava mudanças de carros no meio da temporada. Foi assim com a BRM, como já vimos num post anterior, com a Lotus, que veremos nalgum post futuro, e com a Honda.

Muitos achavam que John Surtees seria o homem a ser batido em 67 com a Honda RA273, a realidade, porém, foi diferente. O carro pesava quase 700Kg e tinha oponentes 200 quilos mais leves. Nem mesmo o ótimo piloto britânico poderia fazer muita coisa com o carro.

Surtees, em Mônaco com a RA273 pouco antes do motor quebrar.
Repare que já há fumaça saindo do carro.

Foi apenas faltando três provas para o fim da temporada que o carro japonês disponível no GPL ficou pronto. A Honda RA300 era 100Kg mais leve que sua antecessora e portava o mesmo motor V12 que produzia fantásticos 420 HP. O timing não poderia ter sido melhor, pois o carro estreou justamente em Monza, uma pista que, historicamente, favorece os carros potentes. Foi quando John Surtees, com toda sua habilidade e muita sorte conseguiu vencer sua única corrida em 1967. E que corrida! Mas vamos com calma caro leitor, teremos um post inteiro no futuro para discorrer sobre o GP italiano. Vamos nos conter, por hora, ao carro nipônico.

John Surtess passa à frente de Bruce McLaren em Monza, corrida que o britâncio ganharia.

Sua relação peso/potência é melhor que a da Brabham(!), porém o peso excessivo influencia negativamente nas curvas, como explica Otávio Silveira. "Em linha reta costuma ser muito rápido (vejam Spa e Monza) porém instável em frenagens e curvas. Assim como a BRM, dá muito trabalho em circuitos ondulados." Com certeza, a Honda não é o carro dos sonhos de nenhum piloto. Seja pela falta de história, quando comparamos com Lotus ou Ferrari, seja pela dificuldade de controlar o carro, como diz Raoni Frizzo "O motor é um verdadeiro foguete, mas o carro é muito pesado. O arranque é sofrível. Também é um pouco nervoso." ou seja simplesmente por ser uma Honda, que aparentemente é o que fez com que Hamilton Amorim tenha evitado o carro."Acho ele bonito, com aquelas curvas de escape, mas pra mim é o mais desinteressante".

A temporada atual da GPL Brasil viu a RA300 conquistar sua primeira vitória nas mãos do argentino Nico Fontana, justo na etapa inicial, em Kyalami, que passou a corrida toda sendo perseguido de perto por Dener Silveira, também com a Honda! Algo que contradiz o que muitos pensam do carro branco e vermelho.

Nico Fontana ultrapassa uma Eagle no fim da reta em Kyalami rumo à vítória.

Convenhamos, poucos sabem que a Honda competia na F1 em 1967, poucos sabem que ganharam duas corridas nos anos 60 (a primeira foi em 65, no México) e poucos conseguem imaginar o esforço da empresa de Soichiro Honda ao enfrentar, em solo basicamente europeu, os gigantes nomes da época muito antes de produzir as carroças pilotadas por Barrichello e Button em 2008 e 2007.

Esse é o grande barato do Grand Prix Legends! Poder simular uma corrida da época em que o que tomava conta das manchetes automobilísticas não era a política, e sim o espírito competidor que construtores, mecânicos e pilotos demonstravam.

Anderson Lopes escolheu a Honda RA300 para disputar o GP de Watkins Glen.

A Honda RA300 pode até ser o carro "mais desinteressante", "instável em frenagens e curvas" e ter um "arranque sofrível", mas tenha certeza de que, depois de muito treino, quando você consegue igualar, à bordo da honda, um tempo feito com algum outro carro em qualquer pista, você se sente como um John Surtees.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

White, radiante, exalta corrida sem erros e sorte a favor

John vibrou com as condições favoráveis que lhe deram a primeira conquista do ano

A reação de John White após a vitória no GP de Mosport não poderia ser outra. Passando por um excelente momento na temporada, o piloto da Pipoca Racing era só euforia e comemoração. O motivo não se limita apenas ao triunfo no Canadá, mas sim também ao chega-pra-lá no azar que vinha acompanhando no início do ano e a maior proximidade da liderança do campeonato.

Embora tenha realizado uma performance digna de aplausos no difícil traçado canadense, o vice-líder da temporada também destacou a ajuda da boa sorte para conquistar sua primeira vitória do ano. "Dessa vez a sorte me acompanhou. (...) Consegui manter a ponta, não cometi nenhum erro relevante na corrida e, acima de tudo, tive muita sorte! Poderia ter me envolvido em vários acidentes, mas estava no lugar certo em todos os momentos críticos da prova, e foi o que me deu a vitória!", comemora.

O veloz piloto também ressaltou as dificuldades encontradas durante as 33 voltas da prova, principalmente nos momentos em que seus adversários diretos o incomodaram bastante na luta pela primeira posição. "Depois de perder alguns segundos para evitar uns acidentes com retardatários, o Rica (Ramos) chegou e chegou com vontade. Pressionou e foi pra cima, e era bem mais veloz, mas consegui prevalecer, até que ele errou. Aí pensei que teria um pouco de sossego, mas que nada, daí já veio o Gomes! (...) Nessa hora, eu pensei que não conseguiria me manter e tive de me segurar", comenta.

Após seis corridas realizadas no ano, a Pipoca Racing consegue colocar dois pilotos na liderança do campeonato, e já dá mostras de que é a franca favorita para conquistar ambos os títulos (de pilotos e de equipes). Favoritismo que pode ser ainda mais ampliado, caso seus pilotos continuem a desempenhar este ritmo alucinante.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

John White vence o GP de Mosport e entra de vez na briga do título


Se é uma coisa que a temporada 2009 da Mod 1967 da GPL Brasil tem proporcionado, tem sido o equilíbrio entre seus pilotos. Essa qualidade é comprovada pelas estatísticas. Em seis corridas realizadas até o momento, cinco vencedores diferentes. Ontem (21) mais um nome entrou na hall dos vencedores da temporada. John White pilotou com maestria pela 'montanha-russa' canadense e conseguiu suportar a pressão dos adversários para carimbar a excelente fase que está passando.

Em fase espetacular, John White vence a primeira no ano e fica perto da liderança na tabela

O resultado de John o coloca de vez na briga pelo título de pilotos, agora ainda mais próximo de seu companheiro de Pipoca Racing e líder do campeonato, Ricardo Ramos, que fechou a prova de Mosport na terceira colocação. Entre os dois líderes da temporada, o português Ricardo Gomes conseguiu colocar sua Cooper entre os "Flying Popcorns" e terminou na segunda posição.

Mas o triunfo de John começou de forma até que discreta, no treino classificatório. A sessão viu o dominio de Ricardo Gomes, único piloto a registrar tempo na casa de 1:21. Dener Silveira também aparecia bem, no segundo posto, seguido Ricardo Ramos. O futuro vencedor partira apenas da quarta colocação, seguido por Raoni Frizzo e Thiago Lemos.

Ricardo Gomes fez a pole, mas na corrida acabou atrás de John. No entanto, conseguiu seu primeiro pódio

Nas primeiras voltas Gomes logo passou a abrir certa vantagem, dando a impressão de que poderia dominar as ações de ponta a ponta. Mas logo na primeira volta, um dos vários acidentes da corida mexia com a movimentação no bloco da frente. Dener Silveira perdeu o controle de sua Cooper logo antes da entrada da reta e rodou, perdendo a vice-liderança.

A escalada de John prosseguia após seu colega de time, Ricardo Ramos, escapar e passear na grama, perdendo a segunda colocação. A 'blindagem' de White parecia tão grande que logo mais um rival saiu de seu encalço. Pressionando muito nas voltas iniciais, Raoni Frizzo deu início à série de infortúnios de um dia desastroso e se acidentou com um retardatário, perdendo algumas posições.

Ricardo Ramos continua a frequentar sempre o pódio, e segue na liderança do campeonato

Após ver rapidamente a concorrência passar por contratempos, faltava o principal oponente ficar para trás. Ricardo Gomes teve problemas e perdeu a liderança, caindo para terceiro. A partir daí, o foi visto nas apertadas subidas e descidas de Mosport foi uma perseguição implacável de um veloz Gomes, porém sem sucesso para ultrapassar o impecável White, que seguiu firme para conquistar seu quarto triunfo da carreira na GPL Brasil.

No bloco subsequente ao pódio, Thiago Lemos conseguiu mais um bom resultado, ao terminar em quarto. Quem também pilotou com muita sabedoria no GP do Canadá foi Otávio Silveira, que cometeu poucos erros e finalizou em quinto. Inconstante e com problemas de estabilidade no seu Cooper, Raoni Frizzo fechou o dia na sexta colocação, seguido pelo seu colega de Sergeant Pepper's, Eduardo Gaensly. David Sochenna, o estreante André Luiz, e Caio Lucci fecharam os dez primeros colocados. Confira abaixo os números finais da etapa. (clique para ampliar)


A GPL Brasil não dá brecha para um descanso, e os pilotos e máquinas partem agora para seu último desafio em terras da América do Norte, com mais uma corrida no Canadá. O circuito de St. Jovite recebe no próximo domingo, dia 28, a 7ª etapa de um total de 14 previstas. Será que alguém vai deter a inspirada dupla da Pipoca? Ou seus pilotos voadores darão início a uma disputa particular pelo título? Uma coisa é certa: com tantos vencedores diferentes, a concorrência não deve dar moleza e a promessa é de uma corrida ainda mais disputada e emocionante.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dança do cockpit ! Joubert Amaral é da Thunder

A dança dos cockpits na GPLBrasil começou cedo. Após uma debandada de pilotos no início da temporada, as equipes voltam a contratar para o restante da temporada.

A KAMF na manhã desta quinta feira (18-06) apresentou Sergio Henrique para a 3º vaga na equipe. No período da tarde a Thunder apresentou Joubert Amaral como seu novo 3º piloto. Joubert é novato na liga e pretende honrar a vaga que lhe foi oferecida na equipe Thunder, que ocupa a 4º colocação no campeonato de equipes com 145 pontos.

Joubert Amaral é o mais novo piloto da Thunder

Confira o boletim lançado pela Thunder sobre a contratação:

"Após longa negociação, o piloto Joubert Amaral acaba de assinar com a Thunder para disputar o restante da temporada de 67. A equipe liderada por Thiago Lemos, acredita no potencial do piloto/escritor.

Por este comunicado, a assessoria do piloto Joubert Amaral vem a público expressar a alegria de ainda ter emprego, já que o livro do piloto não vende mais como antes.

Vale ressaltar, que Joubert Amaral tem objetivos audaciosos para sua estreia na categoria: "Pretendo não tirar ninguém da corrida, principalmente eu mesmo!" - disse o novato, que se espelha em seu idolo na F1, Yuje Ide (Super Aguri), para alavancar sua carreira no GPL."

Depois do bem humorado boletim a expectativa é ver o desempenho do novato já em Mosport no Canadá, neste domingo (21/06).

KAMF contrata decano

A KAMF Racing confirmou a contratação do experiente piloto Sergio Henrique, para o 3º carro da equipe na temporada 2009 do mod 67.

Henrique com vasta experiência no mod, assume a vaga deixada por Felipe Gamper no mês passado. A equipe lançou um comunicado sobre a contratação, leia na integra:

Atual campeã na GPL Brasil se reforça com piloto experiente

"A KAMF Racing festeja a chegada de Sergio Henrique para o complemento da temporada. Perdemos Gamper devido à particularidades dele e entendemos perfeitamente sua opção, entretanto a atual campeã da GPL Brasil não poderia ficar desguarnecida e por isso optou pela experiência.

Sergio tem muitas provas na carreira e com isso acrescentará ainda mais qualidade ao plantel da equipe. Esperamos que ele esteja conosco o máximo possível durante os próximos GP´s e que nos auxilie na escalada na tabela de equipes"

Com esta contratação a KAMF espera ter mais força para subir na tabela, visto que ocupa a 5ª posição, 133 pontos atrás da Pipoca Racing, que lidera o campeonato com 220 pontos.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O Grande Prêmio do Canadá de 1967

A GPL Brasil se despedirá da América do Norte no próximo dia 21, quando disputará a sexta etapa do campeonato, o Grande Prêmio do Canadá. 1967 foi o ano em que o Canadá viu sua primeira corrida de Fórmula 1. Houve outros GP's do Canadá, porém apenas disputados com carros esporte, e foi devido ao fato do país estar celebrando seu centenário que a FIA decidiu incluir a corrida. Curioso que, após Nurburgring, a F1 foi para o Canadá, voltou para a Europa, para disputar o GP da Italia, e foi novamente para a América terminar o campeonato com os GP's dos EUA e do México. Ótima logística!

Hill testa a Lotus 49 enquanto o tempo ainda estava bom no circuito canadense.

A corrida, disputada no circuito de Mosport Park tinha algumas novidades. Bruce McLaren estreava seu McLaren M5A, equipado com um motor BRM V12. Pedro Rodriguez teve uma perna quebrada em uma corrida de Fórmula 2 e foi substituído pelo britânico Richard Attwood na Cooper, e ainda, uma terceira Lotus 49 foi inscrita, e seria comandada pelo canadense Eppie Weitzes.

Bruce McLaren e seu novo carro equipado com o BRM V12.

Nos treinos, mais do mesmo. As Lotus na frente, com pole de Jim Clark (1:22.4), Grahm Hill em segundo e Denny Hulme (Brabham) no terceiro posto, seguidos por Chris Amon (Ferrari) e Dan Gurney (Eagle) na segunda fila. A terceira fila tinha Bruce Mclaren, Jack Brabham e Jochen Rindt, o mais rápido com a Cooper, seguidos pelas BRM's de Jackie Stewart e Mike Spence.

Na largada, Clark lidera a única corrida disputada debaixo de chuva em 67.

Na largada das 90 voltas, chovia. Clark manteve a liderança até a volta 4, quando Hulme o passou e Jack Brabham ultrapassou Hill, indo para o terceiro lugar. McLaren vinha bem com seu carro até rodar. O Neo Zelandês conseguiu se recuperar ultrapassando Brabham, e na volta 22, Clark, assumindo assim a segunda posição. Porém, à medida que a pista foi secando, seu carro ficou mais lento e ele perdeu as posições que tinha ganho.Na ponta, Hulme liderava e Jim Clark tirava a diferença, até voltar a ser o líder na volta 58.

O piso úmido exigindo um esforço extra de Dan Gurney.

O escocês porém, abandonaria mais uma corrida após a chuva voltar. Água entrou no sitema de ignição e seu motor parou de funcionar na volta 68. No mesmo momento, Brabham ultrapassou Hulme e liderou até o fim da corrida, que durou duas hora e quarenta minutos.


Jack Brabham conduz seu carro para mais uma vitória.

Dan Gurney terminou na terceira posição uma volta atrás, seguido por Hill, duas voltas atrás dos líderes, Mike Spence e Chris Amon, três voltas atrás dos líderes, e Bruce McLaren, terminado a corrida de estréia de seu novo carro em um respeitoso sétimo posto, a quatro voltas de Jack Brabham.

Um breve vídeo do molhado GP do Canadá de 1967.
Link recomendado: http://www.intothered.dk/1967season/67season_mosport.html (muitas fotos e uma história muito mais bem detalhada sobre a corrida de Mosport Park. Confira!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Em dia inspirado, Thiago Lemos vence a primeira da carreira no Mod 67


Demorou, mas finalmente aconteceu! Após quase dois anos frequentando sempre as primeiras posições na tabela de classificação, o veterano Thiago Lemos finalmente sentiu o sabor de uma vitória em um campeonato do Mod 1967. E que vitória! Em uma performance agressiva, o experiente piloto se recuperou de uma rodada no início da prova e deu um show no complicado traçado do circuito americano de Roosevelt.

A performance espetacular de Thiago comprova o bom histórico do piloto capixaba com a Lotus. Equipe que o projetou na GPL Brasil, ao conquistar o título do Mod 1965 em 2008, o time de Colin Chapman deu a Thiago seu segundo pódio na temporada, sendo o primeiro conquistado também pelo carro da escuderia inglesa na etapa do México, com um terceiro lugar.

Mas o triunfo do piloto da Thunder Racing não foi repleto de facilidades. Seu grande rival na corrida, Fernando Tumushi, também a bordo de um Lotus, surpreendeu no treino classificatório ao cravar uma excelente volta e garantir a pole-position, a primeira de sua carreira. Com isso, a primeira fila estava dominada pelos históricos carros verde-amarelos. Logo mais atrás, na segunda fila, Ricardo Ramos alinhava no 3º posto com sua Ferrari, seguido pelo atual campeão, Raoni Frizzo, com sua Honda. John White, companheiro de Ricardo na Pipoca Racing, fechava o top 5 do grid de partida.

Thiago Lemos deu um show em terras americanas e conquistou sua primeira vitória no Mod 1967

A largada começou tumultuada, após o português David Sochenna ter queimado a partida. Fernando se manteve na liderança e viu rapidamente sua vida facilitada, após rodada de Thiago no final da reta. Mas aí estava começando o show de Thiago em Roosevelt Raceway...

Sem tomar conhecimento dos adversários, ele ultrapassou Raoni e David logo no final da volta inaugural, e também não perdeu tempo para desalojar Ricardo da vice-liderança a corrida. Mesmo com Fernando abrindo uma sólida vantagem nas primeiras voltas, aos poucos Thiago começava a estabelecer um ritmo forte e descontar a diferença.

Enquanto isso, pouco mais atrás, uma forte briga incendiava a disputa pela terceira colocação. Ricardo Ramos sustentava o posto, seguido bem de perto pela Brabham de Alex Bacaro, que trazia no seu encalço Raoni Frizzo, que havia rodado instantes antes, e John White, que também vinha se recuperando de um contratempo logo no segundo giro da corrida. Mais atrás, Ricardo Miron mantinha-se no sétimo lugar. Enquanto isso, o líder do campeonato, Dener Silveira, enfrentava sérios problemas de estabilidade com seu setup e perdia tereno para os demais pilotos.

Rencontrando a boa fase, Fernando Tumushi conseguiu seu melhor resultado da carreira em Roosevelt

O sossego de Fernando Tumushi demorou até meados da corrida, quando viu seu rival encostar na disputa pela liderança, imprimindo um ritmo alucinante. Em uma disputa eletrizante, os pilotos chegaram a se tocar, mas aós resistência do até então líder, Thiago finalmente conseguiu a manobra que lhe rendeu assumir a ponta da corrida, que não perderia até a bandeirada final.

No segundo bloco, Raoni começava a subir de produção com sua Honda e partiu pra cima de Alex Bacaro, conseguindo a ultrapassagem na segunda metade da prova, no final da reta oposta. Ricardo mantinha-se em terceiro, agora com uma vantagem mais tranquila, enquanto John tentava não perder contato com seus oponentes, na sexta colocação.

Ricardo Ramos subiu de novo ao pódio e agora é o novo líder do campeonato

Apenas administrando seu forte ritmo de corrida, Thiago Lemos não encontrou sérias dificuldades para completar as 24 voltas e receber a bandeirada que o catapultou de vez para a briga da liderança do campeonato. Fernando Tumushi também não enfrentou sustos e cruzou a chegada em segundo, conquistando seu melhor resultado da carreira no Mod 67, espantando a maré de azar que o acompanhava, com dois abandonos seguidos.

Em prova constante, Ricardo Ramos conseguiu se segurar na terceira colocação, ameaçada por Raoni Frizzo. Agora Ricardo é o mais novo líder da temporada. Raoni, com a boa colocação, também subu na tabela, assumindo a vice-liderança. Em um final emocionante, John White conseguiu roubar o quinto lugar de Alex Bacaro na penúltima curva da última volta. conquistando posições, Otávio Silveira usou a experiência para finalizar a prova em um bom sétimo lugar com a fraca BRM, à frente de Ricardo Miron, que voltou a pontuar. Eduardo Gaensly conseguiu na última volta superar Anderson Lopes e ficou na nona posição, enquanto Anderson finalizou os dez melhores colocados da etapa. Confira abaixo os resultados completos da prova (clique para ampliar) :


Com o campeonato ainda mais embolado, os pilotos partem agora para o Canadá, onde daqui a duas semanas, no próximo dia 21, teremos o GP de Mosport Park, válido pela sexta etapa de 14 previstas. Promessa de fortes emoções no travado e estreito traçado canadense, que deve provocar uma nova chacoalhada no campeonato.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Os carros de 67: Eagle-Weslake T1G

Certamente um dos melhores carros da temporada de 67, a Eagle-Weslake T1G trouxe ao americano Dan Gurney sua única vitória na Formula 1 e também, a única vitória de um carro construído nos EUA. O chassis, oficialmente chamado Eagle Mk1, foi criado em 1966 e estreou com um motor Coventry Climax de quatro cilindros e 2,7 litros, que foi posteriormente substituído pelo motor Weslake, de três litros e que chegou a produzir 410 HP.

Denner Silveira à bordo Da T1G na famosa reta Mulsanne, em Le Mans.
Seria a primeira vitória do veloz piloto.

Em 1967, Gurney ganhou a Race of Champions, disputada em Brands Hatch, chamando a atenção de todos. Pouco depois, com o chassis 104, feito com ligas de titânio e magnésio, o americanno conquistou o GP da Bélgica de 67, disputado em Spa-Francochamps, depois que Jim Clark e Jackie Stewart abandonaram a corrida.


Dan Gurney leva sua Eagle para a vitória no GP da Bélgica de 1967.

Dan Gurney conseguiria apenas mais um pódio no GP do Canadá, chegando em terceiro na corrida disputada debaixo de chuva, porém, foi no Grande Prêmio da Alemanha, no famoso Nürburgring, que a Eagle mostrou seu altíssimo potencial, quando depois de Jim Clark abandonar com sua Lotus, o americano abriu pouco mais de 40 segundos de vantagem para o segundo colocado e bateu o recorde da pista por diversas vezes antes de abandonar faltando apenas duas voltas para o fim da corrida.

Em uma corrida exepcional, Gurney literalmente voou com a Eagle e
abriu uma larga vantagem na liderança antes de abandonar.

O que não falta para o T1G são elogios dos pilotos da GPL Brasil. O veteraníssimo Sérgio Henrique, conhecido pela sua paixão ao carro americano é suspeito, mas junta as qualidades de outros dois carros "Rápido como a Lotus, confiável como a Brabham, acho o melhor carro.". Dener Silveira, que já ganhou uma corrida com o carro, também declara seu amor à Eagle "É um carro a parte. Muito bruto, seu chassis é bom mas exige uma pilotagem mais arcaica, além dos freios ruins, na saída da curva vc enfia o pé e bota ela onde der e pronto, o motor é um show, na reta não tem pra ninguém, é um carro que se vc souber pilotar tem como chegar na Lotus.".
Finalmente, o engenheiro Otávio Silveira (que, acredito eu, não tem parentesco com Dener) tece comentários sobre o carro da Anglo American Racers "Um foguete! Em pistas velozes é imbatível devido ao seu motor potente aliado a uma excelente retomada de velocidade, mesmo não sendo o mais leve dos carros. É um carro com distância entre eixos maior, o que o torna estável mas ao mesmo tempo o torna mais lento em curvas de baixa velocidade.".

Dan Gurney luta para controlar seu carro no piso molhado do GP do Canadá.

Dan Gurney conquistou apenas uma vitória com a Eagle em corridas da Fórmula 1. Um fato curioso é que, na GPL Brasil, apenas um piloto conseguiu mais de uma vitória com esse carro. Rica Ramos foi o primeiro a levar o "foguete" azul e branco à vitória em 2007, no México. Ico Oliveira coroou seu título, conquistado na prova anterior, com uma vitória em Nürburgring, a última etapa da temporada de 2007.
Em 2008, apenas depois que os velozes John White e Dener Silveira, estreantes, mudaram para a equipe que os resultados começaram a aparecer, dominando as últimas corridas da temporada. Em Interlagos, John conquistou sua primeira vitória na liga. Na penúltima corrida, diputada em Le Mans, foi a vez de Dener ganhar, com John em segundo, fazendo a primeira e única dobradinha da Eagle, e na etapa seguinte, John White tornou-se o único piloto a ter duas vitórias com a Mark1.

John White fechou a temporada de 2008 com sua segunda vitória na
liga, também com a Eagle.

A temporda de 2009 vai para sua quinta etapa, e até agora o carro de Dan Gurney não obteve nenhuma vitória. Será que White vai conquistar sua terceira vitória com o mesmo carro? Os outros pilotos conseguirão fazer valer o potencial do carro e leva-lo ao lugar mais alto do pódio? Ou as vitórias continuarão a ser esporádicas para a bela máquina americana? Quando se escolhe a Eagle-Weslake T1G para correr, não tem como errar. É um ótimo carro.

Um raio-X da Eagle-Weslake T1G.